Voltei para sala de espera e não
tinha ninguém lá. Fui até o corredor e perguntei a primeira enfermeira que
passava, se havia visto duas moças bonitas, uma baixinha morena e uma loira
alta. Ela apontou para um quarto, que tinham entrado. Agradeci e fui até lá.
- Com licença... – Entrei no quarto,
onde a mãe de Bruna estava se recuperando.
- Como ele está, amiga? – Ela me
perguntava.
- Não vou mentir, ele está se
sentindo muito mal, mas também não é pra menos. – Eu suspirei. – Mas acho que
consegui consolá-lo um pouco. Agora ele está dormindo e disse que quer a mãe lá
com ele, quando acordar. – Olhei para Marizete, que ainda estava deitada.
- Estou melhor, vou pra lá sim.
Obrigada por tudo, minha filha !
- Não tem de quê, podem contar
comigo pra tudo.
- Eu não sei o que eu vou fazer, não
sei como o Luan vai viver daqui pra frente. – Sua mãe desabafou ali.
- Nós vamos ajudar, as fãs também...Ele
vai sair dessa, tenho fé!
- Eu também tenho, mas é complicado,
entende ? Logo ele, que não para quieto, que gosta de andar, correr, pescar...
- Ele vai poder se movimentar e
pescar sim. Nós vamos ajudá-lo e ele vai se acostumar.
- Não é a mesma coisa... – Ela
insistia.
- Mas temos que ser fortes, pra
passar essa força pra ele.
- Isso mesmo, pai ! – Bruna
concordava com seu pai e eu também.
Logo Rober e Arleyde chegaram,
conversaram um pouco conosco e a reação dos dois, não foi diferente da de
ninguém. Ficaram paralisados com a noticia que Luan não poderia mais andar.
- Fique despreocupada, Marizete. Nós
vamos fazer de tudo para ele voltar a andar. Vamos nos melhores médicos.
Fui comer alguma coisa na cantina do
hospital, com as meninas, com muita insistência do pai e da mãe do Luan.
Depois mais uma vez minha amiga
insistiu para que eu fosse para o hotel. Mas dessa vez me convenceu com a
desculpa, de que Luan precisava ficar um pouco a sós com a mãe.
Ele já tinha acordado novamente,
quando saímos de lá.
Tomei um banho correndo, lavei e
penteei meus cabelos.
- Mas eu nem tenho roupa. –
Resmunguei.
- Claro que tem, sua amiga aqui
lembra de tudo e trouxe uma mala pra você. – Ana sorriu.
- Ainda bem que eu te tenho, não é ?
O que seria de mim sem você?
- Nada ! – Ela riu e nós nos
abraçamos.
Me troquei rápido e apressei Ana,
que também se trocava.
Voltamos para o hospital e todos
estavam no quarto do Luan, o hospital tinha liberado.
Assim que entrei, o médico entrou
logo atrás, não deu nem tempo de falar com ninguém.
- Vejo que já está tudo bem com o
rapaz. No final da semana mesmo, providenciaremos sua transferência para São
Paulo. – Ele dizia
O examinou rápido, mais uma vez e
logo saiu.
- As dores estão melhorando ? – Eu o
perguntei.
- Um pouco. Mas essa faixa na cabeça
me incomoda. – Ele fez careta e nós rimos.
- Está lindo assim, maninho. – Bruna
dizia.
- Eu sei, Bruna. Sempre estou de
qualquer jeito !
- Já está ótimo então, já está
falando assim ! – Rober entrou no quarto nos assustando, junto de Well logo
atrás dele.
- Você por aqui, boi ? – Luan
sorriu.
- Vim te ver, ué. Quando for pra São
Paulo o escritório todo ta combinando de ir lá na sua casa, fazer um churrasco.
- Sabia ! – Ele disse e nós rimos.
Conversamos e procuramos o distrair
o máximo possível, tirando qualquer idéia ruim de sua cabeça.
- E você tá bem, Cirilo ? – Luan
falava, para seu segurança.
- Depois de um ano você pergunta,
Luan ? – Rober fez graça mais uma vez, enquanto Luan revirava os olhos.
- Estou ótimo e pronto pra outra ! –
Ele respondeu sua pergunta.
- Pronto pra outra não, cara. –
Rimos mais uma vez de sua cara. Well,
contou também que o piloto do avião e Guto já estavam recuperados e quase de alta. Luan estava preocupado com
eles também. – Eu acho que eu que fiquei pior, não é? – Ficamos em silêncio.
- Você podia parar de falar isso,
não acha ? – Acredito que eu disse tudo , que eles queriam lhe dizer mais não
tinham coragem. – Não se faz de coitado, por que não é. – Ri no final e eles me
acompanharam.
- Não estou me fazendo de
coitado...Não estou mentindo, estou?
- Está, porque poderia ter morrido e
está ai reclamando.
- Eu não vou poder mais andar.
Andar, entendeu ? E não posso reclamar?
- Não pode, não pode porque todos
estamos aqui com você. Seus fãs também vão estar do seu lado, você tem tudo e
não pode reclamar.
- Não vou ter mais as minhas pernas,
Sara. – Ele disse sério e aquela nossa “pequena discussão” estava ficando
séria.
- Você vai ter elas sim e logo vai
voltar a usá-las. É só parar de pensar isso...
- Você fala isso, porque não é com
você. Não é a sua vida ! – Ele estava irritado.
Ninguém ousava se intrometer.
- Não sou eu, mas é quase, é metade
de mim e ...Quem disse que não é a minha vida ? Você é minha vida !
Depois disso o clima ficou tenso ali
dentro, nós ficamos nos encarando e o silêncio reinou.
Suspirei e olhei pra cima, antes de
sair dali. Ouvi passos apressados atrás de mim, quando estava no corredor.
- Tenha calma com ele, Sara. É
difícil, ele anda desde bebê. – Ana dizia.
Parei de andar para olhá-la.
- Eu tenho calma com ele, eu vou ter
paciência. Eu sei que é muito difícil e você pode ter certeza que eu estou
sentindo a mesma dor que ele.
- Eu acredito !
- Mas ele tem todo mundo e nós vamos
ajudá-los, ele tem que colocar na cabeça que estamos aqui por ele.
- Mesmo assim é difícil, ainda mais
uma pessoa independente e orgulhosa.
- Isso que me preocupa...
- O que?
- O orgulho dele. O Luan é muito
orgulhoso e vai ser muito difícil domar a fera. – Suspirei.
- Mas você consegue ! – Ela sorriu
sem mostrar os dentes e me abraçou.
nossa manu, vc é mal hein porque fez isso com o luan :''( consigo nem imaginar a hipotese dele nessa situação.
ResponderExcluirvou tentar continuar lendo pq amo sua fic, mais ja sei que vou chorar litros toda vez.
bjos carol
nossa o clima ta tenso
ResponderExcluirmais o Luan continua muito grosso com a sara eu entendo ele mas...
em fim acho q ele tinha q ter meio q um baque assim pra ver
q a sara é a mulher da vida dele e
pra ele ver q se ele continuar assim ele vai perder ele
mais em fim manu poste outro hj obg dnd bjss kkk
@llanasantana
Tadinho do Lu, fãz ele volta a andar por favor continua
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