Capítulo 100

Assim que chegamos na festa, fomos o centro das atenções, não só pelo Luan ser o aniversariante, mas por nossas fantasias.

Fomos falar com todos, que sempre colocavam a mão na minha barriga. Era sempre assim, por onde eu passava.

Fomos para perto de onde nossas famílias estavam sentados e eles riam de nós.

Só o pai do Luan que estava fantasiado de soldado, não obrigamos ninguém a se vestir, eu sabia que minha mãe e Marizete teriam vergonha.

Minha cunhada estava de chapeuzinho vermelho e Leo, de pirata.

- Oi... – Cheguei acenando.

- Princesa, Sara? – Minha mãe ria.

- Eu sou uma princesa, mãe! – Ri.

- Te fizerem colocar um fantasia de príncipe, em Luan. Ôh pau mandado! – Meu irmão e seus comentários.

Ele levou um tapa na cabeça, meu.

- Você tá lindo de pirata, Leonardo! – Luan debochou.

Fomos para a pista de dança e naquela noite, só fizemos aquilo.

Eu não podia beber mesmo, então aproveitei tudo que tinha para aproveitar, na pista de dança.

Minhas amigas, não beberam só por minha causa, todo mundo foi só no drink sem alcool.

Achei tão fofo da parte delas, principalmente da minha cunhada, que foi quem propôs aquilo.

A noite se passou e no final da festa, só ficaram os amigos mais chegados, os meus e os pais de Luan, já tinham ido. Não demoramos muito também.

- Estou morto! – Luan dizia, se jogando na cama, assim que entramos no quarto.

- Nossa, amor! Que fraco você... – Ri.

- Eu bebi um pouco.

- Eu vi e não devia. Tinha que ter me acompanhado igual minhas amigas.

- Ah, amor! Assim não dá né? São nove meses. – Ele fez careta.

- Cachaceiro! – Joguei um travesseiro na cara dele.

- (risos) Eu também te amo!

- Me ajuda tirar isso aqui. – Eu me virei de costas.

Ele abriu o meu vestido e eu o tirei.

Me virei de frente para ele e lhe abracei. – Vem tomar um banho comigo?

- Olha...

- (risos) Vem ou não aguenta mais nada mesmo? – Ele me olhou.

- Tem certeza que você pode?

- Estou grávida, Luan. Não deficiente.

- Sei lá... – Ele bagunçou os cabelos.

- Então fica ai... – Fui andando, mas não demorou muito para eu sentir suas mãos, em volta da minha barriga.

O ajudei a tirar sua roupa e entremos no box.

Tomamos banho com malícia e sem também, brincando e conversando. Demorou bastante.

Depois, fomos para cama. Eu beijava ele com desejo.

Estava acontecendo aquilo na minha gravidez, eu estava com muito desejo dele e a minha médica, dizia ser normal. Eu morria de vergonha mas lhe perguntava sobre aquilo.

Ele não ficava em cima de mim, desde que lhe contei que estava grávida, com medo de me machucar e machucar o bebê. Mas isso não atrapalhava em nada.

Era até bom, porque eu fazia tudo que eu realmente queria com ele.

Chupei seu pescoço tão forte, que ele gemeu e eu sorri. Arranhava sua barriga, seus braços e suas pernas.

No fim, era tudo prazer. Nada nos impedia daquilo.

Na madrugada eu acordei do nada, vi no relógio que ainda era cinco horas da manhã e Luan roncava do meu lado.

- Amor...- Lhe cutuquei, uma, dois, três vezes e ele não acordava.- Luan! – Falei bem alto e ele se sentou assustado, na cama.

- O que foi, Sara?

- (risos) Calma...Eu te chamei mil vezes.

- Me fala o que foi.

- Eu tô com desejo. – Fiz bico e ele me olhou indignado.

- O quê? Me acordou só pra isso?

- Para de fazer desdém de mim e dos seus filhos. Estamos com vontade.

- Me diz o que você quer. – Ele me olhou bocejando.

- São algumas coisinhas...Pega o papel pra anotar.

- Lá vem! – Ele reclamou, enquanto pegava um bloquinho e uma caneta do seu lado.

- Quero queijo branco, goiabada, mel, morando e chocolate pra fazer fondue.

- O que? Isso tudo? Você vai passar mal...

- Eu vou comer separado, amor. O queijo cm o mel e a goiaba e o morando com o fondue. – Fiz bico.

- Tudo bem. – Ele suspirou. – Me espera que eu já venho.

- Não demora! – Gritei, assim que ele vestiu uma bermuda, uma blusa e saiu do quarto.

Ele realmente não demorou muito e voltou com olheiras pra casa, tadinho. Ainda derreteu o chocolate pra mim, partiu tudo direinho, colocou tudo nos potinhos e levou na cama pra mim.

- Obrigada, meu amor! Te amo! – Fui beijar seu rosto com a boca lotada de chocolate e ele fez careta.

- Come isso logo pra gente dormir, amor.

- Pode dormir, paixão.

- Vou te esperar! – Sorri pra ele.

(...)

Depois de mais quatro meses, finalmente eu estava quase parindo.

Um dos meus filhos era muito agitado, vivia me chutando. Luan ria de mim, quando eu lhe dizia isso.

O outro parecia ser o mais calmo, a doutora dizia que era o mesmo que estava escondido nas primeiras ultrassonografias.

- Pelo menos um, tem que ser calmo! – Eu falava com Bruna.

Estávamos sentadas no sofá da minha casa.

Luan veio da cozinha com seu típico creme de abacate e se sentou do meu lado.

- E os nomes, Sarinha? Você disse que ia me contar. – Minha cunhada, fez bico.

- Ah, é...Já escolhemos, não é amor? – Olhei para Luan que assentiu.

- Falem logo!

- (risos) Vão ter nomes de anjos. Miguel e Rafael.

- Ah, que lindos! Não acredito, muito lindos.

- Também achei. – Sorri.

- Rafael, mano. – Bruna disse.

- Sara fez questão.

- Vai ser o mais agitado, que me chuta sempre, sabe ? Não me deixa dormir direito e me enjoa direto. Igual o pai mesmo. – Ri.

- (risos) Nossa, amor!

- Mas é o certo, pi. – Bruna concordou. – Miguel é nome pro mais quietinho mesmo.

- Exatamente!

- Vou falar com a mãe. – Ela saiu pulando.

Falou com todos que estavam ali e eu e Luan ligamos para minha mãe, também lhe contando.

Ela fazia questão de sempre estar por dentro de tudo em primeira mão.

Liguei para o meu pai também, que amou os nomes como todos.

- Ai! – Gemi, quando uma pontada forte atingiu minha barriga.

- O que foi, amor? – Luan me olhou assustado.

- Umas pontadas chatas. – Fiz careta. – Não liga. – Ele ligou a televisão e se sentou do meu lado, me abraçando.

Ficamos daquele jeito. De vez em quando alguma ainda me dava pontada, mas eu não falava para o Luan. Até que na hora que minha sogra nos chamou para comermos o bolo que ela preparava, senti minhas pernas molharem.

- O que é isso, Sara?

- A bolsa estourou, amor...

- Então...

- Vai nascer! – Sorri.