segunda-feira, 21 de abril de 2014

Capítulo 108


- Cadê ele, Luan? – Era tudo que ela dizia e as lágrimas já desciam, sem nem ao menos eu precisar responder.
Desabamos os dois no choro ali naquela sala e o resto, segurava para não chorar também.
- Eu vou achar ele...Eu juro!
- Eu sei que vai! – Ela me respondia em meio a soluços.
Quando todos foram embora ficamos ali naquele silêncio infernal. Miguel tinha ido dormir na casa de um amigo, por insistência nossa mesmo.
Sabíamos o quanto abalado ele tinha ficado com aquilo tudo.
- Eu vou lá de novo... – Me levantei rápido do sofá.
- Ir aonde? Não me deixa aqui sozinha.
- Fica calma! – Voltei a me sentar do seu lado. Na verdade, eu pedia calma mais para mim, do que para ela. – Eu vou voltar naquele local que não sai da minha cabeça...Algo me diz que ele tá lá!
- Você acha?
- Acho! Eu já volto! – Me levantei e Sara me acompanhou.
- Eu vou com você!
- Não...Fica!
- Eu vou e ponto! – Ela disse firme e eu vi, que não tinha como contestar.
Então voltamos para o tal lugar, onde eu tinha entregado o dinheiro para os bandidos.
Saímos do carro e respiramos fundo olhando para os lados.
O lugar estava completamente deserto, algumas lâmpadas iluminavam ali, mas mesmo assim dava muito medo e um vento gelado batia.
- Olha... – Sara apontou.
- O que?
- Tem mato ali, será...
- Claro! Como eu fui burro! Vamos vasculhar tudo!
- Vamos! – Peguei na mão dela e saímos quase correndo.
Por pouco não esqueço de fechar o carro.
Entramos e saímos daquela mata que tinha em volta da vila, por várias horas.
Sara, que no começo reclamava de medo, que se agarrava no meu braço, depois já ia para o lado oposto que eu para andar mais rápido.
Escutamos o galo cantar e eu olhei no relógio.
- Quatro horas! Acha que ele está aqui?
- Eu sinto! – Ela olhou em volta.
- Eu também... – Ela me olhou um pouco surpresa.
Então voltamos a nossa procura e posso dizer, que quando já estávamos quase desistindo, ouvimos um gemido baixo e saímos correndo, feito loucos.
Encontramos Rafael no chão, todo sujo e um pouco machucado, ele gemia.
- Rafael? Filho! – Sara sorriu sem acreditar e Rafael, abriu os olhos.
- Mãe...Pai? – Ele sorriu fraco.
- Meu Deus, eu nem acredito! – Eu agradecia a Deus mentalmente.
O abracei forte e logo Sara também.
- Você está quente...Tá queimando em febre! – Ela disse.
- Vamos pra casa! – Eu o peguei no colo com dificuldade.
Era bem magro, porém, quase do meu tamanho.
O levamos para o carro e partimos para casa feliz, mas mesmo assim Sara ainda estava preocupada com sua febre.
Assim que chegamos, todos se reuniam em frente a nossa casa, por estar trancada e assim que saímos com Rafael de dentro do carro, pareciam não acreditar também.
O levamos para dentro com mais ajuda e o colocamos no banheiro, para Sara colocá-lo para tomar banho.
- Mãe...Vai me ver pelado? – Ele ria fraco.
- Para de bobeira, menino! – Sara também ria junto com as lágrimas.
- Para de chorar, dona Sara!
- Eu fiquei preocupada, amor!
- Eu tô bem! – Ele sorriu e ela beijou sua bochecha.
Desci para sala com os outros, e disse para qualquer coisa ela nos chamar.
E assim que me sentei no sofá, fui entupido de perguntas, mas respondi tudo com calma.
- Cara! Eu nem acredito!
- Nem eu, boi! – Ri. – Só preciso de cama agora!
- Vamos deixar você descansar, meu filho. Qualquer coisa, é só chamar! – Minha mãe disse e eu assenti.
Todos se despediram de mim e disseram que voltariam no outro dia, teríamos que levar Rafael para dar um depoimento também.
Miguel chegou assim que acabaram de sair.
- É verdade que acharam meu irmão, pai?
- É sim filho! – Sorri e ele me abraçou.
- Minha tia me disse...Meu Deus! Que bom, eu nem acredito! – Sorrimos.
Subimos as escadas e quando chegamos no quarto de Rafael, ele já estava trocado e deitado na cama.
- Vou fazer uma sopinha pra você, meu amor.
- Ah não, mãe! Faz batata frita!
- Nunca! Amanhã um médico vai vir aqui também...
- Ah! – Sara saiu do quarto.
- Nem acredito que você tá aqui, boi! – Miguel disse.
Eles se chamavam assim desde pequenos, por escutar eu chamando meus amigos daquele apelido. Ri daquilo.
- Nem eu, boi! Pensou que seria filho único, não é?
- Otário! Não queria ser filho único... – Eles riram.
- Filho... – Eu me dirigi a Rafael pela primeira vez. – Podemos conversar? – Ele me olhou sério.
Miguel nos olhos e se levantou da cama, abraçou o irmão e assentiu pra mim, antes de sair.

5 comentários:

  1. Graças a Deus ficou tudo bem
    Uffa
    Sinto q essa conversa vai ter um bom resultado ;)
    @HellenAraujooh

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  2. Morri com esses capitulos do Luan preocupado gente hahahah tomara que os dois se resolvam

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  3. graças a Deus que ele esta bem
    espero que ele e Luan se acertem
    continua
    bjos carol

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  4. AIN ATÉ FIM encontraram ele uffa
    eita agora sei q vou chorar com essa conversa ain meu cori
    maissssssss
    @lightlrds

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  5. Graças a Deus encontraram ele ufa ! eu iria ai te matar se não encontrasse esse menino entedeu? Rum! e não faça um capitulo tão foda okay?
    @_vick_brito

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