- Como assim levaram
meu filho? – Comecei a chorar.
- Nós não sabemos se
é ele mesmo...Vão pro hotel e vamos ficar aqui, até sabermos noticias dele.
- Eu não vou pra
lugar nenhum!
- Sara, calma! Vamos
pro hotel!
- Luan! É nosso
filho!
- Eu sei disso, mas não
adianta ficar assim.
- Você não tá se
importando?
- Não fala merda! É
claro que eu estou. Vamos pro hotel esperar noticias...Vamos?- Fechei os olhos
e chorei com força dessa vez.
Senti duas mãos em
volta da minha cintura e abri os olhos, e retribui o abraço que Luan me dava.
Fomos até a van
daquele jeito e eu não conseguia acreditar em nada daquilo, só sabia chorar.
Esperamos a noite
inteira naquele hotel, aquele quarto estava tenso e angustiante de ficar lá
dentro. Sorte que Miguel fez Ricardo dormir rápido e longe dali.
Roberval e o resto do
pessoal da produção, chegaram já seis horas da manhã.
- Me diz que
encontraram ele. – Eu disse baixo.
- Não...Foi ele
mesmo. Vimos as câmeras. – Eu voltei a chorar, como na madrugada inteira.
No fundo, eu já tinha
essa certeza.
- Como os seguranças
de lá não viram? Como o que viu não interferiu? Como? – Eu quase gritava,
enquanto Luan me apertava.
- Só tinha um e ele
não estava armado, ficou com medo...
- Com medo? Um
segurança com medo e sem armas ? Se os bandidos ficassem sabendo disso, já
estávamos todos mortos, então?
- Também não é pra
tanto. Calma, amor!
- Luan...- Eu não
tinha mais forças pra nada.
Só sei que aos poucos
todos foram saindo do quarto e só restou eu e Luan.
Depois bateram na
porta e ele me trouxe uma xícara. Era um chá, que eu bebi com muita insistência
e já me senti mole. - Não acredito que tinha calmante, aqui! – Foi a última
coisa que eu disse, antes de apagar.
*
Eu estava atordoado,
nervoso, eu não sabia o que pensar, se chorava. Só de um sentimento que eu
tinha certeza : Culpa.
Se eu não viesse
tratando meu filho dessa forma, se eu não tivesse brigado com ele naquele
camarim, nada disso teria acontecido.
Sara estava tão
nervosa, que eu pisquei para Rober assim que ele saiu e ele entendeu.
Quando todos saíram
do quarto, me trouxe um chá com um calmante e eu lhe dei, ela não queria, mas
eu consegui que bebesse. Dormiu na hora.
Me deitei do lado
dela e permitir que as lágrimas descessem devagar, enquanto alisava seus
cabelos.
Me levantei depois de
algumas horas de ter tirado um cochilo. Tomei um banho frio e fui para o quarto
do Rober, onde todos da produção ainda estavam reunidos, empenhados em achar
Rafael.
- Obrigado por tudo
que estão fazendo! – Eu os agradeci.
- Não precisa...Você
sabe que além de tudo é nosso amigo.
- Eu tô me sentindo
tão culpado, cara.
- Não fica assim!
Filhos e pais brigam e se eles estavam marcando o Rafael, iriam fazer isso em
qualquer lugar, qualquer dia e hora.
- Eu não sei! –
Suspirei e encarei o chão.
Quando deu meio dia,
Sara entrou no quarto, com o rosto inchado de chorar e dormir. Se sentou do meu
lado e eu lhe abracei. Parecia que nem lágrimas não tinham mais para chorar.
Pedi um almoço no
quarto e fiz questão que todos comessem, inclusive ela, que como sempre, resistiu.
Eu estava me
mostrando calmo, mas só por fora. Era o meu filho que estava na mão de sei lá
quem, fazendo sei lá o que.
Bruna e Leonardo,
foram se despedir, já que teriam que trabalhar, mas muito preocupados também.
Disse que avisaria nossos pais do acontecimento.
No meio da tarde,
resolvi que também voltaria para casa e já deixei claro, que só voltaria a
fazer show, depois que meu filho reaparecesse.
Tomamos um banho
assim que chegamos e nos deitamos na cama abraçados.
Escutei o telefone
tocar na cabeceira da cama e me desgrudei de Sara para pegá-lo.
- Alô...
- Luan Santana? É com
você mesmo que eu quero falar... – A pessoa riu, do outro lado da linha. Era um
homem.
- Quem é?
- Então...Temos uma
coisa aqui com a gente que te pertence. – Me sentei na cama rápido e Sara
também, já parecia prever tudo.
- O que vocês querem?
- (risos) Já sabe
então que é seu querido filho ? Queremos uma quantia de dois bilhões e sair sem
sermos atingidos por ninguém.
-
Esquece, cara...Ele não vai topar, ele não vai trocar o dinheiro dele por mim.
Me mata de uma vez que vocês ganham mais! – Escutei a voz de Rafael no fundo.
Meu coração se partiu
em pedaços com suas palavras.
Será que era isso
mesmo que eu aparentava para ele? Que só me importava com a fama, o dinheiro?
Será que eu era tão rude e o tratava tão mal assim?
Fechei os olhos e as
lágrimas escorreram.
- É claro que eu
topo! É meu filho...Eu topo qualquer coisa. – Eu finalmente disse.
- Olha...Então vamos
fazer assim. Vou te passar um sms, te falando o endereço que vamos
nos encontrar. Levarei seu filho e você o dinheiro. Sem polícia ouviu, cantor?
Ou eu mato ele!
- Sem polícias...Eu
já entendi!
- Ótimo! Passar bem!
– Ele riu, antes de desligar.
Dessa vez, eu que
chorei e quem me abraçou foi Sara.
- Eu tô com fé que
vai ficar tudo bem, meu amor! – Ela sussurrava.
- Eu também tenho
muita! Você ouviu o que ele disse? Ele falou que eu não trocaria dinheiro por
ele. Você acha que eu sou um pai tão ruim assim, como ele disse no camarim? –
Minha voz saia falha.
- Claro que não, meu
amor! Você estava com raiva mas passou, e ele ainda está, por ter dito isso
agora. – Voltei a abraçar ela.
Conseguimos dormir
mais uma noite, por um milagre.
No outro dia,
acordamos bem cedo e todos começaram a chegar em casa. Inclusive nossos pais,
que também estavam bem assustados.
Contei da ligação que
tinha recebido e liguei para o meu escritório para providenciar o dinheiro que
eles queriam. Já iriam sacar.
- Temos que ligar pra
polícia! – Rober, disse.
- Não...E se eles
fizerem mesmo alguma coisa com o Rafael ? – Sara disse.
- A gente vai tomar
cuidado, mas temos que ligar. – Não falamos mais nada.
Logo a polícia já
estava na minha casa e colocamos rastreadores nos telefones, para caso ligassem
antes de nos encontrarmos, mas não ligaram.
Fui na frente,
sozinho, no horário combinado, a um endereço de um pequeno bairro, bem longe da
capital, tinha uma pequena praça do lado, mas ainda sim moradores.
Os policias se
esconderam bem e não dava para vê-los.
Vi um carro preto,
encostando do lado do meu e logo um homem saindo de dentro dele. Nunca tinha o
visto na vida, mas tinha cara de gente ruim.
- Está aqui o
dinheiro, cadê o meu filho? – Eu já logo disse.
- Calma! Me dá
primeiro o dinheiro e depois te dou o seu filho.
- Cadê ele?
- Tá bom...Ele está
dentro daquela casa amarrado. – Olhei uma casa velha.
Lhe entreguei a
maleta com o dinheiro e corri para casa, que só tinha um cômodo e não tinha
ninguém naquele cômodo. – Você acha mesmo que eu sou otário, cantor? – E o
carro saiu cantando pneus.
Comecei a chorar e
logo a polícia bateu atrás, que como disseram, não eram otários e já
desconfiavam da armação.
Eu só queria achar o
meu filho, tinha prometido a Sara que o levaria para casa naquele dia, mas não
teve jeito.
Cheguei em casa
sozinho e atormentado, não sei nem como consegui dirigir tanto.
ain mds e agora?
ResponderExcluiro q vai acontecer com o Rafa?
mds manu maissssssss
tenso x:
@lightlrds
Eu ja disse que vou te matar dona Manoela... QUERO O RAFA DE VOLTAAAA...
ResponderExcluirMuié eu quero te matar sabia? kkkkkkkk cont e ache o rafa pf
ResponderExcluir@_vick_brito
Ai senhooorr, e agora?? Tadinho do Luan, o que será que vão fazer com o Rafael?? Curiosidade a milhões aqui.. >.<
ResponderExcluirPrimeira vez comentando aqui Manu.. rsrsrs . Pq leio pelo cel, e é meio difícil comentar por lá, mas sempre que puder irei comentar, bjuuuusss..
Ah,e por favor continua?! Pleaaaseeee ..
Samya Souza
Ai meu Deus to com medo de acontecer alguma coisa com o Rafa :/
ResponderExcluirContinuaa logoo