Capítulo 97

Enfim, estávamos em um dos lugares mais bonito que eu já vi na minha vida.

O resort que aluguei era perfeito, construído sobre a água. Era incrível a sensação de sempre que olhar pelo janela, dar de cara com um mar incrível, ouvir o barulho a noite daquelas águas cristalinas...Mas quem disse que parávamos lá?

Nossa vida era acordar cedo, comer o incrível café da manhã que ele oferecia e sair para passear. Almoçávamos fora todos os dias e conhecíamos novas praias em cada dia.

 No quinto dia, em que estávamos ali, resolvi fazer mais uma coisa diferente para nossa lua de mel.

Fui até uma pequena recepção que tinha ali, por ter muitos turistas precisando de informações, como eu, e me informei com a recepcionista, do que eu queria. Tinha escutado a conversa de um casal brasileiro e amei a ideia.

Voltei para o quarto com uma bandeja enorme de café da manhã para Sara, que já acordava aos poucos e sorriu, assim que me viu.

- Que lindo, amor!

- Gostou? Fui pegar pra você. – Ela assentiu e eu me sentei do seu lado.

Primeiro comemos tudo da bandeja, que estava divina. – Tive uma ideia, acho que você vai gostar.

- O que é? – Ela dizia de boca cheia, me fazendo ri.

- Vamos fazer um passeio, acho que você vai gostar demais.

- Mais passeios? Aonde?

- Você vai ver, amor. Come e se arruma pra irmos.

- Tomar um banho primeiro.. – Ela se espreguiçou, já de pé.

- Vou junto! – Ri e lhe abracei pela cintura.

Ela selou nossos lábios e seguimos para o banheiro.

Assim que nos arruamos, descemos e esperamos nossa lancha, que eu fiz questão de alugar.

- Uau, adorei! – Sara dizia, enquanto entrava. Ri.

- Ainda nem começou.

- Nossa! – Fomos ver ela por inteira e realmente era perfeita, dava pra morar lá dentro.

Nos sentamos do lado de fora e abrimos um vinho. 

A conversa fluiu tanto, que nem me dei conta quando chegou no lugar que eu tanto queria. Uma ilha vizinha, que eu nem sabia que existia e nem sabia o nome, mas tive ajuda da recepcionista para chegar no meu destino.

Passemos demais pelo lugar, vimos muitas coisas diferentes e almoçamos em um restaurante luxuoso que tinha ali. Parecia ser o mais luxoso, tinha pessoas sentadas em mesas até dentro da água.

Um espetáculo de mágica começou para animar a todos, e para nossa sorte, o “palhaço” que se dizia mágico, não falava nada, só fazia e nós ríamos e nos divertimos.

Não sabíamos falar a língua francesa, mas não era preciso, já que no resort, tudo era traduzido em várias línguas por conta dos muito turistas e a recepcionista americana, falava mais de quatro línguas.

Ele disse apenas uma frase, antes de encerrar o número que surgia uma flor de debaixo da barriga de seu pequeno coelho.

Ouvimos o casal ao lado rindo, eles eram brasileiros e sempre ficávamos por perto deles, por saberem a língua. Sara ria daquilo.

- Que lindo...- A mulher dizia.

- Ele vai dar pra mulher mais linda da ilha. – O marido dizia rindo.

Pareciam estar em lua de mel também.

- Já sabemos o que ele falou. – Sara gargalho, depois que paramos de prestar a atenção na conversa dos dois. – Que vergonha!

- Ah, amor... – Ri também.

Nos distraímos e quando voltamos a olhar para frente o palhaço engraçado estava na frente de Sara, que ficou muito sem jeito, ainda mais, quando ele lhe entregou sua pequena rosa.

Ela sorriu simpática e ele passou sua mão por seu rosto, enquanto todos aplaudiam.

Já dava para ver suas bochechas coradas. Ri.

- Tá, vendo você é a mulher mais bonita do mundo!

- Ai, amor...Esse palhaço tá cego. – Ela fez careta.

- (risos) Boba! – Segurei sua mão e levei até minha boca. – Eu tive outra ideia... – Eu disse, assim que a sobremesa chegou.

- Hum...Fala. Você está tendo ideias ótimas por esses dias.

- Que tal aproveitarmos esses últimos dias por aqui, passeando por todas as ilhas, não só aqui por perto. No Taiti inteiro?

- Tá falando sério, amor?

- Claro que tô! Eu aluguei aquela lancha pro resto dos dias mesmo. Vamos curtir.

- Claro que sim! Eu amei a ideia.

- Quero inaugurar ela da minha maneira. – Ela fez careta.

- Como você é pervertido...

- Estamos em lua de mel, amor. Temos que aproveitar.

- Vamos aproveitar pro resto da vida! – Ela piscou.

- Aí eu já gostei! – Rimos. – Mas quando os filhotes nascerem, não vai dar muito certo.

- (risos) A gente faz eles demorarem mais um pouquinho...

- Por enquanto, só treinamos então. – Escutei sua gargalhada discreta e selei seus lábios.

E assim fizemos pelo resto daqueles dias. 

Viajamos pelo Taiti inteiro, nenhum lugar escapou.

Passamos uma noite na lancha e aproveitamos para fazer o que eu tanto queria. Fazer amor ali dentro, foi a melhor experiência que eu já tive. Mesmo com medo, Sara aceitou.

- Não tem perigo mesmo? – Ela dizia, abraçada comigo, que já quase dormia.

- Fica tranquila, amor. Você acha que eu te colocaria em perigo? E o resort tá pertinho daqui, dá até pra ver.

- Tudo bem! – Ela suspirou. – Eu confio em você! – Sorri.

- Você gostou?

- Mais que tudo!

- O próximo é o bicuço. – Ela arregalou os olhos e eu gargalhei.

- Nossa, Luan! – Conversamos mais um pouco, mas logo pegamos no sono.

No outro dia, o homem que guiava a lancha, que era muito simpático por sinal, veio até nós em seu pequeno barco, acompanhado de outro homem, que o levou de volta e fomos para o resort.

Passamos aquele dia lá, curtindo aquela vista linda, deitados abraçados na rede e sentindo o vento suave que passava pelo lugar.

- Aqui me trás uma paz tão grande...

- Me trás também, só de estar com você.

- Você quer mesmo um filho comigo? – Ela me perguntou depois de um tempo, lhe olhei.

- Claro que sim, por que ?

- Não sei...Achei que não queria.

- Até casamos, muié. Claro que eu quero um filho com você, em qualquer hora, qualquer tempo. – Beijei por diversas vezes sua bochecha, lhe fazendo ri.

No ultimo dia naquele paraíso, paramos no centro da cidade do Taiti e compramos várias coisas as pressas. Para todo mundo, inclusive para Bruna, que falava com Sara por telefone, escolhendo tudo o que queria.

Depois de mais de duas horas rodando em lojas, finalmente pegamos a estrada para o aeroporto.

Dormir a viajem inteira no ombro de Sara, que tagarelava sem parar, sempre me cutucando para contar alguma coisa, pra perguntar se minha mãe e meu pai gostariam do presente que ela estava levando.

- Amor! – Ela reclamava me fazendo ri.

- Fala, minha paixão! – Levantei de seu ombro.

- Me aguenta, casou, aguenta!

- (risos) Fazer o que né? Te aguento agora pro resto da vida, meu amor! –Segurei seu rosto e lhe beijei. Rimos.

- Bobo! Vou parar de ser chata, pode dormir. – Ela passou a mão por meu rosto.

- Você não é chata, meu amor. Eu vou te ouvir. – Ela sorriu.

- Quero só ver depois de uns dez anos de casamento...Cinco.

- (risos) Também não é assim, as vezes vamos brigar, mas eu vou sempre te aguentar.

- Idiota! – Ela bateu em meu ombro rindo.