sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Capítulo 60


Depois daquele acontecimento nada agradável, voltei para perto de Bruna e pedi para que ficasse comigo um pouco afastado de todos, Luan tinha conseguido acabar com o meu clima para festa, e ela como uma ótima cunhada, ficou comigo a noite toda. Sentadas em uma poltrona que ficava dentro da varanda de sua casa, enquanto os outros continuavam na área com a churrasqueira e bem perto da piscina.
Como já estava muito tarde e por insistência dos pais do Luan e da Bruna, revolvi dormir por ali mesmo, mas no quarto da minha cunhada. Fui a primeira a subir, alegando uma dor de cabeça, que todos acreditaram. Luan não estava ali e por sorte não precisei me despedi dele, para que ninguém percebesse o clima em que estávamos.
Dormi rápido, estava cansada e nem vi Bruna chegar, só ouvi seus passos bem depois que subi, mas logo apaguei de novo.
Acordei e olhei para cama um pouco mais acima da minha, que era encaixada por baixo e Bruna já não estava, só sua cama bagunçada. Olhei para frente e só então percebi que Luan estava ali, me assustei e me sentei.
- Desculpa se te assustei, amor.
- Me assustou mesmo... – Foi só o que eu disse e olhei para suas mãos.
Que estavam com uma rosa, linda, bem vermelha e sem espinhos.
- Preparei pra você! – Ele apontou para escrivaninha de Bruna, ao lado da cama.
Lá estava uma bandeja com um café da manhã de dar água na boca. – Pra você também! – Voltei a olhá-lo e ele me entregou a rosa, com um sorriso lindo no rosto.
Suspirei e abri um de meus melhores sorrisos para ele.
Como ficar brava com uma pessoa que mais ama e tem o sorriso mais lindo do mundo ? Não tem jeito. Sorri mais com meus pensamentos.
- Você que teve essa idéia, é ? – Me levantei e peguei a bandeja.
Voltei a me sentar na cama, enquanto ele ainda me olhava.
- Foi, por que ? Não acredita?
- Não disse nada... – Ri de boca cheia.
- Juro que foi eu! Meus pais não sabem que estamos brigados, só Bruna...
- Não estamos mais, né?
- Não ? – Ele sorriu ainda mais lindo e eu achava que aquilo não era possível.
- Depois disso tudo, é...Eu acho que não ! – Rimos. – Falar na Bruna, cadê ela ?
- Expulsei daqui cedo.
- Sério ? Tadinha, ela chegou tarde, deve tá cansada demais.
- E está, mas eu disse que era pra ela sair que seria melhor.
- Você está aqui há muito tempo?
- Umas...Meia hora ?
- Nossa ! Por que não me acordou?
- Claro que eu não ia fazer isso, amor!
- Chama a Bruna pra voltar a dormir.
- Relaxa, ela disse que ia pro meu quarto e deve ta lá, babando no meu travesseiro. – Gargalhei e quase me engasguei. – Eu te amo, tá ? – Sorri de boca cheia, sem mostrar os dentes e me levantei de braços abertos, para abraçá-lo.
- Eu que amo você. Vamos voltar às boas?
- É tudo que eu mais quero...
- Só não fazer mais besteira...Confia em mim ? Eu amo você, pra sempre !
- Eu confio ! – O abracei mais uma vez. – Eu não mereço nem um beijinho ? – Ri com sua carinha e o beijei. Um beijo longo, molhado e bem caprichado.
No Ano novo, Luan iria fazer um show no Rio de Janeiro e estava quase morrendo de felicidade por aquilo.
Fomos para cidade cedo e aproveitamos muito a praia privada do hotel, depois de insistir muito Luan, já que não queria ir.
Comemos bastante também, junto com seus pais e sua irmã que também foram, claro.
Fomos para o local do show à noite e Luan se trocou no camarim mesmo, ficou lindo, todo de branco e seu sorriso iluminado não saia do rosto.
O show foi perfeito e Luan fez a contagem regressiva em cima do palco mesmo, antes daqueles fogos lindos iluminarem o céu de copacabana.
Ouve uma pequena comemoração nos bastidores, com as pessoas de sua produção, banda e a produção do evento. Resolvemos ficar um pouco por ali.
Chegamos tarde no hotel, Amarildo colocou Luan na cama e eu me sentei do seu lado, enquanto tirava minha sandália.
- Cansei ! – Fiz careta e ele riu.
- Tá fraca então, amor!
- Tô mesmo, demais...
- Nossa, eu não. Tô ligado ainda ! – O olhei franzindo a sobrancelha e ele riu.
- O que você quer ? – Falei o fazendo gargalhar.
- Você acha mesmo que eu quero alguma coisa?
- Acho...Diz !
- Eu...hã...
- Fala, anda ! – Cruzei os braços rindo, já esperando o que viria, mas me fazendo de desentendida.
- Não quero nada, só fiquei ligado porque a noite foi boa. Eu gostei muito !
- E posso saber por que ? Só porque aquelas piriguetes ficaram se esfregando em você ? – Brinquei e ele ergueu uma sobrancelha.
- Se esfregaram em mim ? Eu nem senti.
- Se esfregaram sim, as da produção do evento. Umas abusadas !
- Não são abusadas, amor !
-Vai defender, é? – Continuei a brincar e quando ia me levantar da cama, ele me puxou pelo braço, tão forte que cai quase em cima dele.
- O que tão te dando ? Tá fortinho. – Eu ri.
- Eu sou, meu amor. – Ele continuou a puxar meu braço e eu me deitei em seu ombro.
- Você quer o mesmo que eu, é ? – Sussurrei em seu ouvido e ele se arrepiou, suspirando em seguida, me fazendo sorrir.
- O que você quer ? – Ele respondeu no mesmo tom.
- Não sei...O que podemos, querer ? – Passei minhas unhas de leve, em sua barriga nua.
Só estava com sua tradicional cueca boxer branca, que eu tanto amava.
Vi sua barriga encolher com meu toque.
Levantei minha cabeça e o beijei rápido. Nosso beijo só ia ficando mais feroz e ele mais “animado”. Tirei meu vestido rápido e logo meu sutiã, voltando aquele beijo bom.
Fiquei por cima dele e quando ia voltar a beijá-lo, segurou meu rosto com as mãos e levou sua boca até meu pescoço, que se arrepiou com seu hálito fresco.
Suas mãos, que agora estavam em minha cintura, me empurravam com delicadeza para cima e mesmo sem saber direito o que ele queria, me arrastei um pouco mais para cima.
Me beijou com voracidade.
Ele estava me dando um prazer tão grande, que era quase impossível conter  os gemidos tímidos, que saiam de minha boca.
Levei as mãos até seus cabelos, fechei os olhos e suspirei. Suas mãos foram para minha bunda e logo começaram a querer tirar minha calcinha branca, fio dental.
Aquela noite foi mágica, conseguiu superar a nossa anterior. Ele estava mais confiante e viu que podia sim fazer “coisas” que me deixariam louca.
Passamos mais um dia no Rio de Janeiro, mas logo tivemos que voltar para nossa casa e rotina de antes.
Agora eu iria trabalhar mais na central de fãs, Rafael, que era o chefe, tinha me subido de cargo, mas pediu que eu fosse mais vezes e ficasse mais tempo, mesmo contra vontade do patrão, que reclamava daquilo sem parar. Mas teve que aceitar ter que me ver só no fim da tarde por algumas horas, nos dias de semanas e às vezes nem dava tempo de passar em sua casa.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Capítulo 59


- Ah ! Lembro sim... – Eu disse sem jeito e só então me toquei que continuava em seus braços.
Dei um jeito de me soltar rápido dele, antes que Luan nos visse.
- Então...Curtindo o Natal ? – Ele disse sem jeito e riu fraco.
- Muito e você ? É a primeira vez que passa aqui na casa do Luan, né?
- É sim.
- A minha também ! – Rimos.
- Você começou a namorar ele a pouco tempo, não é?
- Seis meses.
- Sarinha, Luan está te procurando. – Bruna entrou na sala.
- Então deixa eu ir, antes que ele tenha um troço. – Falei os fazendo ri e segui com Bruna para cozinha. – Me salvou.
- De quê ?
- De ficar ali com ele, se o Luan nos visse era bem capaz de arrumar um escândalo aqui.
- Sério ? – Ela fez careta.
- Sério! Seu irmão está em um nível de ciúmes que você nem imagina... – Fomos interrompidas do nosso cochicho com a voz do Luan, dizendo mesmo que me procurava.
Fomos para fora e ficamos junto de todos, Luan entrelaçou nossas mãos e começamos a conversar.
O clima estava ótimo, todos estavam animados, contavam suas histórias e eu ria deles. Até que o Diogo se sentou do meu outro lado, que estava sem ninguém e começou a puxar assunto. Tive que lhe dar atenção, não dava para ignorá-lo. Os meninos conversavam com Luan, mas eu percebia que seu interesse era na minha conversa com o rapaz, ele nos olhava disfarçando, mas eu o conhecia e já sabia o que viria.
Fui em um momento para cozinha e como eu imaginei, ele veio atrás. Me sentei na mesa com um pedaço de torta.
- Sara, porque aquele cara não sai do seu pé? – Suspirei.
- Luan...Sério que até no Natal você vai ter crises e ataques de ciúmes?
- Não é ataque, nem crise. Eu só não gosto dele atrás de você.
- A gente só conversou, assim como converso com todos que estão aqui. Para com isso que já está me irritando !
- Eu não quero você perto dele ! – Ele pareceu ignorar todas minhas palavras.
- Eu já disse que só estou conversando com ele, pelo amor de Deus ! Você vai ficar paranóico com esses ciúmes de tudo.
- Eu não tenho ciúmes de tudo...
- Imagina se tivesse? Até da minha sombra você tem...
- Sara, você é minha e eu só cuido de você. – Respirei fundo olhando para cima, antes de o encarar.
- Você está ficando doente, Luan. Eu sinto muito em dizer, mas você está...Isso não é normal, você tem ciúmes de todos.
- Quando eu tenho ciúmes é porque tenho motivos e você me dá.
- (risos) Eu te dou motivos ? Eu que estou vivendo pra você a mais de um ano ? Escutou ? Não é um dia, é mais de um ano ! Eu sempre vivi pra você, até quando me esnobava e me rejeitava, mas dessa vez é muito mais intenso. Como pode ter a coragem de pensar que eu posso te trair ? Pensa que eu sou otária ? Que fiz tudo por você à toa ?
- Quem deve está pensando que tem gente otária aqui, é você !
- Deus, dai-me paciência, porque se me der força eu mato esse homem ! – Eu disse olhando para cima, antes de levantar.
- Sara, eu ainda estou falando com você.
- Eu te escuto demais, Luan. Hoje já está bom ! – Ouvimos passos e logo minha cunhada entrando na cozinha. Fez uma careta assim que olhou para nós, percebendo nossa pequena briga.
E logo depois, Diogo entrando, olhei para Luan, que estava muito sério.
- Vai dormir aqui hoje, Sara ? – Bruna disse para quebrar o clima.
- Não sei...Acho que não ! – Eu disse, enquanto fuçava a geladeira.
- Por que não ? – Luan disse e eu logo me arrependi da minha resposta.
- Você quer que eu durma ? – Eu o olhei e ele me encarava, ainda com sua expressão emburrada.
- Se você quiser você dorme. – Olhei para Bruna e revirei os olhos com aquela resposta grossa de seu irmão.
- Se você não quiser eu não durmo...
- Faz o que você quiser, Sara. Desde que não fique pelos cantos com nenhum homem. – Ele tinha que soltar algum veneno.
- Luan ! – O repreendi. – Não fico pelos cantos com ninguém, me respeite !
- Nossa, gente...Deixa eu ir. – Bruna saiu quase correndo dali e Diogo logo atrás, me lançando um olhar de desculpas. Ele percebeu a indireta.
- Você é um otário, sabia ?
- Pode me xingar do que for...
- Eu vou te largar se continuar assim, ouviu ? – Eu me irritei e Luan me olhou, mas agora seu olhar era assustado.
- Hã?
- É isso mesmo que você ouviu, ou você muda ou eu te largo.
- Sara...Você não pode está falando sério.
- Eu nunca falei tão sério. Eu não agüento mais seus ataques, eu faço de tudo por você e você agora vem com crises ? Eu não sou de ferro! – Eu estava muito irritada.
- Eu...
- Você o que, Luan ? – Falei alto demais, mas logo me arrependi e voltei a me sentar na mesa. Olhei para Luan.
- Eu só não quero te perder. Eu tenho medo de encontrar alguém melhor, porque ...Eu sei que no momento todos estão sendo melhor pra você. Seu pai não concorda com nosso namoro e mais ainda por eu estar nessa cadeira. Eu te amo muito e não sei o que seria de mim sem você, por isso sou tão idiota ! Eu não posso te perder de jeito nenhum e eu tenho certeza que se procurar agora, vai encontrar um homem melhor pra você e eu não posso te perder, mesmo sabendo que seria melhor pra você outro homem. Eu sou egoísta, eu sei, mas não posso ficar sem você ! – Ele chorava e o meu olhar para ele era o mesmo, irritação.
Ele tinha me tocado muito com suas palavras, mas não podia simplesmente deixar que isso continuasse só porque ele tinha medo de me perder. Sei que tinha motivos de sobra por estar inseguro, por seu estado físico, mas mesmo assim, a irritação falava alto em mim também.
- Eu não quero saber, mas o recado já está dado. Se você continuar, a gente vai se separar ! – Me levantei e o deixei ali, chorando de cabeça baixa.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Capítulo 58


( Meses depois... )

- Acho que não vou agüentar por muito tempo ! – Eu conversava com Ana, em meu apartamento.
- Pirou ? Você tem que agüentar !
- O Luan está insuportável...
- Dá uma trégua só hoje, vai ? É Natal ! – Minha amiga tentava me ajudar em vão.
Depois de seis meses namorando com o Luan, ele estava insuportável, não nossa relação. Quando estávamos juntos na casa dele, assistindo algum filme, comendo ou brincando, era tudo perfeito, mas bastava irmos em alguma festa de seus amigos, ou irem até sua casa fazerem alguma coisa, que seu ciúmes falava mais alto. Estava incontrolável.
Luan ainda continuava em sua cadeira de rodas, mas evoluía cada dia mais, logo voltaria a andar. Estava mais conformado com aquilo e depois do show que fez, resolveu que faria pelo menos uns quatro por mês, a pedido do médico para que não se cansasse muito, porque por ele seguia a carreira normal.
E assim estava sendo depois daquele dia, as coisas estavam quase normais, ele estava se aceitando, já participava das festas com seus amigos e fazia muita coisa em sua casa. Queria que tudo estivesse perfeito de verdade, mas nem tudo é perfeito, pelo menos pra mim.
Eu não podia ficar sozinha nem um minuto, com qualquer homem, até com seus amigos, homem estranho então, ele me matava. Estava em uma crise de ciúmes incontrolável, que não estava mais suportando.
- Que o Luan não dê seus ataques hoje !
- Ele não vai dar...Agora vai se arrumar que já era pra você está lá. Não sei até agora porque não foi pra lá ainda.
- A casa do Luan tá cheia de gente, seu primo e tio levaram vários amigos. Era certo dele matar um se eu estivesse lá. – Fiz careta, enquanto me levantava.
- (risos) Por isso ele não te ligou ainda ?
 - Por isso ! – Bufei.
- Isso é só uma fase, amiga. Vai passar !
- Eu to falando sério, Ana. Se o Luan não estivesse naquela cadeira de rodas, eu já tinha largado ele.
- Calma, não exagera. Vocês se amam...
- Mas tudo tem limite ! Isso já faz três meses, e eu não sou de ferro.
- Você não pode largar ele...Não agora e nesse estado.
- Eu não vou fazer isso agora, mas tenho certeza que logo ele volta a andar.
- Você...
- Deixa eu ir me trocar ! – Fui para o meu quarto, como já estava de banho tomado, só me troquei mesmo, fiz uma maquiagem e arrumei os cabelos :



- Você vai assim ? – Minha amiga disse, assim que cheguei na sala.
- Vou, qual o problema ?
- Nada...Só achei que estava ciente do quanto o Luan é ciumento ! – Dei de ombros, enquanto pegava minha bolsa de mão.  Beijei o rosto da minha amiga.
- Se cuida e depois me conta tudo ! – Me referia, a ceia que ela iria com um rapaz que estava conhecendo. – Acho que vai dar namoro ! – Ri.
- Claro que não ! Conrado não quer nada sério agora ! – Minha amiga suspirou, triste.
Saímos juntas e ela foi para sua casa, ainda era cedo.
Cheguei na casa do Luan e todos estavam fazendo o churrasco como de costume, as mulheres da família arrumavam a mesa da ceia, que estava enorme e farta.
- Amor ! – Luan sorriu assim que me viu.
Estava lindo com uma blusa pólo vermelha, uma calça preta e com um tênis novo. Fui até ele sorrindo.
Quando olhava aquela carinha de bebê me esquecia de seus ataques insuportáveis.
- Que lindo ! – Me sentei no sofá ao lado de sua cadeira e depois selei seus lábios.
- Você que está uma princesa, mas podia ter colocado roupa melhor ! – Revirei os olhos.
- Sarinha! – Minha cunhada me salvou, quando chegou.
Abracei ela e fomos todos para a cozinha.
A ceia aconteceu meia noite, em ponto, estava tudo perfeito e Luan estava de boa, graças a Deus. Fui ligar para meus pais, que me deram um sermão imenso por não ter ido passar o natal com eles, pela décima vez.
- Pai ! O Luan precisa de mim aqui...
- Sara, somos seus pais, só temos você e nunca nos separamos.
- Ano que vem passaremos todos juntos, prometo ! Vocês não quiseram vir e sabem que ele não pode viajar assim.
- Tudo bem ! Se é assim que você quer, se é essa a vida que você escolheu...Sabe que ficar com ele desse jeito te impede de um monte de coisas.
- Eu vou ficar com ele de qualquer jeito, porque eu o amo, pai. Agora vamos parar !
- Tudo bem. Feliz Natal , princesa ! Eu te amo muito e seu presente chega depois de amanhã !
- Pai, não precisa... – Ri.
- Claro que precisa, menina ! – Escutei a voz da minha mãe no fundo.
- (risos) Estão bem aí ?
- Estamos, a casa está cheia. Chamamos os amigos.
- Fizeram bem ! – Conversei mais um pouco com eles e logo desliguei.
No começo o meu pai não gostou muito quando ficou sabendo do meu namoro com o Luan, claro e até um pouco de preconceito de sua parte surgiu, por Luan estar em uma cadeira de rodas. Mas ele não falava nada, sempre me ligava, mas nunca tocava no assunto. Minha mãe que sempre perguntava por ele e como ia nosso relacionamento. Resolvi deixar o meu pai, se aquela maneira seria a única que não teria brigas, seria daquele jeito.
Assim que me virei para voltar para perto de todos, já que me afastei por causa do som alto, me esbarrei em alguém, que me segurou para que eu não caísse, de tão forte que fui a trombada.
- Desculpa !
- Sara ? – Olhei para seu rosto direito. – Lembra de mim ? Diogo ?

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Capítulo 57


O pessoal foi para o camarote, esperar pelo show e eu acompanhei Luan até o backstage do palco. Olhei para frente preocupada com as escadas que teriam ali, como em todos os palcos, mas me surpreendi ao ver que tinha um pequeno elevador, sua entrada seria diferente.
- Dá tempo de desistir ? – Luan me tirou dos pensamentos, me fazendo olhá-lo.
- O que ? – Me assustei e ele riu fraco.
- Estou com medo de não gostarem, de me olharem diferente, de sentirem pena, estou...Com vergonha! – Ele suspirou. Me abaixei.
- Não precisa ficar com vergonha, meu amor. Seus fãs estão ai pra te dar forças !
- Eu sei que sim...
- Eu aposto que não vai mais querer sair desse palco, quando subir nele. – Sorri e ele fez o mesmo. Segurei seu rosto e o beijei. – Agora vai lá e arrasa como sempre ! – Me afastei dele, mandando beijos no ar.
Fui assistir ao show do lado do palco.
Quando ele entrou começou cantando tímido, ele estava mesmo com vergonha, mas logo os fãs perceberam isso e passaram uma energia tão positiva que contagiou a todos e inclusive, Luan, que voltou a seu normal de um show. Lógico, que ele não estava pulando como de costume, nem descendo do palco, como costumava a fazer em alguns shows, mas estava cantando perfeitamente como de costume e falando suas gracinhas para seus fãs.
Em um momento, ele foi tomar um pouco de água na lateral do palco e aproveitou para me dar um selinho rápido, assim que voltou, os fãs surpreenderam a todos, com um enorme cartaz, por cima de quase todos os 40.000 fãs que estavam ali :
“ Estamos com você para o que der e vier ! Não desista de nós, assim como nunca desistiremos de você ! “
Aquilo fez Luan chorar, me fez chorar e do camarote vi sua família inteira aos prantos também.
- Eu nem sei o que dizer ! – Ele dizia rindo fraco em meio às lágrimas. – Eu nunca vou desistir de vocês e agradeço por não desistirem de mim. Eu vivo vocês demais, eu não seria nada sem vocês ! Agora eu vou fazer com que esse momento, seja inesquecível para vocês, assim como vai ser para o resto da minha vida ! – E assim ele iniciou uma nova música.
Foi o show mais emocionante que já assisti, mesmo naquela cadeira, ele fez de tudo e até tocou seu violão, fazendo um acústico de pelo menos umas quatro músicas , que os fãs amaram.
Aquele momento durou mais que o normal, duas horas e meia de pura emoção, ele mesmo quis prolongar e disse a Arleyde, que concordou sem questionar.
Depois dali, Luan deu uma coletiva de meia hora para muita gente e Arleyde até permitiu a entrada de cinqüenta fãs, mas pedia silêncio e depois deixou que abraçassem Luan em grupos pequenos.
Depois dali, uns amigos cantores de Luan, que também estavam presentes, disseram que tinha uma “churrascada” esperando por nós, na área de lazer do hotel, que era tipo um hotel fazenda.
Fomos direto para lá e realmente já estava tudo no esquema, Luan estava muito feliz.
Tinha bastante gente por ali, todos da família e alguns amigos, que logo começaram a aparecer mais. Tinha alguns rapazes que eu nunca tinha visto, mas depois vi que alguns eram amigos dos amigos do Luan e alguns trabalhavam para eles.
- Nossa, que lotado que já está ! – Disse rindo para Luan, enquanto olhava em volta.
- É verdade, nem tinha percebido.
- Eu vou lá dentro pegar um refrigerante, você vai querer ?
- Refrigerante ? – Ele fez careta me fazendo ri.
- Tudo bem, pode continuar com sua bebida, mas não passa dos limites.
- Ta bom, minha marrenta mandona ! – Selei nossos lábios, enquanto ele ainda ria e saí.
Tinha tipo uma cozinha naquela área, eles tinham guardado as bebidas ali, tinham pensado em tudo. Abri um litro de coca cola, que estourou na minha mão e quase molhou minha blusa inteira.
- Nossa ! – Eu disse assim que vi um rapaz se limpando do meu lado. – Me desculpa !
- (risos) Não tem problema !
- Como não ? Sua blusa é branca...Ou era ! – Fiz careta, enquanto ele ainda gargalhava.
- Está tudo bem, moça. Qual seu nome ? Nunca te vi !
- Nem eu...Sara e você?
- Prazer, Diogo ! – Ele estendeu sua mão e eu a peguei sorrindo.
- Você é amigo do Lucas, né ? Te vi com ele...
- Sou sim, eu nunca tinha conhecido o Luan pessoalmente, daqui mesmo eu só conheço o Lucas e o Sorocaba. Sou amigo do Dudu também, que não está aqui e nem sei porque, já que ele é tão amigo do Luan. – Fiz careta com aquela frase e ele percebeu. – Disse alguma coisa errada?
- Não, o que é isso ! Eles não estão se dando direito, mas logo voltam. – Fiz pouco caso. Ele não sabia de nada, menos mal.
- Entendi...
- Sara ? -  Escutei a voz do Luan e olhei para a porta.
- Você veio sozinho ? – Perguntei assim que ele apareceu. A cozinha era um pouco afastada de todos e Luan não estava acostumado a se locomover para tão "longe".
- Vim, por que ? – Ele me perguntou desconfiado.
- Nada, ué. Então, vamos ? – Olhei para Diogo. – Tchau ! -  Ele acenou sorrindo.
- Quem era aquele cara ? – Luan perguntou, olhei para trás para ter certeza que Diogo não vinha.
- Um amigo do Lucas e do Sorocaba...Você falou com ele, assim que chegou.
- Ah! Me esqueci. O que vocês estavam fazendo?
- Eu molhei ele, porque a coca explodiu quando abri...
- O que ele foi fazer lá?
- Sei lá, Luan...Pra que tantas perguntas? – Parei para olhá-lo.
- Ué, só queria saber. – Ele deu de ombros.  Coloquei uma mão na cintura e continuei o olhando. – Só não gosto que fique em lugares afastados e sozinha com algum homem.
- Ah! Era isso... Ele chegou lá depois de mim, não era a intenção. – Voltamos o trajeto.
- Tudo bem ! – Aquilo não me convenceu.
- É sério, eu também não gosto de ficar sozinha com algum homem, estando comprometida com outro. – Luan me olhava desconfiado. Fiquei em sua frente, o fazendo parar de controlar aquela cadeira motorizada. – Amor, você está com ciúmes?  Eu só sua ! – Ri enquanto ia selar nossos lábios, ele afastou o rosto.
- Não estou com nada !
- Olha a mal criação ! Eu sei que está e acho fofo, só que acontece que eu amo um chato, que parece um bebê de birra, porque tudo faz bico e não troco ele por nada nesse mundo, por mais trabalho que me dê.
- Eu te dou trabalho ? – Ele continuava carrancudo.
- Me dá, porque é birrento.
- Ou por que sou aleijado ? – Arregalei os olhos.
- Você tá doido ? Nunca mais fala essa palavra na sua vida. – Eu falei séria com ele, que me olhava agora com os olhos de criança inocente.
- Desculpa, vai...
- Eu acho bom você nunca mais falar isso mesmo. Eu fico sem ir à sua casa uma semana, escutou ? – Ficamos em silêncio. – Escutou, Luan ? Se voltar a repetir isso, você vai arrumar briga comigo. – Me levantei e sai andando em sua frente.
Não demorou para que eu ouvisse sua voz me chamando.
- Sara! Desculpa, eu falei sem querer, eu vou cumprir o que combinamos...Amor ! Vem aqui, eu não consigo mais controlar isso ! – Parei e sorri, mas voltei a ficar séria antes de me virar.
Fui até ele e empurrei sua cadeira, que não tinha travado nada.
- Como não consegue, se foi até lá atrás sozinho ?
- Ah, amor... – Finalmente eu ri e beijei seu rosto demorado.
- Meu chato !
- Eu amo você, minha vida ! 

Capítulo 56


Tomamos nosso café da manhã, Luan estava visivelmente mais animado e sua irmã fazia piadas, me perguntando o que eu tinha o dado na noite anterior, para ele acordar com aquele bom humor todo. Ele fazia careta e nós gargalhávamos.
Fomos para sala depois e o silêncio reinou, Amarildo olhava da esposa para Arleyde.
- Já podem me falar... – Luan disse impaciente.
- Bom...Luan, é...
- Me falem logo, eu quero saber!
- Está bem. – Ela respirou fundo. – Recebi uma proposta na semana passada, porém, só quis te falar hoje.
- Que proposta ? Tem a ver comigo ?
- Tem tudo a ver com você. Só depende de você...
- Me diz logo o que é!
- Querem um show seu, para o mês que vem. Você topa ? – Ela o olhou com receio e o olhar de Luan, se encontrou com o meu.
- Show? Mas...Como ? Como vou fazer um show nesse estado ? – Todos se olharam naquela sala, até que eu tive a iniciativa de falar.
- O que nós combinamos, Luan ? Você não está impossibilitado de nada.
- Nós não combinamos nada e você sabe que não dar pra eu cantar nesse estado.
- Combinamos que eu não iria precisar ficar te explicando as coisas como se fosse um bebê, que não entende e você canta com a boca!
- Eu canto com a boca sim, mas...Não vai ser a mesma coisa. Eu gosto de andar, de pular, de interagir com os meus fãs, eu vou tomar trauma de um palco, se eu subir em um nesse estado.
- Amor... – Minha voz saiu mais mansa. – Tenta, vai ? – Ele olhou para o resto do pessoal, que o olhavam sorrindo.
- Tenta, meu filho. Tenho certeza que vai te fazer bem.
- Eu não sei...
- Se você não gostar, é claro que não precisa mais tentar até se recuperar. – Arleyde disse.
- Os fãs vão gostar tanto... – Toquei em seu ponto fraco e ele me encarou, enquanto eu sorria.
Todos estavam a favor de Luan subir no palco e renovar suas energias, tendo certeza que aquilo seria bom para ele.
- Está bem...Vocês venceram. Eu vou tentar fazer o show. Mas eu vou tentar, não me responsabilizo por nada ! – Eu ri e me aproximei para abra-lo e selar nossos lábios.
Assim como eu, todos o abraçaram também, o fazendo ri, com tamanha felicidade.

( ... )

E finalmente o tão esperado dia do show, que seria em Jaraguarí – MS , que por ironia do destino era a cidade de seus pais, onde ele viveu por um bom tempo, tinha velhos amigos ali, ele adorava aquele lugar.
Fomos para o aeroporto pegar seu jatinho depois do almoço. Deu um pouco de trabalho, além de muitas fãs no aeroporto de São Paulo, Luan não queria que o vissem na cadeira de rodas. Fui até elas dar essa noticia, mas choravam tanto e insistiam tanto, que voltei até ele e pedi para que fosse até elas, falei com jeitinho e ele concordou.
Elas não acreditaram quando o viram, ele não aparecia há algum tempo para os fãs, não pessoalmente e ficaram felizes por aquilo. Não o trataram diferente, o coisa do tipo porque estava em uma cadeira de rodas e percebi que ele gostou daquilo, era aquilo que ele queria e talvez tivesse até medo das meninas terem pena dele, orgulho.
Depois de receber muitos mimos e ganhar muitos presente e palavras bonitas como sempre, enfim, fomos para seu jatinho que estava bem longe da grade e já não se dava mais para ver ou escutar as meninas de lá.
Well, que já estava de volta em seu trabalho, que colocou Luan sentado lá dentro, com a ajuda do Rober.
- Amor...Se você não quiser ir de avião... – Eu falava com o Luan, com medo de algum tipo de trauma. Sua família já estava no local do show.
- Não ! Eu vou sim, eu sei que a minha vida só anda de avião. – Ele riu fraco. - Não fiquei com trauma. – Ele me acalmou.
- E o Guto, como está?
- De licença ainda, acho que ele sim está com um pouco de trauma de avião. – Luan fez careta. – Mas vamos ver no que vai dar. – Assenti com a cabeça.
- As meninas gostaram de te ver ! – Sorri para ele, que retribuiu.
- Eu também amei ver elas de novo...Você tinha razão, meu amor. Já me renovei cinqüenta por cento vendo elas aqui no aeroporto e no show eu me renovo os outros cinqüenta e fico bom de vez ! – Ele riu.
- Não disse ? E ainda tem mais um aeroporto com mais delas.
- Vish ! É verdade. – Rimos.
- Como vai sua vida de amarrado, boi ? – Rober disse, depois de algum tempo que estávamos em silêncio.
- Está ótima, boi e a sua ? – Luan acariciou meu cabelo, enquanto eu sorria.
- Está bem também. – Rober riu.
- As muié amarrou nós. Não tem mais jeito ! – Rimos e ele me abraçou, cheirando meu cabelo.
Chegamos em Jaraguarí e fomos direto para um hotel, que ficava bem próximo do local do show.
Luan dormiu o dia todo a pedido meu e de sua mãe, para que descansasse bastante. Preparei um lanche reforçado para quando acordasse também.
Assim que chegamos no local do show, ele teve mais uma surpresa, vendo todos de sua família de Campo Grande ali, fazendo farra em seu camarim e o prestigiando.
- Estava sentindo falta disso tudo ! – Ele dizia, fazendo todos sorrirem.
Eu o observava calada, acho que já estava até esquecendo um pouco aquela bendita cadeira, que o incomodava tanto.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Capítulo 55


Fui preparar o nosso jantar, enquanto ele jogava seu bendito vídeo game e tive uma idéia.
Preparei um macarrão ao molho branco e achei um vinho na cozinha, não sabia se podia, mas o abri. Queria fazer um jantar romântico para nós.
Arrumei a mesa toda e o levei até lá, quando já estava tudo pronto.
- Uau ! Isso tudo é pra mim? – Luan sorria.
- Claro, meu amor. Fiz tudo pra você ! – Coloquei o macarrão na mesa e arrastei uma cadeira para o seu lado.
- Você que fez?
- Foi. Eu faço um macarrão bom demais, tá ouvindo ? – Eu disse e Luan riu.
- Não disse nada, amor. Mas me surpreendi com você cozinhando.
- Estou sem empregada por enquanto e estou aprendendo a fazer algumas coisas. – Luan continuou a gargalhar.
Depois que o servi, começamos a comer e no começo fez uma careta horrorosa, que eu confesso que me assustei.
- O que foi ? Tá ruim ? – Coloquei rápido uma garfada na boca e ele riu.
- Está ótimo, meu amor. Muito bom ! – Fiz cara de indignada o olhando e ele me deu um selinho de leve.
Comemos em meio a risadas e sorrisos sinceros.
Vimos mais um pouco de televisão e depois de meia hora, Luan pediu para ir para o quarto.
- Quer que eu te ajude a tirar a roupa ou vai querer se deitar ? – Eu disse e ele me olhou por um tempo.
- Não queria nenhum dos dois. – Ele bufou e eu suspirei, vendo sua revolta voltar.
- Me fala o que vai querer...- Ignorei suas palavras e ele ficou calado.
Me aproximei e me abaixei, colocando as mãos em suas pernas. – Amor...Você tem que se acostumar, é só por algum tempo, logo vai tudo voltar ao normal. Será que eu vou ter que ficar te falando isso sempre ? Parece um bebê de birra ! – Sorri e toquei seu nariz. Sua expressão ainda era séria.
Me inclinei um pouco e primeiro dei uma mordida de leve em seu lábio inferior, dando inicio a um beijo lento, mas com muito desejo.
Me sentei em seu colo, de lado, sem parar o beijo, enquanto arranhava sua nuca e Luan apertava minha cintura.
- Chega... – Ele se afastou ofegante.
- Amor... – Deitei a cabeça em seu ombro e comecei a beijar seu pescoço.
No começo devagar e delicado, mas depois comecei a usar a língua, de uma forma que estava o arrepiando.
- Para, Sara. Eu não consigo mais, você tem que entender. ! – Ele desviou seu olhar do meu.
- Não sabemos se está ou não impossibilitado. Você não é burro e já deve ter visto muitos casos de homens paraplégicos que tem filhos. A gente tem que experimentar e só então tirar a certeza.– Sorri com malícia, quando voltou a me olhar.
- Estou impossibilitado sim !
- Não está ! Eu te ajudo. – Selei seus lábios de leve.
- Entenda, Sara. Nossa relação só vai ser normal, com tudo que tem direito, quando eu voltar a ser normal. Eu não vou fazer nada com você nesse estado e nem tem como e se eu...Não sentir mais nada mesmo?
- O médico disse que a lesão não foi em um grau tão grande. Tem como tentarmos...
- Não tem !
- Quer que eu te mostre ? – E antes mesmo dele responder, voltei a beijar sua boca.
Levei minhas mãos até a barra de sua camisa e a tirei rápido, antes que falasse novamente, voltei a beijar sua boca.
Continuamos a nos beijar, urgente e quente. As respirações falhavam e estavam aceleradas.
Acho que nunca senti tanto prazer em apenas beijos, eu tinha vontade até de gemer, com seus lábios apetitosos nos meus.
Depois de um tempo assim, coloquei minha mão em cima do seu membro, que já estava ereto e sorri entre o beijo. Separei nossas bocas e o olhei.
- Está vendo como não está impossibilitado ? Você sente... – Apertei com delicadeza aquela parte.
- Ele pode até não está impossibilitado, mas eu estou, eu não posso usá-lo...- E ele ainda não acreditava, que podia sim, dar e sentir prazer.
Voltei a calar aquela pessoa com um beijo e depois de morder seus lábios com força e fazê-lo gemer, saí de seu colo e desabotoei sua calça. Com um pouco de dificuldade consegui tirá-la. Arrastei sua cadeira até a cama e o olhei.
- Me ajuda ?
- Ajudo, mas não a fazer o que quer, porque isso não vai acontecer. Só vou pra cama ! – Sorri mais uma vez e com um pouco de dificuldade, mais ainda do que foi para colocá-lo naquela cadeira, consegui o deitar na cama e o ajeitei.
Ele já estava só de cueca, então tirei rápido o short e a blusa de Bruna, que eu vestia.
Fui por cima dele e comecei beijando sua face, beijei e mordi sua orelha e pescoço.
Desci os beijos para seu peitoral até chegar na barra de sua cueca, passava minhas mãos por cima dela. Ele reprimia os suspiros de prazer, parecia não querer se excitar, ele não queria dar o braço a torcer.
Voltei a beijar sua boca com intensidade e logo peguei suas mãos, colocando em meus seios, colocando as minhas por cima e apertando.
- Não vai tirar ? – Disse com uma voz sensual, me referindo ao sutiã. Luan ficou calado e eu ri de leve, o tirando.
Voltei a beijá-lo e logo senti suas mãos, agora por vontade própria em meus seios, os apertando com prazer. Começaram a passear pelo meu corpo, passar por minha bunda, me fazendo gemer e sorri ao mesmo tempo.
- Já se rendeu fácil assim ? – Eu o provoquei.
- Você está falando demais ! – Ele voltou a me beijar, com fúria.
Tirei sua cueca em um ato rápido, não estava mais agüentando o prazer que estava me dando. Sim, ele estava me dando prazer, mesmo eu fazendo tudo, ele conseguia me dar prazer de qualquer jeito.
Me sentei em cima dele lentamente e pude ouvir seu suspiro, mordi os lábios.
Logo não agüentei mais e ao longo daquela noite, vários gemidos saíram da minha boca.
Acordei com o sol batendo forte no meu rosto, ainda estava deitada no peito do meu amor, que também acordava com a claridade.
- Esqueci de fechar, amor. Desculpa ! – Eu disse apontando para a janela dos fundos do quarto e ele sorriu, acariciando meu rosto.
- Não tem problema !
- Vai ficar de mau humor por que acordou cedo ? – Brinquei, quando vi que marcavam 09:00hrs em seu relógio.
- Claro que não ! – Ele riu. – Eu dormi perfeitamente bem. Obrigado pela noite de ontem...
- Foi a melhor de toda a minha vida.
- Não acredito !
- Acredite ! Foi prazeroso...
- Como pode sentir tanto prazer se você fez tudo ? Eu disse que eu não podia fazer nada.
Ainda foi um milagre eu sentir as coisas...
- Você fez a parte mais importante, me deu prazer...Agora vamos parar com essa conversa?
Vou me vestir, porque seus pais e sua irmã já devem ter chegado. – Me levantei enrolada em um lençol e coloquei a roupa do dia anterior, da Bruna.
Quando saí do banheiro o pai do Luan bateu na porta, fiz cara de assustada e Luan gargalhou, enquanto o mandava entrar.
- Ficaram bem ? – Assenti, enquanto seu Amarildo sorria. – Tenho uma coisa pra contar. Mas primeiro vamos tomar café, Arleyde já está ai.
- O que ela quer?
- Vamos te contar ! – Ele sorriu. – Pode indo, Sara. Eu ajudo o Luan hoje. – Fui em direção à porta, quando ouvi Luan dizer.
- Mas, pai eu estou... – Ele mexia em seus cabelos. Seu pai riu.
- Pelado ? Eu te vi nascer assim, Luan. – Gargalhei, enquanto saia e via a careta que Luan fazia.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Capítulo 54


- Claro que eu aceito, meu amor. Ainda têm dúvidas ? – Eu não pensei nem duas vezes, antes de responder.
Me inclinei para frente e segurei seu rosto, suas mãos foram para minha cintura e assim começamos um longo e intenso beijo, onde nossas línguas não pararam, um beijo molhado que não tinha timidez alguma, até me esqueci o quanto de gente que estava a nossa volta.
Paramos aquele beijo com o grito de todos, mordi seu lábio inferior e ele segurou meu rosto, para que não me afastasse e encerrou de vez com um selinho.
Me afastei sorrindo para Luan, que também sorria e olhamos para todos a nossa volta, que também sorriam.
Aquela noite terminou perfeita, os pais do Luan estavam dando o maior apoio para o nosso namoro, sua mãe estava feliz e dizia ver a felicidade de verdade no rosto de seu filho, coisa que não via há algum tempo.
Quando o dia já amanhecia, Luan pediu para que eu dormisse lá, estava com um pouco de vergonha, mas todos insistiram e eu acabei aceitando.
Bruna me emprestou um pijama e eu desci logo em seguida para ver como o meu namorado estava. Ele via televisão, quer dizer, trocava de canal sem parar.
- Tem alguém no tédio ai ! – Abri a porta rindo e ele me acompanhou.
Me chamou com a mão e eu me aproximei, me deitei em seu peito e suspirei em seguida.
- Ainda bem que tenho você aqui pra me tirar dele. – Rimos.
- Quer alguma coisa ? – Levantei a cabeça para olhá-lo.
- Você é incrível, sabia ? Só se preocupa comigo.
- Eu amo você e por isso me preocupo tanto.
- Depois de tudo que eu te fiz...
- Eu também já te fiz muita coisa, mas é passado. Vamos esquecer e começar de novo ! – Cortei o assunto e Luan sorriu sem mostrar os dentes, enquanto acariciava minha bochecha.
- Eu te amo ! – Me inclinei e o beijei.
- Não quer nada mesmo ? – Cortei o beijo e ele assentiu. – Então eu já vou... – Me sentei na cama.
- Dorme aqui comigo ? Abraçadinha ? – Ele fez bico e eu ri.
- Não sei se é uma boa idéia...
- Claro que é.
- E seus pais?
- O que tem eles? Dorme comigo ? Eu tô me sentindo muito sozinho aqui em baixo.
- (risos) Você sabe como me convencer , não é ? Faço tudo que quiser ! – Luan riu e me puxou, me fazendo deitar novamente.
- Obrigado por tudo, eu te amo demais e tenho certeza que é a mulher certa pra mim.
Você tá fazendo tanta coisa por mim que eu to até com vergonha de falar, mais...Eu tô ficando dependente de você, acho que não vivo mais sem você. Só espero poder voltar a andar um dia pra poder ter um relacionamento como merece.
- Você vai voltar a andar e é logo e eu já tenho um relacionamento que mereço, desde que seja do seu lado.
- Amanhã mesmo eu vou anunciar pras minhas fãs.
- Sério ?
- Muito sério ! Eu quero que saibam já. – Sorri.
Depois de passarmos aquela noite dormindo abraçadinhos, acordamos no outro dia já bem tarde. Vi um bilhete de sua mãe em cima da mesa da cozinha e falava que eles tinham ido para Campo Grande.
- Sério que eles foram? – Luan falava.
O ajudei a sentar na cadeira e já estávamos na sala. Ele estava bem mais magro e mais leve, já estava mais duro pela fisioterapia também e me ajudou bastante, não foi difícil.
- Sério.
- Queria ter ido ! – Ele fez bico, parecendo criança.
- E não queria ficar aqui comigo ? – Imitei seu bico e ele riu, me chamando com as mãos.
Me ajoelhei em sua frente e lhe dei um beijo. – Te amo ! Vou preparar um café da manhã bem gostoso, já que não quer almoçar. – Me levantei e liguei a tv.
Preparei tudo e levei para sala mesmo. Depois que comemos, Luan ligou para sua assessora e contou tudo que estava acontecendo, disse que queria contar aos fãs e ela não questionou, sabia como era.
Pegou seu celular e já começou a digitar, um frio na espinha tomou conta de mim, elas não gostavam de mim, mas eu teria que enfrentar aquilo e conquistá-las, por ele.
- Pronto ! – Ele sorriu satisfeito e me olhou. – Que cara é essa?
- Se elas não apoiarem você me larga? – Fiz aquela pergunta idiota e ele gargalhou.
- Amor...É claro que não. Se elas não forem de acordo com o tempo ficam, vão ver que você é melhor pra mim. – O beijei e logo peguei o celular de sua mão, para ver como estava a movimentação por ali.
Me assustei quando vi que a maioria nos dava força e me emocionei ao ler o que ele havia postado.

“ Há algum tempo atrás, aconteceu uma coisa horrível na minha vida, que vocês sabem. Um acidente horroroso que me fez perder os movimentos das pernas. Fiquei arrasado e ainda estou. Confesso. Mas vocês, meus fãs e minha família, sempre me deram a força que precisei. Pensei que não poderia ser mais mimado nessa vida, mas me enganei depois disso.
Pensei que minha vida nunca mais seria a mesma e principalmente em questão do coração, de algum relacionamento sério e aí a vida me surpreendeu mais uma vez. Colocando no meu caminho uma mulher maravilhosa, que vive me dando apoio, que cuida de mim igual a minha mãe, que faz de tudo por mim e antes eu nem aceitava, por orgulho e machismo, mas agora eu aceito, porque sei que é tudo do fundo do coração.
Eu amo essa mulher com todas as minhas forças e por pura covardia, não queria ficar com ela, isso antes do acidente, estava confuso. Depois que minha vida mudou, ai que eu não queria nada com ninguém mesmo, mas tomei coragem e decidi colocar pra fora tudo que eu sentia e pedir ela em namoro. Isso foi ontem e queria que fossem uns dos primeiros a saberem. Ela me completa demais, ela esqueceu da sua vida pra cuidar da minha e eu a amo mais que tudo !
Gente, eu e a Sara estamos namorando muito sério e posso até dizer que é mais que um namoro, é uma relação inexplicável. Ela não desistiu de mim, mesmo depois de tudo e agora sim, todas as minhas dúvidas que ainda me restavam sobre seu amor, foram embora.
Espero que nos apóiem, porque estou feliz como nunca e assim pretendo ficar por um bom tempo. A vida pode até ter tirado POR ALGUM TEMPO o movimento de minhas pernas, mas tenho certeza que isso só foi pra eu enxergar a mulher maravilhosa que eu tinha do meu lado. Tenho fé que volto a andar também, agora mais ainda, me ajudem também com energias positivas, que eu sei que vocês têm de sobra. Eu amo você demais, meus amores ! ”
- Amor... – O olhei e ele sorria. – Que lindo isso. Nossa ! Eu nem sei o que dizer...
- Eu estou certo, não estou ?
- Está mais que certo ! Eu te amo tanto, cada dia mais... – E assim nos beijamos de novo.
- Agora é só focar pra eu sair dessa cadeira logo.
- É só confiar, eu estou com você.
- E você é tudo que eu preciso mesmo ! – Sorri com sua frase.
E assim se passou aquele dia, em um clima ótimo. Luan sorria como nunca, estava com saudades daquele sorriso lindo, que só ele sabia dar.
No final da tarde, Marizete ligou e disse que só voltariam no outro dia, estava chovendo bastante. Me perguntou se eu me importava de ficar com o Luan lá e eu, claro, disse que não.
Me confessou também, que queria me dar um tempinho sozinha com ele, a agradeci e logo desliguei.
Luan ficou emburrado, mas logo o enchi de beijos. Era isso que ele queria mesmo.