- Será que
eu posso falar com essa pessoa sozinha ? – Olhei para todos, que assentiram.
- Tenta conversar com esse cabeça
dura ! – Marizete disse, quando passou por mim.
Esperei que a porta se fechasse.
- Você está doido, Luan ?
- Vocês é que estão. Eu não vou
sentar nisso, eu nunca precisei disso...
- Mas agora você precisa ! –
Suspirei, quando vi seu olhar. – Me desculpa, eu sei que às vezes sou grossa,
mas você precisa de um choque de realidade. Você está precisando dessa cadeira
agora e é só ter fé, que logo vai sair dela. É pro seu bem, pra você poder se
locomover. Quer ficar em cima de uma cama o tempo que precisar?
- É muito melhor ficar em cima de
uma cama.
- Sua mãe tem razão, você é muito
cabeça dura.
- Vocês falam isso porque não é com
vocês...
- Mas eu já disse que é como se
fosse e tenho certeza que pra sua mãe não é diferente. Agora para de manha, que
eu vou chamar o seu pai e o Rober pra te colocarem na cadeira. – Me aproximei
dele, que não disse nada e o abracei. – Isso é provisório e se você se
conformar, vai ser mais fácil, eu tenho certeza !
- Eu nunca vou me conformar.
- Nem eu, mas não é pra sempre, só
se conforme nesse momento. Você vai sair dessa e eu não me canso de dizer.
- Como tem tanta certeza?
- Eu tenho fé e isso basta !
- Tudo bem, eu vou na cadeira. –
Sorri para ele. – Mas já vou dizendo que não vou andar nisso dentro de casa.
- E como vai se locomover? Sua mãe
não vai te dar nada na mão porque eu não vou deixar... Seu bebezão! – Ele
sorriu e aquilo foi um alívio pro meu coração, colocar um sorriso naquele rosto
perfeito.
- Você nem vai estar lá, a minha mãe
vai me dar tudo na mão sim!
- Quem disse que não ? Eu vou estar lá todos os dias e toda hora. – Ele riu. – Está duvidando? Eu vou ajudar sua
mãe a cuidar de você.
- Não precisa fazer isso, sei que
tem coisas mais importantes pra fazer. Tem seu apartamento novo, emprego pra
arrumar ainda...
- Você é a coisa mais importante pra
mim e que nesse momento precisa de toda a minha atenção e é isso que eu vou
fazer. Meu apartamento já está tudo certo, só me mudar, que aliás, na semana
que vem mesmo eu faço isso e o emprego, o meu pai disse que vai me ajudar até
eu arrumar um.
- Eu que sou o bebê e você que é
sustentada pelo papai?
- (risos) Idiota ! Não é pra sempre.
- Não é mesmo, quero que volte a
trabalhar no escritório.
- O que ?
- É isso mesmo. Amanhã mesmo eu ligo
pra Arleyde e comunico que você vai voltar.
- Obrigada demais, eu amo aquele
lugar, mas... Será que vão me aceitar de volta? – Fiz careta.
- Mas é claro que vão e mesmo se não
fossem, eu ainda sou o chefe, não sou ? Ainda sirvo pra isso?
- Você é um bobo, ainda serve pra
tudo. – Ele riu e me puxou mais uma vez pra um abraço delicioso, que só ele
sabia dar. – Agora vamos que têm surpresas pra você.
- Pra mim ? O que é ?
- (risos) Você já vai saber. – Saí
dali deixando ele curioso.
Chamei Amarildo e Rober, que estavam
sentados em uns bancos ali na frente mesmo.
Assustaram-se, quando eu disse que
tinha convencido Luan a sentar na cadeira.
O tiraram da cama, enquanto ele fazia
careta e Rober o zuava, por estar o pegando.
Fiz questão de empurrar sua cadeira
até o carro, passamos pelo portão de saída de emergência, a imprensa, ainda
continuava ali.
- Não sei como você convenceu esse
orgulhoso, Sara, mas muito obrigada ! – Marizete, sorria simpática para mim.
- (risos ) Consegui, não é ? Nem eu
sei como.
- Vocês são chatas ! – Luan fez
careta e ganhou um tapa de sua mãe, nos fazendo rir.
Quando chegamos em frente ao
condomínio, a primeira das surpresas já começou a aparecer. Muitas fãs estavam
ali, com cartazes nas mãos e colados, com mensagens de força para ele. Nós já
sabíamos de tudo.
Fãs de vários lugares do Brasil, com
o rosto pintado, camisetas e cartazes, que fizeram Luan chorar. Eu nunca tinha
o visto daquele jeito. Nós também não fomos diferente.
Fez questão de abrir o vidro do
carro e elas, por incrível que pareça, não fizeram tumulto e nem gritaram,
ficaram quietas e emocionadas também.
- Muito obrigada por tudo, minhas
negas ! Vocês são muito importantes pra mim e com esse carinho todo, eu vou
ficar bom logo. Eu preciso muito de vocês, obrigado mesmo ! – E assim elas
começaram as perguntas.
Perguntaram tantas coisas e ele
respondeu tudo. Que estava bem, que tinha fé que iria voltar a andar até elas,
que não tinha acontecido nada com os outros meninos e mais um monte de coisas.
Depois de quarenta minutos, ele se
despediu delas. Fiquei espantada quando ouvir muitos “obrigado por cuidar dele”
e “cuida dele por nós, confiamos em você”.
Mais uma vez, Rober e Amarildo,
tiraram Luan do carro e o colocaram na cadeira, em frente a sua casa, que
estava em completo silêncio. Fui na frente e abri a porta, assim que ele entrou
a gritaria começou. Todos de sua família estavam ali e seus amigos. Estavam
todos e mais uma vez, Luan chorou feito criança.
A festa começou e por um momento,
ele estava esquecendo que estava naquela cadeira, era isso que eu queria.
- Foi você que teve a idéia ? – Ele
perguntou. Eu estava na cozinha, em um certo momento, sozinha.
- Não...Bem, foi a Bruna. – Respondi
sem jeito.
- (risos) Eu sei que ela te ajudou,
mas foi sua a idéia. Muito obrigado, viu?
- Eu já disse que não aceito sua
gratidão.
- Está bem, me desculpe então ! –
Ele riu e eu o acompanhei.
- Vamos voltar então, não é? – Fui
até ele e vi que tinha parado de sorrir.
Olhava em volta, parecia pensar. – O
que foi?
- Como eu vou fazer pra ir pro meu
quarto, que é lá em cima ? Vou depender do meu pai e do Rober pra tudo ? Como
ele vai ficar aqui vinte e quatro horas, se meu pai não me agüenta sozinho ? –
Ele dizia, triste.
- Você não vai depender de subir
escadas.
- Como não ? – Virei sua cadeira e a
empurrei.
Paramos em frente a uma porta, que
ficava perto da cozinha. Por incrível que pareça, ele nunca tinha entrado ali
dentro.
Abri a porta e não parecia, mas era
um enorme quarto. Idêntico o quarto do Luan no andar de cima, todas as suas
coisas estavam ali, tudo no mesmo lugar e do mesmo jeito.
- Nossa!
- Isso foi idéia da sua mãe, juro!
– Ri e ele me acompanhou.
- Vocês são muito especiais, eu nem
sei o que dizer.
- Não precisa dizer nada e nem
agradecer. Tenha fé que vai sair dessa, assim como nós. Seja confiante e isso
vai bastar, Luan.
owwwwn agora sim o Luan ta tratando a Sara
ResponderExcluircomo ela merece o/ viva
mais eu quero q ele volte logo a andar cara
msm isso sendo uma fic da uma aflição so de imaginar uma situação dessas
então manu trate de fazer ele andar logo kkkkkkkkk
isso me tortura por dentro vei :/
maisssssss
@llanasantana
aee o Luh parou de birra =)) rs' ele tem voltar a andar logoo ... concordo cm a Raylana msm sendo uma fic da uma aflição só d imaginar =/ qroooo maiiiis :33
ResponderExcluir@fabipinheirols
Awn o Luan e a Sara são lindos *---*
ResponderExcluirQro beijo dos dois logo ;)
Continuaaaa
nossa que lindo manu, eu tenho certeza que se o luan quiser e tiver fé ele volta andar, claro que com fisioterapia e tals.
ResponderExcluircontinuaaaa
Woonti a Sara cuidando do Luan *---- Ela podia começar a morar com ele pra ajudar né @ls_dasgauchas
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