sábado, 15 de fevereiro de 2014

Capítulo 46



Fomos durando o vôo todo calados, eu não falava com ninguém. Estava extremamente nervosa e fui rezando, para que estivesse tudo bem como o Luan, o trajeto inteiro.
Assim que chegamos ao hospital, vi que era bem simples e logo ouvi Arleyde dizendo a Rober, que pediria sua transferência para São Paulo.
A atendente nos indicou uma sala e disse que uma das pessoas que estavam no avião, já estava bem e lá, a espera que alguém chegasse. Sabia que não era o Luan e tive a certeza quando chegamos à sala e o Well estava sentado no sofá. Com sua cabeça e o braço esquerdo todo enfaixados.
- Pensei que não viriam hoje ainda. – Ele se levantou, assim que nos viu.
- Ficamos sabendo há pouco tempo e corremos pra cá. Como isso foi acontecer? – Rober perguntou. Nos sentamos e ele suspirou, antes de começar a falar.
- O avião deu aquela pane de anos atrás mais uma vez, só que dessa vez foi muito pior. O motor não voltou e não teve como fazer um pouso de emergência.
- E o Luan ? – Tomei coragem e o perguntei.
- Sara? Eu nem ti vi, como...
- Ela insistiu pra vir. – Arleyde disse.
- Ele estava no celular com você quando tudo aconteceu, não é? – Ele se virou para mim.
- É...Eu escutei uns barulhos e ele ficou estranho, mas...Eu já tava com um pressentimento ruim desde ontem.
- Sério?
- Desde quando saíram do local do show e vieram direto pra cá. – O silêncio reinou naquela sala.
Acho que não estavam acreditando muito, ou estavam, afinal, foi eu que fui avisá-los sobre tudo que estava acontecendo.
- Ele tá bem ? – Fiz mais uma vez a pergunta.
- Eu não sei, não me falam nada. Não sei de nada praticamente.
- E o Guto e o piloto? – Perguntei.
- Estão no sedativo por causa das dores, mas estão bem. O médico disse que eu e eles não vamos ficar com fraturas graves. – Ele acabou de falar e um médico entrou na sala.
Se apresentou para nós e disse que estava cuidando de Luan e quando pudesse, daria sua transferência para São Paulo, que sua assessora também pedia.
- Fiquem tranqüilos, que aqui ele está bem. Se não tivéssemos condições de cuidar de seu caso, pode ter certeza que ele já estava em um hospital maior há tempos. – Ele dizia.
- Mas como ele está, doutor? – A pergunta que eu tanto repetia, agora sim seria respondida.
- Ele está estável. Está dormindo por causa dos sedativos e quando acordar vai sentir muitas dores. Pelo o que estamos vendo, ele foi o que mais se machucou com a queda do avião, bateu com a cabeça também e vai doer bastante quando acordar. Mas fiquem tranqüilos, que foram só hematomas por fora. No momento, estamos preocupados com outra coisa.
- Mas por que ele foi o que mais se machucou ? E que outra coisa vocês estão preocupados?- Eu disse nervosa e ele pediu para que me acalmasse, antes de me responder.
- Ele estava sem o sinto de segurança, estava de mal jeito na poltrona e pelo que os bombeiros falaram, estava meio deitado, enfim...Mas já disse que são só hematomas, dores que vão passar e manchas roxas que vão sarar.
- Agora me diz com o que estão preocupados? – Eu disse baixo e devagar, para mostrar que estava mais calma.
- Eu não posso lhes dizer ainda, primeiro preciso ter certeza. Não posso preocupá-los à toa. Os exames dele vão sair amanhã e aí direi se a minha hipótese está ou não certa. – Concordamos com ele e eu me sentei bufando, assim que saiu.
- Não deve ser nada demais ! – Arleyde falava, acho que mais para ela, do que para nós.
- Eu não to com um pressentimento bom...
- Deus me livre, os seus pressentimentos nunca são bons. Dessa vez está errada.
- Tomara que sim ! – Suspirei e me afundei na cadeira.
- Eu nem vi hotel nenhum, vamos ter que dormir aqui. – Ela continuou.
- Mesmo se estivesse hotel, eu não iria. – Eu disse.
- Amanhã eu vou providenciar um que vi aqui perto, enquanto vínhamos para cá. – Rober disse.
- Os pais do Luan devem aparecer aqui amanhã, imprensa e fãs também. - A assessora falava.
- E você vai descansar ! – O secretário, apontou o dedo em minha direção.
- Eu não saio daqui até ter noticias certas do Luan, ver ele de olhos abertos, falando comigo e tendo a certeza de que está ótimo ! – Eu disse e eles se olharam.
- Menina, você tem que comer e descansar. Nem roupa trouxe, como vai fazer? – Arleyde disse.
- Eu não me importo, não sei nem se vou tomar banho.
- Está tudo bem com ele, você vai ver ! – Ela repetia.
- Tomara...Mas eu não vou sair daqui.
Ficamos ali aquele dia todo e não teve jeito, dormimos ali mesmo.
No outro dia, como o previsto já estava lotado de fãs e imprensa na portaria do hospital, uma zona.
Vi de longe os pais de Luan, Bruna e Ana, virem em nossa direção.
- O médico já falou com vocês? – Bruna chegou perguntando.
- Ontem, mas disse que não pode falar nada sem ter certeza. Os exames saem hoje. – Eu respondi.
- Como isso foi acontecer, Wellington? – Marizete, se sentou ao meu lado.
Estava visivelmente abatida e respirava pesado. Estava com medo dela ter um treco ali, e acho que não era só eu.
Ele explicou tudo de novo, como aconteceu e o que aconteceu. Ela começou a chorar ali e eu não agüentei e deixei minhas lágrimas caírem também, enquanto as secava disfarçadamente.
- Eu já aluguei os quartos de hotel, é bem pertinho daqui. Vamos tomar um banho e depois voltamos, amiga? – Ana se ajoelhou em minha frente.
- Não ! – Neguei com a cabeça.
- Vamos sim, você está acabada, com olheiras..Está cansada! Toma pelo menos um banho, come e voltaremos.
- O médico disse que o exame pode sair qualquer hora e eu quero estar aqui.
- A gente vai voltar, Sara...
- Eu já disse que não vou, Ana. – Ela suspirou e viu que não teria jeito.
Marizete e Amarildo, também insistiram para que eu fosse, mas não tinha jeito, nada nem ninguém me faria sair daquele local naquela hora.
- Eu vou comer alguma coisa e tomar um banho rápido. Já volto ! – Rober se levantou.
- Eu vou com você. – Arleyde, disse.
- Muito obrigado por ter reservado os quartos, Ana. – Ele a agradeceu e se foi.
Ana se sentou em seu lugar, ao meu lado e eu apoiei a cabeça em seu ombro.
Recebi um cafuné que me relaxou mais, minha amiga me conhecia bem.
Confesso que já estava quase cochilando, quando escutamos o barulho da porta se abrir e o médico entrar.
O meu sono despertou na hora e eu me levantei tão rápido, que quase cai.

4 comentários:

  1. ai manu que o luan não tenha nenhuma sequela viu e nem esse negocio de perca de memoria!!
    continuaaaa logo
    bjos carol

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  2. Ai meu Deus continua por favor, e que o Luan ñ tenha nada de grave

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  3. aii senhor o tomara q o Luh n fique paraplégico ou perecido ... pq cm ele tava meio q deitado né... pd ter afetado a coluna =/// maiiiss....



    @fabipinheirols

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  4. AAAAAAAAAAAAAAAAAH
    MANU SUA VACA KKKKKKKKKKK brincs
    COMO TU ACABA UM CAPITULO ASSIM EM?
    SCRR AI MEU CORI EU QUERO MAIS
    TOMARE Q DÊ TD CERTO TO TENSA
    @llanasantana

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