- Cadê ele, Luan? –
Era tudo que ela dizia e as lágrimas já desciam, sem nem ao menos eu precisar
responder.
Desabamos os dois no
choro ali naquela sala e o resto, segurava para não chorar também.
- Eu vou achar
ele...Eu juro!
- Eu sei que vai! –
Ela me respondia em meio a soluços.
Quando todos foram
embora ficamos ali naquele silêncio infernal. Miguel tinha ido dormir na casa
de um amigo, por insistência nossa mesmo.
Sabíamos o quanto
abalado ele tinha ficado com aquilo tudo.
- Eu vou lá de
novo... – Me levantei rápido do sofá.
- Ir aonde? Não me
deixa aqui sozinha.
- Fica calma! –
Voltei a me sentar do seu lado. Na verdade, eu pedia calma mais para mim, do
que para ela. – Eu vou voltar naquele local que não sai da minha cabeça...Algo
me diz que ele tá lá!
- Você acha?
- Acho! Eu já volto!
– Me levantei e Sara me acompanhou.
- Eu vou com você!
- Não...Fica!
- Eu vou e ponto! –
Ela disse firme e eu vi, que não tinha como contestar.
Então voltamos para o
tal lugar, onde eu tinha entregado o dinheiro para os bandidos.
Saímos do carro e
respiramos fundo olhando para os lados.
O lugar estava
completamente deserto, algumas lâmpadas iluminavam ali, mas mesmo assim dava
muito medo e um vento gelado batia.
- Olha... – Sara
apontou.
- O que?
- Tem mato ali,
será...
- Claro! Como eu fui
burro! Vamos vasculhar tudo!
- Vamos! – Peguei na
mão dela e saímos quase correndo.
Por pouco não esqueço
de fechar o carro.
Entramos e saímos
daquela mata que tinha em volta da vila, por várias horas.
Sara, que no começo
reclamava de medo, que se agarrava no meu braço, depois já ia para o lado
oposto que eu para andar mais rápido.
Escutamos o galo
cantar e eu olhei no relógio.
- Quatro horas! Acha
que ele está aqui?
- Eu sinto! – Ela
olhou em volta.
- Eu também... – Ela
me olhou um pouco surpresa.
Então voltamos a
nossa procura e posso dizer, que quando já estávamos quase desistindo, ouvimos
um gemido baixo e saímos correndo, feito loucos.
Encontramos Rafael no
chão, todo sujo e um pouco machucado, ele gemia.
- Rafael? Filho! –
Sara sorriu sem acreditar e Rafael, abriu os olhos.
- Mãe...Pai? – Ele
sorriu fraco.
- Meu Deus, eu nem
acredito! – Eu agradecia a Deus mentalmente.
O abracei forte e
logo Sara também.
- Você está quente...Tá
queimando em febre! – Ela disse.
- Vamos pra casa! –
Eu o peguei no colo com dificuldade.
Era bem magro, porém,
quase do meu tamanho.
O levamos para o
carro e partimos para casa feliz, mas mesmo assim Sara ainda estava preocupada
com sua febre.
Assim que chegamos,
todos se reuniam em frente a nossa casa, por estar trancada e assim que saímos
com Rafael de dentro do carro, pareciam não acreditar também.
O levamos para dentro
com mais ajuda e o colocamos no banheiro, para Sara colocá-lo para tomar banho.
- Mãe...Vai me ver
pelado? – Ele ria fraco.
- Para de bobeira,
menino! – Sara também ria junto com as lágrimas.
- Para de chorar, dona
Sara!
- Eu fiquei
preocupada, amor!
- Eu tô bem! – Ele
sorriu e ela beijou sua bochecha.
Desci para sala com
os outros, e disse para qualquer coisa ela nos chamar.
E assim que me sentei
no sofá, fui entupido de perguntas, mas respondi tudo com calma.
- Cara! Eu nem
acredito!
- Nem eu, boi! – Ri.
– Só preciso de cama agora!
- Vamos deixar você
descansar, meu filho. Qualquer coisa, é só chamar! – Minha mãe disse e eu
assenti.
Todos se despediram
de mim e disseram que voltariam no outro dia, teríamos que levar Rafael para
dar um depoimento também.
Miguel chegou assim
que acabaram de sair.
- É verdade que
acharam meu irmão, pai?
- É sim filho! –
Sorri e ele me abraçou.
- Minha tia me
disse...Meu Deus! Que bom, eu nem acredito! – Sorrimos.
Subimos as escadas e
quando chegamos no quarto de Rafael, ele já estava trocado e deitado na cama.
- Vou fazer uma
sopinha pra você, meu amor.
- Ah não, mãe! Faz
batata frita!
- Nunca! Amanhã um
médico vai vir aqui também...
- Ah! – Sara saiu do
quarto.
- Nem acredito que
você tá aqui, boi! – Miguel disse.
Eles se chamavam
assim desde pequenos, por escutar eu chamando meus amigos daquele apelido. Ri
daquilo.
- Nem eu, boi! Pensou
que seria filho único, não é?
- Otário! Não queria
ser filho único... – Eles riram.
- Filho... – Eu me
dirigi a Rafael pela primeira vez. – Podemos conversar? – Ele me olhou sério.
Miguel nos olhos e se
levantou da cama, abraçou o irmão e assentiu pra mim, antes de sair.
Graças a Deus ficou tudo bem
ResponderExcluirUffa
Sinto q essa conversa vai ter um bom resultado ;)
@HellenAraujooh
Morri com esses capitulos do Luan preocupado gente hahahah tomara que os dois se resolvam
ResponderExcluirgraças a Deus que ele esta bem
ResponderExcluirespero que ele e Luan se acertem
continua
bjos carol
AIN ATÉ FIM encontraram ele uffa
ResponderExcluireita agora sei q vou chorar com essa conversa ain meu cori
maissssssss
@lightlrds
Graças a Deus encontraram ele ufa ! eu iria ai te matar se não encontrasse esse menino entedeu? Rum! e não faça um capitulo tão foda okay?
ResponderExcluir@_vick_brito