Depois daquele acontecimento nada
agradável, voltei para perto de Bruna e pedi para que ficasse comigo um pouco
afastado de todos, Luan tinha conseguido acabar com o meu clima para festa, e
ela como uma ótima cunhada, ficou comigo a noite toda. Sentadas em uma poltrona
que ficava dentro da varanda de sua casa, enquanto os outros continuavam na
área com a churrasqueira e bem perto da piscina.
Como já estava muito tarde e por
insistência dos pais do Luan e da Bruna, revolvi dormir por ali mesmo, mas no
quarto da minha cunhada. Fui a primeira a subir, alegando uma dor de cabeça,
que todos acreditaram. Luan não estava ali e por sorte não precisei me despedi
dele, para que ninguém percebesse o clima em que estávamos.
Dormi rápido, estava cansada e nem
vi Bruna chegar, só ouvi seus passos bem depois que subi, mas logo apaguei de
novo.
Acordei e olhei para cama um pouco
mais acima da minha, que era encaixada por baixo e Bruna já não estava, só sua
cama bagunçada. Olhei para frente e só então percebi que Luan estava ali, me
assustei e me sentei.
- Desculpa se te assustei, amor.
- Me assustou mesmo... – Foi só o
que eu disse e olhei para suas mãos.
Que estavam com uma rosa, linda, bem
vermelha e sem espinhos.
- Preparei pra você! – Ele apontou
para escrivaninha de Bruna, ao lado da cama.
Lá estava uma bandeja com um café da
manhã de dar água na boca. – Pra você também! – Voltei a olhá-lo e ele me
entregou a rosa, com um sorriso lindo no rosto.
Suspirei e abri um de meus melhores sorrisos
para ele.
Como ficar brava com uma pessoa que
mais ama e tem o sorriso mais lindo do mundo ? Não tem jeito. Sorri mais com
meus pensamentos.
- Você que teve essa idéia, é ? – Me
levantei e peguei a bandeja.
Voltei a me sentar na cama, enquanto
ele ainda me olhava.
- Foi, por que ? Não acredita?
- Não disse nada... – Ri de boca
cheia.
- Juro que foi eu! Meus pais não
sabem que estamos brigados, só Bruna...
- Não estamos mais, né?
- Não ? – Ele sorriu ainda mais
lindo e eu achava que aquilo não era possível.
- Depois disso tudo, é...Eu acho que
não ! – Rimos. – Falar na Bruna, cadê ela ?
- Expulsei daqui cedo.
- Sério ? Tadinha, ela chegou tarde,
deve tá cansada demais.
- E está, mas eu disse que era pra
ela sair que seria melhor.
- Você está aqui há muito tempo?
- Umas...Meia hora ?
- Nossa ! Por que não me acordou?
- Claro que eu não ia fazer isso,
amor!
- Chama a Bruna pra voltar a dormir.
- Relaxa, ela disse que ia pro meu
quarto e deve ta lá, babando no meu travesseiro. – Gargalhei e quase me engasguei.
– Eu te amo, tá ? – Sorri de boca cheia, sem mostrar os dentes e me levantei de
braços abertos, para abraçá-lo.
- Eu que amo você. Vamos voltar às
boas?
- É tudo que eu mais quero...
- Só não fazer mais
besteira...Confia em mim ? Eu amo você, pra sempre !
- Eu confio ! – O abracei mais uma
vez. – Eu não mereço nem um beijinho ? – Ri com sua carinha e o beijei. Um
beijo longo, molhado e bem caprichado.
No Ano novo, Luan iria fazer um show
no Rio de Janeiro e estava quase morrendo de felicidade por aquilo.
Fomos para cidade cedo e
aproveitamos muito a praia privada do hotel, depois de insistir muito Luan, já
que não queria ir.
Comemos bastante também, junto com
seus pais e sua irmã que também foram, claro.
Fomos para o local do show à noite e
Luan se trocou no camarim mesmo, ficou lindo, todo de branco e seu sorriso
iluminado não saia do rosto.
O show foi perfeito e Luan fez a
contagem regressiva em cima do palco mesmo, antes daqueles fogos lindos
iluminarem o céu de copacabana.
Ouve uma pequena comemoração nos
bastidores, com as pessoas de sua produção, banda e a produção do evento.
Resolvemos ficar um pouco por ali.
Chegamos tarde no hotel, Amarildo
colocou Luan na cama e eu me sentei do seu lado, enquanto tirava minha
sandália.
- Cansei ! – Fiz careta e ele riu.
- Tá fraca então, amor!
- Tô mesmo, demais...
- Nossa, eu não. Tô ligado ainda ! –
O olhei franzindo a sobrancelha e ele riu.
- O que você quer ? – Falei o
fazendo gargalhar.
- Você acha mesmo que eu quero
alguma coisa?
- Acho...Diz !
- Eu...hã...
- Fala, anda ! – Cruzei os braços
rindo, já esperando o que viria, mas me fazendo de desentendida.
- Não quero nada, só fiquei ligado
porque a noite foi boa. Eu gostei muito !
- E posso saber por que ? Só porque
aquelas piriguetes ficaram se esfregando em você ? – Brinquei e ele ergueu uma
sobrancelha.
- Se esfregaram em mim ? Eu nem
senti.
- Se esfregaram sim, as da produção
do evento. Umas abusadas !
- Não são abusadas, amor !
-Vai defender, é? – Continuei a
brincar e quando ia me levantar da cama, ele me puxou pelo braço, tão forte que
cai quase em cima dele.
- O que tão te dando ? Tá fortinho.
– Eu ri.
- Eu sou, meu amor. – Ele continuou
a puxar meu braço e eu me deitei em seu ombro.
- Você quer o mesmo que eu, é ? –
Sussurrei em seu ouvido e ele se arrepiou, suspirando em seguida, me fazendo
sorrir.
- O que você quer ? – Ele respondeu
no mesmo tom.
- Não sei...O que podemos, querer ?
– Passei minhas unhas de leve, em sua barriga nua.
Só estava com sua tradicional cueca
boxer branca, que eu tanto amava.
Vi sua barriga encolher com meu
toque.
Levantei minha cabeça e o beijei
rápido. Nosso beijo só ia ficando mais feroz e ele mais “animado”. Tirei meu
vestido rápido e logo meu sutiã, voltando aquele beijo bom.
Fiquei por cima dele e quando ia
voltar a beijá-lo, segurou meu rosto com as mãos e levou sua boca até meu
pescoço, que se arrepiou com seu hálito fresco.
Suas mãos, que agora estavam em
minha cintura, me empurravam com delicadeza para cima e mesmo sem saber direito
o que ele queria, me arrastei um pouco mais para cima.
Me beijou com voracidade.
Ele estava me dando um prazer tão
grande, que era quase impossível conter os
gemidos tímidos, que saiam de minha boca.
Levei as mãos até seus cabelos, fechei os olhos e suspirei. Suas mãos foram
para minha bunda e logo começaram a querer tirar minha calcinha branca, fio
dental.
Aquela noite foi mágica, conseguiu
superar a nossa anterior. Ele estava mais confiante e viu que podia sim fazer
“coisas” que me deixariam louca.
Passamos mais um dia no Rio de
Janeiro, mas logo tivemos que voltar para nossa casa e rotina de antes.
Agora eu iria trabalhar mais na
central de fãs, Rafael, que era o chefe, tinha me subido de cargo, mas pediu
que eu fosse mais vezes e ficasse mais tempo, mesmo contra vontade do patrão,
que reclamava daquilo sem parar. Mas teve que aceitar ter que me ver só no fim
da tarde por algumas horas, nos dias de semanas e às vezes nem dava tempo de
passar em sua casa.