quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Capítulo 58


( Meses depois... )

- Acho que não vou agüentar por muito tempo ! – Eu conversava com Ana, em meu apartamento.
- Pirou ? Você tem que agüentar !
- O Luan está insuportável...
- Dá uma trégua só hoje, vai ? É Natal ! – Minha amiga tentava me ajudar em vão.
Depois de seis meses namorando com o Luan, ele estava insuportável, não nossa relação. Quando estávamos juntos na casa dele, assistindo algum filme, comendo ou brincando, era tudo perfeito, mas bastava irmos em alguma festa de seus amigos, ou irem até sua casa fazerem alguma coisa, que seu ciúmes falava mais alto. Estava incontrolável.
Luan ainda continuava em sua cadeira de rodas, mas evoluía cada dia mais, logo voltaria a andar. Estava mais conformado com aquilo e depois do show que fez, resolveu que faria pelo menos uns quatro por mês, a pedido do médico para que não se cansasse muito, porque por ele seguia a carreira normal.
E assim estava sendo depois daquele dia, as coisas estavam quase normais, ele estava se aceitando, já participava das festas com seus amigos e fazia muita coisa em sua casa. Queria que tudo estivesse perfeito de verdade, mas nem tudo é perfeito, pelo menos pra mim.
Eu não podia ficar sozinha nem um minuto, com qualquer homem, até com seus amigos, homem estranho então, ele me matava. Estava em uma crise de ciúmes incontrolável, que não estava mais suportando.
- Que o Luan não dê seus ataques hoje !
- Ele não vai dar...Agora vai se arrumar que já era pra você está lá. Não sei até agora porque não foi pra lá ainda.
- A casa do Luan tá cheia de gente, seu primo e tio levaram vários amigos. Era certo dele matar um se eu estivesse lá. – Fiz careta, enquanto me levantava.
- (risos) Por isso ele não te ligou ainda ?
 - Por isso ! – Bufei.
- Isso é só uma fase, amiga. Vai passar !
- Eu to falando sério, Ana. Se o Luan não estivesse naquela cadeira de rodas, eu já tinha largado ele.
- Calma, não exagera. Vocês se amam...
- Mas tudo tem limite ! Isso já faz três meses, e eu não sou de ferro.
- Você não pode largar ele...Não agora e nesse estado.
- Eu não vou fazer isso agora, mas tenho certeza que logo ele volta a andar.
- Você...
- Deixa eu ir me trocar ! – Fui para o meu quarto, como já estava de banho tomado, só me troquei mesmo, fiz uma maquiagem e arrumei os cabelos :



- Você vai assim ? – Minha amiga disse, assim que cheguei na sala.
- Vou, qual o problema ?
- Nada...Só achei que estava ciente do quanto o Luan é ciumento ! – Dei de ombros, enquanto pegava minha bolsa de mão.  Beijei o rosto da minha amiga.
- Se cuida e depois me conta tudo ! – Me referia, a ceia que ela iria com um rapaz que estava conhecendo. – Acho que vai dar namoro ! – Ri.
- Claro que não ! Conrado não quer nada sério agora ! – Minha amiga suspirou, triste.
Saímos juntas e ela foi para sua casa, ainda era cedo.
Cheguei na casa do Luan e todos estavam fazendo o churrasco como de costume, as mulheres da família arrumavam a mesa da ceia, que estava enorme e farta.
- Amor ! – Luan sorriu assim que me viu.
Estava lindo com uma blusa pólo vermelha, uma calça preta e com um tênis novo. Fui até ele sorrindo.
Quando olhava aquela carinha de bebê me esquecia de seus ataques insuportáveis.
- Que lindo ! – Me sentei no sofá ao lado de sua cadeira e depois selei seus lábios.
- Você que está uma princesa, mas podia ter colocado roupa melhor ! – Revirei os olhos.
- Sarinha! – Minha cunhada me salvou, quando chegou.
Abracei ela e fomos todos para a cozinha.
A ceia aconteceu meia noite, em ponto, estava tudo perfeito e Luan estava de boa, graças a Deus. Fui ligar para meus pais, que me deram um sermão imenso por não ter ido passar o natal com eles, pela décima vez.
- Pai ! O Luan precisa de mim aqui...
- Sara, somos seus pais, só temos você e nunca nos separamos.
- Ano que vem passaremos todos juntos, prometo ! Vocês não quiseram vir e sabem que ele não pode viajar assim.
- Tudo bem ! Se é assim que você quer, se é essa a vida que você escolheu...Sabe que ficar com ele desse jeito te impede de um monte de coisas.
- Eu vou ficar com ele de qualquer jeito, porque eu o amo, pai. Agora vamos parar !
- Tudo bem. Feliz Natal , princesa ! Eu te amo muito e seu presente chega depois de amanhã !
- Pai, não precisa... – Ri.
- Claro que precisa, menina ! – Escutei a voz da minha mãe no fundo.
- (risos) Estão bem aí ?
- Estamos, a casa está cheia. Chamamos os amigos.
- Fizeram bem ! – Conversei mais um pouco com eles e logo desliguei.
No começo o meu pai não gostou muito quando ficou sabendo do meu namoro com o Luan, claro e até um pouco de preconceito de sua parte surgiu, por Luan estar em uma cadeira de rodas. Mas ele não falava nada, sempre me ligava, mas nunca tocava no assunto. Minha mãe que sempre perguntava por ele e como ia nosso relacionamento. Resolvi deixar o meu pai, se aquela maneira seria a única que não teria brigas, seria daquele jeito.
Assim que me virei para voltar para perto de todos, já que me afastei por causa do som alto, me esbarrei em alguém, que me segurou para que eu não caísse, de tão forte que fui a trombada.
- Desculpa !
- Sara ? – Olhei para seu rosto direito. – Lembra de mim ? Diogo ?

4 comentários:

  1. ai ai to vendo q essa ''trombada'' vai dar merda... se o Luan ver vai ficar cm ciúmes já q ele segurou ela =x rsrs maiiis :33



    @fabipinheirols

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  2. A Sara tem q entender q o Luan ta inseguro por estar em uma cadeira de rodas, por isso esse ciume todo..
    Continuaaaa

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  3. Ai ñ véi,briga ñ por favor.
    Concordo com a Hellen Araujo,Luan estar inseguro por estar em uma cadeira de rodas.
    @vemnemimluan

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