segunda-feira, 7 de abril de 2014

Capítulo 95



No fim da outra semana, já seria o nosso jantar de noivado. O Luan chegou a tarde de viagem, mas não nos vimos. A noite, quando já estava tudo pronto, ele chegou.
Ficamos na sala conversando e matando a saudade, enquanto minha mãe se arrumava, mas não demorou muito para se juntar a nós também.
Logo chegou seus pais, sua irmã e Ana, todos juntos. E por último, Léo com o meu pai.
Eu via o quanto minha mãe estava desconfortável, mas ele era meu pai, não podia o deixar de fora das coisas importantes que acontecia na minha vida.
Fomos jantar entre conversas e risos, o clima não tinha pesado, e eu agradecia mentalmente por aquilo.
Depois de comermos um delicioso peixe ,que minha mãe tinha preparado, enfim fomos para a sobremesa. Preparei uma torta de bombom, que eu tanto amava fazer e comer, Luan também gostava e todos aprovaram.
- Já pode casar, irmã! – Leonardo fazia graça, enquanto eu revirava os olhos.
- O seu irmão é muito engraçado, Sara. Um amor! – Marizete, alisava o braço de Léo.
- Obrigado, sogra! – Ele ria convencido.
- Leonardo! – O repreendi por seu comentário e ela riu.
- Tá vendo meu pai ai não, rapaz ? – Luan disse e ele gargalhou.
- Claro...Meu sogro! – A essa hora, Bruna já estava vermelha de vergonha e eu também estava com vergonha por ela.
- Fica quietinho... – Chutei sua perna por baixo da mesa.
Eles riam de mim.
Depois de muito conversar novamente, eles decidiram ir embora. Luan ficou para dormir comigo e Ana, Bruna e Leonardo, foram curtir a noite, como eles mesmo diziam.
Passamos uma noite só de carinhos e risadas. Fomos dormir depois de assistirmos muitos filmes.

(...)

Os dias iam se passando e a minha ansiedade só aumentava. Eu não me imaginava casando com ninguém, muito menos com meu ídolo e lá estava eu.
Bruna me ajudava com todos os preparativos, que pareciam nunca acabar.
Estava vivendo um sonho, uma vida de princesa, feliz por cada escolha feita.
O Luan sempre queria participar de tudo e também sempre muito empolgado. Escolheu os convites comigo e foi provar as comidas, quase comeu as coisas todas, me matando de vergonha.
O resto ele não pode me acompanhar, mas nos falávamos por web cam sobre as coisas, por mais simples que fosse, ele fazia questão de dar sua opinião e eu estava adorando. Sinal de que ele estava mesmo interessado a se casar.
Coisas simples, tipo, os tipos e cores das flores que ficariam na igreja e na maioria das vezes eu discordava, o que gerava risada da parte dele e de todos.
- Amor...Tulipas ? Eu quero rosas. Vermelhas ou brancas.
- Nossa, Sara! Nunca aceita minha opinião. – Ele fazia drama e cruzava os braços, do outro lado da tela do computador. Ri.
- Não, amor. Mas você não entende dessas coisas.
- Lá vem...
- (risos) Que tal rosas brancas, então ?
- Tá bom! – Ele suspirou. – Brancas então, entendeu ?
- Tudo bem! O que você tem contra o vermelho?
- Nada, muito pelo contrário. Eu adoro vermelho, só que brancas vai ficar melhor, da cor do seu vestido.
- Meu vestido! – Lembrei e bati palmas empolgada. – Amanhã estou indo experimentar alguns modelos com sua irmã!
- Ah...Não me deixa curioso, vai. Queria dar sugestão no seu vestido também.
- Amor, tem gente que reclama que homem não dá sugestão em nada, mas você, em? Vê se pode, querer escolher meu vestido. – Após acabar de falar, ouvi a gargalhada gostosa do meu namorado.
Logo ele foi chamado para ir para o show, que seria feito mais tarde do que estavam acostumados. Nos despedimos.
No outro dia, como o combinado, fui com minha cunhada a um Atelier, muito chique e bem frequentado de São Paulo.
Ficamos perdidas em meio de tantos vestidos bonitos.
Passei o dia experimentando todos e o último, foi o que me encantou.
- Vou ficar com esse... – Sorri me olhando no espelho.
- Tem certeza, cunhada ? Vamos voltar amanhã, tem tantos aqui...Vai se arrepender.
- Nada. Tenho certeza que é isse!
- Você que sabe...É lindo mesmo! – Ela sorriu.
Não precisei ver mas nenhuma, era aquele o vestido que eu me casaria.
A moça começou a marcar tudo que iria arrumar para ficar perfeito em mim. Tirei uma foto dele no manequim, antes de sairmos, para mostrar a minha mãe e minha sogra.
Fomos para minha casa empolgadas, já que a mãe de Bruna estaria lá conversando um pouco com a minha mãe.
Elas riam da nossa empolgação, assim que chegamos.
- Ah...Tirei uma foto pra vocês! – Fui até minha bolsa.
- Mas já escolheu, Sara? Você é muito indecisa, quero ver se arrepender.
- Não vou, mãe. Ele é muito lindo, me apaixonei a primeira vista! – Minha sogra riu. – É simples até. – Enfim, achei a foto.
- Você escolheu um vestido simples?
- Pô, mãe! A senhora só me tira hoje. – Rimos.
- É lindo! – Minha sogra falava.


 - Muito mesmo! E não é tão simples assim.
- Tô apaixonada, mãe. Quero meu buquê branco também, igual as rosas da igreja. – Sorri imaginando.
- Tudo branco?
- Quero tudo paz e amor! – Bruna gargalhou.
Depois de jantarmos as quatro juntas, trocando ideia sobre um único assunto: Meu casamento.
Bruna e Marizete, se despediram e foram para casa.
E depois de dias de ajustes no vestido, dias de ansiedade, sem conseguir nem trabalhar direito e só tagarelando com a Bruna vinte e quatro horas por dia.
Enfim o dia que esperávamos, chegou!

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