Capítulo 98

Voltamos para o Brasil e o meu segurança já nos esperava no aeroporto.

Fomos conversando até o meu condomínio. Cutuquei Well e pisquei, ele entendeu.

- Já passou da sua casa, amor. – Sara, dizia.

- É...Vamos ir ali, rapidinho.

- Onde?

- Vou resolver algumas coisas. – Mesmo confusa, ela assentiu.

Duas ruas depois, enfim paramos em frente a uma enorme casa, de dois andares, um estacionamento enorme e um jardim lindo em volta.

- Quem mora aqui?

- Vamos comigo que você vai ver. – Saímos do carro e Well ficou nos esperando.

Tirei a chave do bolso e abri a porta, Sara me olhou confusa.

- Luan...

- Nossa casa, amor! – Não deixei que ela terminasse de falar.

Ela encarou a casa espantada e logo depois me olhou.

- Tá falando sério?

- (risos) Claro que estou. Quem casa, quer casa, muié!

- Gente, eu tinha esquecido desse detalhe...

- Pequeno, por sinal. – Brinquei e ela riu.

- Obrigada, meu amor! – Ela me abraçou.

Retribui com toda força que tive. – Só queria ter te ajudado a comprar.

- Pode parar! É um presente meu para nós.

- É tão lindo aqui...

- Mas você ainda não viu nada. Vamos olhar toda. – Peguei em sua mão e fui lhe mostrar o resto da casa.

Linda, enorme e aconchegante, eram as palavras certas para aquela casa. Uma piscina gigante, na área dos fundos, que tinha uma churrasqueira ótima também.

Seis quartos, um banheiro em cada um, uma cozinha enorme, uma sala luxuosa, um banheiro no andar de baixo e um separado no corredor do andar de cima.

O ultimo lugar que paramos, foi no nosso quarto. Já estava todo arrumado, com os móveis em seus devidos lugares. Minha mãe e minha irmã tinham me ajudado.

- Nossa! Eu nem sei o que dizer... – Sara riu. – Esse quarto é de princesa!

- Você é uma princesa, amor! Merece tudo isso.

- Será que mereço mesmo?

- Claro que sim! – Beijei ela ali.

Depois de mais alguns minutos por ali, deixamos nossas malas e fomos para casa dos meus pais, que ficaram super felizes com nossa volta. Minha mãe preparou um almoço incrível para nós e enquanto comíamos, ela contava o trabalho que teve com Bruna para comprar e organizar nossa casa, antes da nossa volta.

( 2 meses depois...)

Voltei a minha rotina de shows, que parecia estar bem mais corrida e agitada, do que antes do casamento. No mês que voltei da lua de mel, fiz vinte e cinco shows, então falei novamente com a minha equipe, que não faria mais aquela quantidade. Aquela correria de começo de carreira, eu não iria mais fazer.

Nesse tempo, eu só voltei para casa duas vezes, mas já foi o suficiente para amar aquela vida de casado, do lado da Sara, que ao contrário do que eu sempre pensava, era uma ótima esposa e companheira, mesmo com pouco tempo, ela já mostrava isso.

O Rober me zoava e dizia que era encanto de recém casados, mas eu sabia que não.

Sempre que estava em casa, ela fazia questão de fazer alguma coisa para me agradar, desde uma sobremesa qualquer, faltar a academia pra ficar comigo. Eu achava tão lindo da parte dela.

Naquele mês, seria o aniversário de Sara e eu tive que desmarcar uma entrevista com uma rádio para comparecer. Fiz questão.

Saí de tarde da cidade que tinha feito um show cedo e cheguei em casa as sete horas da noite. Ela se arrumava, o quarto estava uma bagunça de roupas espalhadas e maquiagens.

- Eita, amor! – Fiz careta, assim que entrei e ela se virou para me olhar.

- (risos) Oi, meu amor! Tô atrasada! – Ela me beijou rápido e voltou a fazer o que fazia.

Teria uma festa em uma boate, que aluguei para ela. – Ah, eu adorei seu presente. – Ela sorriu, pelo espelho.

Eu já tinha lhe desejado parabéns e mandado um enorme buquê de flores , com caixa de bombons e um bilhete escrito a mão.

- Que bom, meu amor! Fiz tudo com carinho. – Beijei seu pescoço e fui para o banheiro.

Tomei um banho rápido e depois me arrumei no closet. Sara continuava empacada no espelho. – Mas que demora, em!

- Tenho que ficar gata! – Ela piscou. Ri.

Enfim, depois de meia hora sentado na cama, Sara acabou de se arrumar e descemos correndo para o carro.

A maioria dos convidados já estavam lá, inclusive os seus e os meus pais.

- Sara...pensei que não viria mais. – Sua mãe brincou, nos fazendo ri.

- Nunca vi demorar tanto. – Comentei.

- Ah, gente! – Ela riu. – Eu estava ficando bonita.

- Cunhada! Vem aqui. – Bruna saiu puxando Sara pela mão, as duas quase corriam.

- O que é isso? – Perguntei Leonardo, que estava do meu lado.

- Não sei... – Ele deu de ombros.

Saímos para cumprimentar os amigos e dali mesmo, começamos a beber.

- Tá parado hoje em, Luan. – Os meninos me zoavam.

- Se eu exagerar, a aniversariante me mata. – Rimos.

Do nada, Sara subiu no pequeno palco que tinha montado ali, provavelmente para eu e alguns cantores que tinham ali, cantarmos.

- Gente...Eu tenho uma coisa pra falar...

- Mas antes... – Minha irmão tirou o microfone de sua mão. – Algumas amigas, eu e a aniversariante preparamos uma dança. – Ela riram.

Foram para o centro da pista de dança e todos fomos ver o que era aquilo.

A música “show das poderosas” começou a tocar e elas dançavam tudo perfeitamente bem. Deveriam ter ensaiado tudo. Pareciam aquelas meninas, que dançavam na festa de quinze anos. Ri dos meus pensamentos. Era mais uma brincadeira.

Quando acabou tudo, todo mundo gritou e aplaudiu.

Bruna voltou com o microfone e Sara anunciou mais uma vez que tinha um comunicado importante para fazer.

Mas riam, brincavam, algum amigo fazia piadinha e o tal recado, nunca era dito.

- Vamos, amor! O que é que você tem pra falar? – Eu gritei e os meninos do meu lado, riram.

- É... – Ela fez uma pausa. – Queria que você acertasse. Chuta alguma coisa.

- Não faço ideia...

- Fala vai...

- Nossa, Sara. Fala! – Ri. – Alguém morreu ? Vai morrer? -  Fiz graça.

- Quase isso.

- Hã? – Fiquei preocupado. 

- É quase isso, só que ao contrário. – Continuei sem entender.

Escutei sua gargalhada no microfone. – É que, daqui a quase oito meses, teremos uma surpresinha. – Ela colocou as mãos sobre a barriga.

Minha boca se abriu e todo mundo também ficou surpreso, a não ser, as amigas dela, que dançaram e sabiam de tudo.

- Você...

- Eu tô grávida, meu amor! – Enfim sorri, a ficha caiu e fui abraça-la.