segunda-feira, 28 de abril de 2014

Capítulo 115


- Isso é sério, Sara?
- Claro que é sério, seu idiota! – Eu dizia entre dentes, ainda com dor.
- O médico já tá vindo! – Miguel chegou correndo. – Não acha melhor irmos para o hospital?
- Não é preciso, filho. – Eu disse e eles não pareceram satisfeitos, porém, atenderam minha vontade.
- E esse filho é meu, Sara? – Luan me olhou e eu o encarei na mesma hora.
Não acreditava no que tinha acabo de ouvir.
- O que? Você só pode está brincando com a minha cara...- Eu ri sem humor.
- Como você mesmo disse, muitos homens sempre te quiseram. – Ele disse com desdém.
- Quer saber?Vai embora! Some da minha vida, da vida dos meus filhos...Dos três agora! Não quero de te ver nunca mais! Esquece que um dia eu existi na sua vida! – Eu chorava enquanto a dor parecia aumentar. Porém, a dor que aumentava de verdade, era a do coração.
- Eu sumo da sua vida sim, mas dos meus filhos não e se esse bebê for meu também...
- Não é seu! – Eu gritei e os três me olharam assustados. – Esse filho não é seu ! – Eu repeti baixo e calma. E eles realmente pareceram acreditar.
O médico chegou e Luan foi embora, antes dele me examinar.
- Sara, te falei pra tomar os cuidados necessários em dobro. Não pode ficar se estressando. Tem que parar em casa! Se cuida e cuida do seu filho!
- Prometo cumprir tudo direito agora, doutor!
- Você não teve sangramento, por sorte! Mas poderia sim ter perdido seu bebê.
- Nem fala uma coisa dessas.
- Bom...Te passei algumas vitaminas, você já deve estar acostumada com muitas, já que tem gêmeos. – Ele riu olhando para os meus filhos e eu também. – Descansa, está bem ? E te espero pro pré- natal.
- Eu vou sim, doutor! – Sorri. – Obrigada por tudo! – Me despedi dele.
- Agora a senhora vai tomar um banho, deitar nessa cama, comer e descansar! – Meus filhos me ordenavam.
- Sério? – Fiz careta, enquanto riam assentindo.
- Vai fazer tudo direito, porque estamos de olho!
- Tudo bem, senhor Rafael! – Fui até o banheiro e fiz o que pediram.
Coloquei um pijama e me deitei na cama. Não demorou nem trinta minutos e eles voltaram com uma bandeja, para o quarto.
- Vai comer tudo!
- Está bem! – Ri.
Comi enquanto conversávamos e ríamos. Logo depois me deitei, parecia que meu cansaço nunca passava. – Já que eu não posso mais sair daqui, que tal meus bebês se deitarem comigo, em? Até eu pegar no sono! – Chamei eles com as mãos, que riram e se deitaram, um de cada lado meu. – Saudade de quando eram pequenos e faziam isso!
- Ôh mãe! Agora nós que vamos cuidar da senhora e do nosso irmão! – Miguel disse.
- Obrigada por existirem! – Sussurrei e beijei a bochecha de cada um.
Adormeci com eles me fazendo carinho, nos cabelos e na barriga, que já estava bem dura.
Apesar de tudo, dormir feliz.
Acordei no outro dia e chamei minhas amigas para passarem o dia comigo, na piscina, já que meus filhos realmente não me deixavam sair.
- Mas esse pirralhos estão mandando em você agora, Sara? – Ana brincava, enquanto tomávamos um suco, já dentro da piscina.
- Escutamos, tia Ana! – Miguel gritou, nos fazendo ri.
- Eu sinto muito pelo meu irmão, Sarinha!
- Não precisa disso, Bruna. Ele sabe o que faz! Deixa ele!
- Você está realmente bem?
- Bem melhor que antes! Quando ele acordar pra vida, vai ser pior! – Voltei a beber meu suco.- Tenho uma coisa pra contar pra vocês!
- O que?
- O motivo pelo qual meus filhos não querem que eu saia!
- O que é? – Rosana, Bruna e Ana, prestaram a atenção no que eu dizia.
- Eu tô grávida! – Sorri.
- Sério? Não acredito! – As três se juntaram para me abraçar.
Como eu gostava de abraços e como estava carente dele. Como o melhor abraço que eu tinha, podia nunca mais existir.
Elas fizeram uma festa com aquela notícia, almoçamos todas juntas naquele dia também.
- O Luan sabe disso? – Bruna perguntou, já no final da tarde.
- Sabe! – Desviei meu olhar.
- E que cara é essa? – Ana me perguntou.
- Eu disse pra ele que o filho não era dele!
- O que? Você tá louca? Claro que ele não acreditou.
- Eu acho que acreditou!
- Ele não é tão doido a esse ponto. Que vontade de socar a cara dos dois!
- Para, Ana! Se ele quiser acreditar, bem!  - Elas não falaram mais nada.
Foram embora e eu fui tomar meu banho, para depois dormir, como sempre.

(...)

No meu sexto mês de gestação, as coisas continuavam as mesmas. No começo eu lembrava da gravidez dos meninos e o quanto Luan era presente. Ele nunca mais me procurou também, parecia mesmo ter acreditado que o bebê não era dele. Também não estava mais querendo saber dele.
Já tinha anunciado dois meses antes da minha gestação para todos, que ficaram bem surpresos e um mês depois que anunciei, eu fui convidada para fazer algumas fotos para uma revista de gestantes e aceitei prontamente, mesmo meus filhos não querendo muito. Por ciúmes e usavam o pretesto, que o pai deles não iriam gostar.
Mas ele não tinha que gostar mais de nada. Era sempre isso que eu os dizia.
O aniversário de Bruna chegou e ela fez questão que eu fosse na casa de seus pai, onde seria a festa. Por mais que eu não quisesse, tive que ir pela minha amiga, que estava comigo para tudo.
Coloquei um vestido lindo, que tinha ganhado da loja que patrocinou os looks para as fotos para a revista. Me arrumei como há tempos, não me arrumava.
Fui de carro com Rafael dirigindo, já que era dentro do condomínio mesmo.
Desci daquele carro, já disposta a ver cenas que não me agradariam e pessoas também, mas não me deixei abater por aquilo.
Bruna nos recebeu lindamente e muito feliz por nossa chegada. Fomos até Marizete que estava com uma revista na mão e me abraçou, assim que me aproximei.
- Que linda que você está...Aliás, estou vendo suas fotos! Perfeitas! – Ela me mostrou.
- Sério que já saíram ? Eu nem sabia! – Ri e peguei a revista.
- Ainda não vi, deixa eu ver! – Entreguei a Bruna.
  


- Viu a surpresa ai?
- O que? Espera! É uma menina? – Assenti sorrindo. – Não acredito que escondeu isso de nós! – Ela sorria, enquanto me abraçava. – Parabéns!
- Obrigada, Bru! Já está na hora de você ter outro também!
- Seu irmão não está dando mais conta do recado! – Ela brincou.
- Eu o que? – Leonardo chegou.
- Nada. – Ri.
- Olha lá, em! – Ele olhou para Bruna e selou seus lábios.
Me abraçou e beijou minha bochecha. – Tem convidados na sala, amor.
- Espera um pouco, cunhada! – Bruna correu pra sala.
Eu e Leo, fomos atrás ainda abraçados.
- Eu estou morrendo de raiva do Luan. Não te disse, mas nem estou falando com ele!
- Não quero que brigue com ele por mim, você ainda é cunhado dele e sempre se deram bem!
- E você é minha irmã e eu não admito que ele te abandone grávida.
- Ninguém está me abandonando, Leonardo! Vocês falam de um jeito, que parece que todo mundo tem dó de mim. Eu não preciso disso! – Me irritei.
- Calma, irmã! Só queremos o seu bem! – Ele disse calmo e eu suspirei, assentindo.
- Me desculpa?
- Tudo bem! – Ele me abraçou.
Saímos do abraço e o que eu já imaginava, eu vi. Luan descendo as escadas com a mulher que dizia estar apaixonado.

4 comentários:

  1. Saudades de vê você postando dois capítulos ( indireta ? Sim ) vontade de da uns tapas no Luan !

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  2. que odio do luan cara vou matar ele kkkkkkkkk
    tomara q essa kenga dê uns belos de uns cornos nele u.u
    sacanagi isso com a sara, ainda mais grávida mds ele ta cego
    maissssss
    @lightlrds

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  3. Q cafajeste :o Tô afim de bater no Luan. PORQ SERÁ NÉ ? Outro cap n mataria ninguém kk

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  4. que raiva do Luan tomara que essa vadia coloque um belo par de chifres neles pra ele aprender a dar valor a Sara
    continua ai Manu

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