segunda-feira, 31 de março de 2014

Capítulo 89


- Meu Deus! – Foi a única coisa que eu exclamei.
Até eu cair na real, que Luan ainda continuava no palco, quando Well passou correndo do meu lado.
Eles voltaram correndo e o pessoal da banda também correram, por trás. As cortinas se fecharam rapidamente.
- O que foi isso? – Luan dizia nervoso.
- Eu não sei... – Era tudo que seu segurança conseguia responder.
- As fãs, meu Deus! – Eu exclamei.
- Que não atinja em nenhuma delas. – Rosana disse.
- Nem brinca com isso! – Luan a olhou com os olhos arregalados.
Fomos para o camarim e eu e Luan ainda estávamos em estado de choque, aliás, todos estavam, só que já conseguiam conversar normalmente, menos nós.
Depois de horas ali dentro daquele camarim, finalmente tudo já tinha acabado e a polícia já estava no local. Podíamos voltar para o hotel.
- To com medo agora. – Travei e parei de andar, enquanto todos saiam.
- Não precisa...Vem , amor!
- Luan, e se...
- Fica calma! Vamos? – Ele estendeu sua mão e eu a peguei.
O abracei pela cintura e ele envolveu seus braços em torno dos meus, eu estava muito assustada.
Fomos daquele jeito até a van, assim que nos sentamos, senti os labios do Luan na minha cabeça, deixando um beijo por ali.
- Como isso foi acontecer, meu Deus? – Disse.
- Eu não sei, mas isso foi pela falta de segurança e pela falta dos equipamentos que pedimos. Dectores de metal e os seguranças revistando na entrada. – Wellington, dizia nervoso, no banco da frente da van.
- Será? – Eu disse.
- Certeza! Mas isso tá no contrato. Amanhã voltaremos aqui e nos resolveremos, eles vão escutar. – Ele dizia tão bravo, que realmente me dava medo.
Voltei a abraçar Luan e a me calar, o resto do caminho.
Assim que descemos da van, aquele mesmo grupo de fãs estavam ali, como o meu prometido, que eu já nem lembrava mais naquela altura do campeonato.
Não sabia nem como tinham conseguido fugir do tumulto que estava no local do show e na cidade, para conseguirem chegar primeiro que nós.
- Vocês foram pro show? – Tirei minha dúvida , assim que desci.
- Fomos! – Nossa. Pensei.
Assim que Luan desceu, eu já não era mais o centro das atenções.
Ele ainda não estava bem, mas mesmo assim sorria e atendia e falava com todas.
- Gente, não vai dar pra tirar foto nem abraçar. O show foi tenso e o Luan vai descansar. – Wellington, dizia.
Antes as meninas, que prendiam a emoção, que seguravam para não chorar, soltaram o choro de vez. E começaram a falar todas de uma vez só, o que irritou o segurança ainda mais.
- Se acalmem! – Eu falei mais alto. – Eu prometi e vou cumprir! O Luan vai atender a todas direito. – Eu passei por cima das ordens dele e podia ter a certeza, de que estava furioso comigo. Mas eu tinha prometido, teria que cumprir.
Luan nada dizia, apenas nos observava, dava para ver que ele estava morrendo de cansaço e até mesmo sono, já naquela hora, mas eu tinha que cumprir com o combinado.
- Ele está muito cansado, Sara!
- Eu sei, Well. As meninas também sabem, por isso vão colaborar, fazer a fila direitinha, não vão gritar, não vão fazer tumultos, pra ser mais rápido, porque o Luan precisa de uma cama. – Eu olhei para elas, que assentiram com a cabeça, na mesma hora. Luan sorriu.
Então assim foi feito, fizeram tudo direito, cumpriram com tudo que falei. Era só conversar, que tudo dava certo com elas.
- Lu...- Uma delas disse, quando Luan dava o autógrafo a última meninas.
- Oi? – Ele não a olhava.
- A Maria Luiza, a fã que estava aqui cedo com a gente. Você não viu, mas a Sara viu...
- Quem era? – Perguntei.
- A última que falou com você. Lembra?
- Claro que lembro! Ela disse que estava realizando o sonho de vocês! – Sorri.
- Ela mesma! – Ela também sorriu, mas seu sorriso se desfez.
– E por que ela não está aqui com vocês agora? – Perguntei.
- Ela...Levou um tiro no show! – Luan parou o que fazia e eu lhe olhei com os arregalados.
- Você tá falando sério?
- Eu nunca brincaria com isso, Sara! Ela estava longe da gente, combinamos de nos encontrar só aqui. Eu vi ela lá no chão, vi o pai dela, que estava com ela, desesperado. – Ela começou a chorar.
- Meu Deus! – Aquela era a minha frase da noite.
- E....Mais alguém se machucou?
- Graças a Deus não. A Malu, foi a única que foi atingida.
- Você tem certeza ?
- Tenho sim! Procuramos saber tudo.
- Sabem onde ela está agora? Em que hospital? – Dessa vez, Luan perguntou.
- Sei sim! – Ela tirou um papel do bolso. – Aqui o endereço. – Ela o entregou.
Suspirei alto.
Well dessa vez no interferiu e não teve jeito, tivemos mesmo que ir para o quarto.
Luan tomou um banho primeiro, enquanto eu pedia alguma comida. Assim que ele saiu, eu entrei no banheiro.
A campainha do quarto tocou, quando eu penteava os cabelos.
- Vamos comer!
- Tô sem fome! – Luan disse.
- Vamos, amor. Você não comeu quase nada antes do show.
- Não desce nada! – Ele dizia, com as mãos no rosto.
- Eu sei como está se sentindo, eu também me sinto assim, mas...Você tem que comer!
- Não consigo mesmo...
- Tenho certeza que ela está bem. – Me sentei do seu lado na cama e apoiei uma de minhas mãos em seu ombro.
- Eu não tenho certeza de mais nada. Queria... – Ele parou de falar.
- Queria o que ? – Ele não me respondeu. – Ir ver ela ? Você queria isso?
- Pra falar a verdade... Eu queria! – Ele me olhou.
- Então vamos!
- O que?
- Vamos ver ela, então! – Me levantei.
- Será que é uma boa ideia? Será que a Arleyde e o Well, aprovam?
- Você não quer ir ver ela ? Então vamos e que se dane os outros. – Fui até minha mala, tirar uma roupa.
- Você tem razão! Vou ver minha fã. – Ele também se levantou.
Nos arrumamos rápido e fomos até o quarto da assessora, que tentou nos impedir, mas não teve jeito e o segurança também, mas no final, teve que ceder e nos acompanhar.
- Sara...Você deveria aconselhar ele a não ir, é perigoso essa cidade! – Ele falava no elevador.
- É a fã dele, Well. A única que foi atingida, ela nunca abraçou ele, merece isso. Ela estava no show por ele. – Ele suspirou e Luan me abraçou.
- Se acontecer alguma coisa com ela, eu vou me sentir muito culpado.
- Para, amor! Eu não quis dizer isso, só disse que ela te ama muito e merece te ver.
Se for pra ser, vai ser. Deus sabe o que faz! – O apertei em mim.
Assim que chegamos ao hospital, todos ficaram surpresos, recepcionistas, médicos, enfermeiras, todo mundo. E por isso mesmo, não foi difícil conseguir o número do quarto da menina. Só nos disseram que a mãe dela estava lá, antes de nos indicar o caminho.
Vimos uma moça sair do quarto que nos indicaram, de longe. Assim que ela viu Luan, arregalou os olhos e se aproximou.
Conversamos com ela um pouco e descobrimos, que era a mãe de Malu, que nos deu a abençoada notícia, de que estava tudo bem com ela. Eu confesso, que esperava o pior.
Depois de uma conversa um pouco longa, ela nos disse que iria fazer um lanche, então respiramos fundo e fomos em direção ao quarto.

domingo, 30 de março de 2014

Capítulo 88


- Tudo bem pra você então, Sara? – Rafael me perguntava, enquanto eu ainda mexia no computador da minha sala.
- Tudo bem, Rafa! – Sorri para ele, que saiu satisfeito.
Eu teria que trabalhar em um show do Luan, em uma cidade do interior de São Paulo. Seria seu primeiro show naquela cidade, por ser bem afastada da capital e por não ter uma boa fama, já tinham tentando fechar contrato antes, mas nunca conseguiam ir até o fim, porém, Luan tinha muitas fãs por lá.
Roberval estava doente, e era seu aniversário, eu liguei para ele e disse que esse era seu presente, pelo menos teve um dia de folga, mas o coitado realmente estava mal, e deveria está querendo mil vezes trabalhar do que ficar doente em pleno aniversário.
Saí da central mais cedo, arrumei minha pequena mala e me arrumei, antes de seguir para o aeroporto, iria no jatinho do Luan mesmo.
- Cuidado, meu amor! – Minha mãe dizia, depois de beijar meu rosto.
- Vou tomar, mãe! – Sorri para ela e retribui seu beijo.
Assim que cheguei na cidade e desci na porta do hotel, as fãs voaram para cima de mim, como em um toque de mágica, nem consegui piscar direito.
Tentava responder a todas, que falavam ao mesmo tempo e sorria completamente sem jeito e sem graça, mas não demorou muito para que eu ouvisse a voz do segurança do meu namorado, mandando as meninas se afastarem de mim com uma certa arrogância, que me dava até medo.
- Tudo bem, Well! Eu falo com todas... – Eu tentava amenizar aquela falta de educação.
- Sarinha...Fala pra gente a hora que o Lu vai descer pra ir pro show. Por favor! – Um menina morena, me implorava chorando.
- Meninas... – Interrompi Well.
- Ele vai descer uma hora antes do show! Então, vão pra casa, descansem, comam, tomem um banho e vão para o show.
- Não! Vamos ficar aqui o dia todo e depois vamos correndo pro show.
- Gente, não vai dar tempo!
- Mas é o único jeito de vermos o Luan. – Uma loirinha choramingou. Suspirei.
- Vamos fazer assim...Se vocês fizerem o que eu pedi, depois do show, eu mesma faço questão de falar para ele atender a todas e se ele chegar primeiro que vocês, vou fazer ele descer de novo. Tudo bem? – Vi cada lábio abrindo um sorriso e sorri junto.
Elas me abraçaram no impulso, todas de uma vez, o que me fez ri abafado.
- A gente vai confiar em você...
- Podem confiar, eu dou a minha palavra! – Cruzei os dedos e os beijei.
- Muito obrigada por vir pra cá hoje! Está realizando nosso sonho e ainda vamos conseguir assistir ao show todo e direito. – Uma outra menina, que até então estava calada, disse.
- Eu tenho noção sim e por isso faço isso por vocês! – Sorri para elas.
Me despedi de todas e segui para dentro do hotel com o segurança do Luan, que me deu a cópia do cartão de seu quarto. Ele estava em uma entrevista em uma rádio.
Eu não sabia, mas se soubesse não iria contar para as meninas, se não, não sariam daquela portaria mesmo.
Tomei um banho e pedi algo para comer, enquanto esperava, separava a roupa que usaria no show. Só uma calça jeans e um sapato bonito e chamativo, já que usaria a camisa da produção.
Arleyde mandou me chamarem bem mais cedo que o previsto, então me arrumei quase correndo e fui rápido ao seu encontro.
- Emprevistos! – Ela se esplicava, já na van.
- O que é isso! Sempre assim... – Ri.
- Sempre! Acabou que você nem viu o Luan, não é?
- Pois é...Que entrevista demorada é essa?
- Eu também queria saber! – Ela riu.
Comecei a trabalhar junto com o pessoal, que nem vi a hora passar e muito menos Luan chegar.
Ajudei em tudo um pouco, resolvia de tudo um pouco, corria aquele backstage inteiro.
- Luan quer te ver! – Márcio, encostou sua mão em meu ombro.
Me assustei e ele riu.
- Ah!...Já estou indo. Obrigada! – Sorri para ele.
- Já está tudo resolvido e pronto, não precisa mais se preocupar com nada.
- Tudo bem! Mas se precisar de alguma coisa...
- Te chamo! – Ele sorriu.
Fui em direção ao camarim e antes de chegar lá, me pararam umas cinco vezes.
Me perguntavam algumas coisas e o pessoal da produção do próprio evento também, parece que nunca tinham recebido um show grande. Estavam um pouco perdidos.
- Está tudo bem mesmo no camarim? Não está faltando nada? – A produtora, me perguntava.
- Não está! Pode ficar tranquila...Tudo certo! – Eu dizia rindo, enquanto ela respirava aliviada.
- Me desculpa, é que nunca recebemos um artista do porte do Luan. Estou com medo de não ter as coisas que ele pediu no contrato, além da multa que podemos pagar. – Ela fez careta.
- Está tudo certo! Eu mesma conferi...
- Ótimo! Você é a secretária?
- Estou no lugar do secretário, que está doente.
- Entendi...Mas trabalha com eles?
- Trabalho no escritório, mas sirvo pra tudo, sabe? – Rimos.
Ela parecia bem simpática e desengonçada.
- Sara! Até que enfim te achei...Vai lá que o patrão tá reclamando que você não chega logo. -Marla, apareceu do meu lado, me fazendo ri.
- Fale pro patrão, que eu já estou indo!
- Está bem e não demore, se não ele tem um treco lá.
- (risos) Mande ele se acalmar!
- É melhor você ir... – A moça disse.
- Qual seu nome? Me desculpe...
- Rosana e o seu é Sara, não é? Eu já tinha ouvido antes por aqui pelos bastidores, todo mundo fala seu nome, te procura, quer saber das coisas...
- (risos) Não sei nem por que, não sei quase de nada.
- Ah para!
- Deixa eu ir ver aquele indivíduo. Vai assistir o show do lado do palco?
- Vou sim!
- Nos encontramos ali, então. – Sorri.
- Está bem!. – Enfim, segui para o camarim.
Assim que entrei, escutei um coro de “amém” que me fez ri e o Luan revirar os olhos.
O pessoal saiu do camarim e enfim, pude abraçar e beijar meu amor.
- Estava com saudades. – Ele dizia.
- E eu, meu amor. – Selei seus lábios mais uma vez.
- Tá linda com essa blusa!
- Sou linda de qualquer jeito, patrão!
- (risos) Convencida demais!
- Agora vamos, que falta pouco pro show.
- Já?
- Já! – Peguei em sua mão.
Andamos para o backstage e Luan me beijou, antes de subir no elevador, que o levaria para o palco.
Fui para a lateral do palco e encontrei Rosana, como tínhamos combinado.
- Nossa! Que abertura incrível! – Ela dizia.
- Muito, não é? – Eu sorria orgulhosa do que via.
- Muito! É.... Você tem alguma coisa com o Luan Santana? – Ela me perguntou, me deixando surpresa.
- Como assim?
- Vi...Ele te beijando. Me desculpe por perguntar.
- (risos) A gente namora a um tempo!
- Muito tempo?
- Bastante.
- Nossa...E todos sabem?
- Sabem. Você não sabia? – Lhe encarava curiosa.
- Não sou muito de ler revistas de fofocas, foco no meu trabalho. Não sei quase nada que acontece no mundo lá fora. – Rimos.
- Entendo...
- Agora estou com vergonha.
- Pelo o quê?
- Por ter te falado que estava com medo de não ter as coisas que ele pediu pro camarim. Deu a intender que ele é fresco, que pede um monte de coisa e eu estava me lamentando. – Ri.
- Não! Não entendi isso.
- Pois eu sim.
- Eu sei como é isso, não precisa ter vegonha. – Voltamos a assistir o show.
Na penultima música, ainda não tinha trocado uma palavra com Rosana, assistíamos ao show concentradas, ela parecia gostar bastante, ria das palhaçadas que o Luan falava e fazia também.
Até que algo inesperado aconteceu. 
Um barulho alto estourou no lugar e logo depois outro, depois outro. Até que não parava mais o barulho.

Luan parou de cantar, quando constatou que estava havendo um tiroteio em seu show.

sábado, 29 de março de 2014

Capítulo 87


*
Ouvi os passos apressados do Luan logo atrás de mim, antes mesmo de chegar na porta.
Eu estava muito chateada com ele, por aquela atitude infantil.
Quando coloquei a mão na maçaneta, senti outra por cima da minha e me virei.
- Amor...
- Agora é amor, não é ? Antes você nem me atendia.
- Eu só queria pensar um pouco... – Ele dizia calmo.
- Ah, coitadinho de você, Luan! Tenho pena! – Revire os olhos.
- Para com isso. Eu sofri tanto quanto você nesses dias.
- Tenho certeza que não sofreu nem a metade que eu sofri. Você é um trouxa!
Como eu posso amar tanto um idiota, meu Deus? – Olhei para cima e neguei com a cabeça.
- Para também, pô!
- Para nada...Seu idiota!
- Não me chama disso... – Ele se aproximou e eu dei um passo para trás.
Sua cara cínica, que eu conhecia bem quando sabia o que ele queria.
- Eu tô falando sério com você, Luan!
- Eu também estou! – Fui andando para trás, até sentir minha bunda encosta na parede.
Pensei em correr, confesso, não iria resisti. Mas quando me preparei para dar um passo, ele me agarrou com tudo e beijou minha boca. Eu não resisti mesmo.
Cedi a sua boca gostosa, sua língua que invadia a minha. Estava morrendo de saudades.
Agarrei em seus cabelos macios, como eu gostava.
Nos separamos ofegantes.
- Me desculpa, vai? Juro que nunca mais faço isso... – Ele sorria, enquanto passava seu dedo por meus lábios.
- Isso foi atitude de criança, você sabe, não é? Foi...
- Eu sei! – Ele revirou os olhos. – Foi coisa mesmo de adolescente. Juro que não faço mais.
Agora só tomo atitude de homem! – Ele riu.
- Não dá pra levar nada a sério com você mesmo!
- Estou falando muito sério...Vou começar com essas atitudes agora mesmo. – Ele me puxou para outro beijo, antes que eu falasse alguma coisa.
Quando vi que sua mão já passava por baixo da minha blusa e alisava minha perna, me separei dele com dificuldade.
- Aqui não! – Eu ainda estava brava com ele.
- Vamos pro seu apartamento, então! – Ele se aproximou com uma carinha fofa.
- Não!
- Vamos sim! Olha a gracinha... – Luan pegou sua carteira em cima da mesa e saiu me puxando pelo braço, porta a fora.
Ele mesmo pegou a chave do meu carro e foi dirigindo. Não disse uma só palavra no caminho, que era curto.
Assim que chegamos, chamei minha mãe e por não obter resposta, Luan já me agarrou, por prever que ela não estaria ali.
Fomos para o meu quarto e mesmo emburrada e brava, eu não podia mesmo com ele, não tinha chances. Cedia a todos seus desejos, eu cedia a todos seus caprichos, sem precisar de muito esforço dele.
Ele me amou com toda intensidade, eu sentia aquilo. Me beijava com prazer, com saudade, como um pedido de desculpas.
Quando chegamos ao ápice cansados e suados, eu olhava para o teto ofegante e ele me olhava. Tirou uma mecha de cabelo que estava molhado e agarrado na minha testa.
O olhei.
- Me desculpa, vai?
- Já te desculpei, não viu ?
- Ah , para! Você não é grossa assim comigo no dia a dia e não está de tpm. – Ele riu.
- Eu disse que desculpei e não que esqueci...
- Mas essa muié tem resposta pra tudo, meu Deus!
- Com você tem que ser assim!
- Chega! Vem aqui... – Ele me puxou para seu peito, mas eu resistir.
- Não quero!
- Como você é chata!
- E você? – Ergui uma sobrancelha e ele bufou.
Me virei de costas para ele e não demorou muito para que eu pegasse no sono, já que estava morta de cansada.
Depois de algumas horas de sono, eu me virei de bruços e sentia seus dedos em minhas costas nuas. Aquilo me relaxou tanto que eu suspirei, ainda com os olhos fechados e logo voltei a dormir.
Acordei com um barulho alto e me sentei assustada.
Luan não estava mais ali do Lado, mas sua camisa continuava no chão do meu quarto.
Tomei um banho rápido e vestir uma roupa leve. Quando cheguei na cozinha, não me segurei e ri da cena que via.
- O que é isso? – Peguei uma uva da fruteira.
- Sara! Já acordou ? – Luan fez cara triste.
- O que você tá fazendo, maluco? – Falei de boca cheia.
- Uma surpresa pra você! – Ele fez bico. – Ou quase... – Ele coçou a nuca.
Não agüentei e gargalhei.
- Deixa eu ver!
- Não! – Ele quase gritou. – Vai pra sala que eu vou arrumar essa bagunça e logo levo minha surpresa.
- Vai arrumar a bagunça que você fez? Olha que a coisa tá feia, até você tá sujo! – Fiz careta.
- Vou arrumar tudinho, se não minha sogra me mata!
- Ainda bem que você sabe! – Gritei, enquanto ia para sala.
Depois de assistir mais de cinco episódios de bob esponja, o Luan apareceu na sala, com as mãos para trás e com cara de suspense.
- Me dá logo!
- Ôh, mal criada! Espera... – Ele se sentou do meu lado. – Aqui.
- Sério que você que fez?
- Eu juro! Vi na Internet e liguei pra Bruna umas mil vezes e ela estava dormindo. – Ele fez careta.
- Imagino como te atendeu, parece uma pessoa que eu conheço. – Ele riu.
- Mas você gostou?
- Se eu gostei? – Olhei pra ele e sorri. – Eu amei! Nossa! Nem sei o que dizer, você não sabe fazer nada na cozinha e fez isso pra mim, se esforçou...
- Pedido de desculpas por tudo e porque hoje é páscoa! – Ele riu.
- Páscoa? Nossa! Eu me esqueci! – Coloquei a mão na boca.
- Você anda muito esquecida!
- Eu...Obrigada, amor! – Lhe abracei forte e ele afagou meus cabelos com suas mãos.
- Me desculpou agora?
- De verdade? Desculpei, mas não precisa me comprar. – Ri. – Brincadeira, vou postar pra suas fãs verem.
- Faz isso! – Ele beijou minha bochecha e logo minha boca.



- (risos) Não sei se elas acreditaram.
- Nossa! – Ele fez bico. – Fiz tão direitinho. Tá bom?
- Deixa eu ver... – Coloquei um pedaço na boca. – Ótimo! – Ele sorriu.
- Deixa eu provar.
- Fez pra mim ou pra você?
- (risos) Que esfomeada, amor! – Rimos.
Como as meninas pediram nos comentários do meu instagram, quando fomos para casa do Luan, levei um pedaço do ovo que tinha sobrado. Mesmo ele querendo comer tudo.
Bruna e Ana viam um filme na sala, de comédia e riam como nunca.
Quase morreram de felicidade quando me viram com um pedaço generoso do ovo.
- Ah, cunhada. Te amo! – Bruna falava comendo. Ri.
- Eu fiz pra minha namorada, não pra vocês! – Luan se sentou rindo.
- Nossa, irmão! Eu te ajudei demais, interrompeu meu sono até.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Capítulo 86



Fiquei pensando naquelas palavras da minha namorada.
Eu também queria privacidade, mas aquilo não era possível, já que foi o que eu escolhi para minha vida inteira e não me arrependo. Mas ela poderia estar sofrendo por isso.
Eu que escolhi aquilo e não ela, não era justo sofrer por minha causa, por mais que falasse que não se importava e que tinha me aceitado com tudo. Não era justo.
Conversei com a minha assessora pelo celular e disse para que ela não falasse nada, não queria prolongar aquela situação muito constrangedora, por sinal.
Ficamos mais um pouco na sala e eu não disse mais nada, apenas pensava.
Senti que Sara tinha estranhado um pouco meu silêncio, depois daquilo tudo, mas deveria estar pensando que eu estava chateado com aquelas fotos rodando pela Internet, o que não deixava de ser mentira.
No outro dia, Rober foi na minha casa na hora do almoço. Só estava eu e minha mãe, na mesa.
Minha irmã estava com Sara e meu pai no escritório,
- Luan, tem um show pra hoje. Mas se você não quiser, não precisa. Eles estão pedindo muito, por isso vim te pedir, já que está de folga. Não precisa de verdade se não quiser...
- Onde vai ser ?
- Porto Alegre.
- Vou fazer.
- Se não quiser...
- Eu vou, Rober. Precisando! – Voltei a comer.
Vi que ele trocava olhares com a minha mãe, que me perguntava o que eu tinha desde que acordei.
No final da tarde, Sara me ligou. Pensei muito antes de atender.
- Oi...
- Não vai vir aqui?
- Não. Tenho que viajar.
- Pra quê ?
- Tenho show hoje.
- Aonde ?
- Rio Grande do Sul!
- Sério ? Eu posso ir, adoro aquele lugar! – Ela se animou.
- Acho melhor...Não! – Aquelas palavras saíram.
- Por que, amor? – Sua voz entristeceu, me senti a pior pessoa do mundo.
- Quero ficar um pouco sozinho...
- Sei que está chateado pelo vazamento daquelas fotos, mas não precisa descontar em mim. – Suspirei. – Vou te fazer bem se eu for!
- Não é nada disso, Sara. Só quero um tempo sozinho, sem ninguém no meu...pé.
- Se é isso que você quer e se você acha que eu fico muito no seu pé, poderia ter dito antes.
- Sara...
- Até quando voltar! – Ela desligou chateada.
Me senti mal por aquilo, mas meu coração pedia.
Me levantei do sofá em que estava na sala com minha mãe e fui para o quarto.
Arrumei minhas malas e tomei um banho demorado.
Fui para o aeroporto sem me despedir de Sara, era raro aquilo acontecer, mas era preciso.
Não disse uma palavra à viagem inteira, o que fazia meu segurança e secretário estranharem bastante, mas não ousavam me perguntar algo, percebiam meu mal humor e sabiam o quanto ele era descontado nas pessoas, mesmo que sem querer.
Nem deu tempo de dormir naquele dia e já me arrumei logo pro show, algumas horas depois que chegamos no hotel da cidade.
Sara me ligava e eu ignorava suas ligações e nem lia suas mensagens, se não eu retornaria.
Suas palavras me encantavam demais.
Depois daquele show já emendou outro e outro. Não parei mais a minha rotina e não voltei mais para minha casa.
Nesse tempo, eu ainda continuava sem atender Sara, só tive coragem de ouvir uma mensagem de voz que cortou meu coração.
“ Amor! Me diz o que você tem que eu vou correndo te consolar! Me diz que está bravo comigo por algo, que eu peço desculpas, mas...Me diz alguma coisa! – Ela chorava. –
Eu não agüento mais esse seu silêncio. Não me ignora, eu odeio isso! “
E assim aquele recado foi encerrado, com um soluço dela no final.
Suspirei e virei para o canto, voltando a fechar meus olhos.
No ultimo dia que eu teria compromisso, depois voltaria para casa, seria em um programa de tv. Um programa de auditório, onde eu receberia muitas perguntas, quanto da Internet, da apresentadora e das pessoas que estariam assistindo o programa. Um quadro novo.
Antes de entrar no palco, minha assessora me dava às instruções. Eu apenas assentia.
- Sei que não está muito bem esses dias e te respeito, porque todos nós temos dias assim, mas cuidado com o que fala e tenta dar um sorriso, se possível! – Ela me disse por fim.
- Está bem! Pode deixar que eu não vou falar nada demais e não vou ficar de cara fechada. – Logo chamaram o meu nome.
Cumprimentei a todos com um enorme sorriso, e me sentei no enorme sofá.
O programa começou com perguntas lights e algumas até engraçadas, que me faziam ri de verdade, pela primeira vez naquela semana.
Mas logo tudo começou a mudar, as minhas fãs começaram com as perguntas pessoais e naquele momento veio uma pergunta que eu pensei mil vezes antes de responder, mas resolvi colocar tudo pra fora.
- O que você acha dos fotógrafos invadirem a sua vida pessoal ? Sua namorada não se incomoda ? Você não se sente mal ? – Foi a pergunta.
- Olha...Eu vou falar a verdade pra vocês. Uma coisa que eu nunca falei antes na vida.
Eu escolhi sim essa vida pra mim e não me arrependo, amo tudo isso e tenho orgulho de ter chegado onde estou, porém, acho que às vezes eles passam dos limites. A minha família, minha irmã que ainda é muito jovem, minha namorada...Eles não tem nada com isso, não tem necessidade de ficarem invadindo a vida deles. Eles nunca me falaram que se sentiam incomodados, mas eu sei que se sentem e não falam para não me chatearem.
- Isso tem a ver com as fotos que saíram de você e sua namorada? – Agora, a entrevistadora quem perguntava. Pensei um pouco.
- Tem sim! Eu não gostei nada daquilo. É minha vida, sabe ? Minha privacidade com minha namorada, somos pessoas normais, casais normais, que fazem coisas normais.
Essa situação é muito desagradável, principalmente pra mim que tenho fãs crianças.
- Acha que foi ruim pra sua imagem?
- Não acho que foi ruim, porque meus fãs sabem que eu sou extremamente normal.
Só não gostei da invasão, achei que dessa vez foi demais.
- E Sara?
- Tenho certeza que também não gostou...Sabe, antes de começar a viajar para shows, uma frase que ela me disse ficou guardada na cabeça. “Eu só quero privacidade”.
Nós só queremos privacidade, pelo menos nesses momentos!
Não me importo de dar autógrafos, tirar fotos e nem dar entrevistas, em meio de balada, almoço...Enfim, no meu dia a dia. Não tenho nenhum problema com isso. Mas seguirem meu carro pra conseguirem uma baixaria dessa foi demais! – Desabafei.
- Entendo como se sente. Realmente tudo tem limite!
- Exatamente! Tudo tem limite! – Depois daquilo, me pediram para cantar.
Pelo menos eu relaxei um pouquinho e logo voltei a responder as perguntas engraçadas.
Na van, indo para o aeroporto, eu sentia que Arleyde queria me falar algo sobre aquela entrevista, mas não falava. Eu também não estava ligando, tinha desabafado e estava ciente de que tinha usado as palavras certas.
Quando cheguei em casa, tomei um banho e fui dormir. Acordei só no final da tarde e fui comer algo.
Conversei com a minha mãe sobre aquilo tudo e ela me dizia que tinha achado bom, eu ter dado aquela entrevista. Todos tinham visto, inclusive Sara.
Estava no escritório da casa resolvendo alguns papeis da central de fãs, quando bateram na porta.
- Entra...
- Luan? – Sara , entrou. – Posso falar com você?
- Claro que pode! – Dei um meio sorriso.
Estava com uma baita dor na consciência, não deveria ter feito aquilo com ela.
Mas eu estava melhor, mais aliviado depois daquela entrevista, que repercutiu bastante na Internet e entre meus fãs, que estavam do meu lado. O programa era ao vivo.
- Por que não me atendeu esses dias todos? Fiquei muito triste! – Via em seus olhos que ainda estava triste.
- Me desculpa ? Eu precisava disso...
- Eu podia te ajudar... O que aconteceu de verdade?
- É...
- Nem precisa dizer, eu já sei!
- Sabe? – Fiquei surpreso.
- Sei! Foi por causa do que eu disse, não foi ? Não foi minha intenção falar aquelas palavras daquele jeito, você entendeu errado...
- Eu não entendi nada errado.
- Entendeu! Eu não cansei de você, eu gosto da sua carreira...
- Sei que sim, Sara! Mas...Eu sei que muitas coisas te incomodam.
- Claro que muitas coisas nessa vida me incomodam. Por favor, Luan!
- Não precisa mentir pra mim, porque eu sei.
- Mesmo se fosse isso mesmo. Você não tinha o direito de me deixar a ver navios, igual uma trouxa esse tempo todo.
- Calma! Não precisa exagerar. Foram só alguns dias! – Eu dizia calmo.
- Alguns dias? – Ela riu. – Quinze dias, eu fiquei igual uma palhaça! – Ela estava irritada. – Você é um idiota de marca maior. Não custava nada me procurar pra conversar já que parou pra pensar no que eu disse. Não custava ser um homem de verdade na relação.
Isso é coisa de criança, Luan! Coisa de casal de adolescentes, de moleque!
Se você se considera um, eu não sou mais criança! – Ela se levantou e saiu batendo a porta.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Capítulo 85



Ele acelerou o carro e eu quase morri de susto.
- Já tá chegando! – Disse, assim que viu minha cara.
Assim que chegamos onde Luan tanto queria ir, em um motel, dei graças a Deus. – Espera! – Ele puxou meu braço, antes que eu descesse do carro. – São paparazzis, querem uma foto e nós não vamos dar!
- Nossa, que alívio!
- Vamos entrar pela garagem daqui... – E assim ele fez.
Fomos para o quarto, que não foi reservado, mas conseguimos o melhor.
- Enfim, sós! – Ele sorriu safado e se aproximou.
- Enfim! – Sorri também.
O puxei pela gola da camisa e o beijei com vontade, prazer e paixão.
Depois de alguns segundos, ele me jogou na cama com força, até com uma certa agressividade, que eu estava gostando.
Se deitou por cima do meu corpo e começou um outro beijo, muito rápido e meio selvagem.
Seus dedos penetravam o meu cabelo, me deixando completamente descabelada e os meus, apertavam suas costas e arranhava de leve, puxando sua blusa.
Minhas pernas não paravam quietas, em torno dos quadris de Luan, tamanho prazer que eu sentia.
Ele começou a morder o meu pescoço, sua mão invadiu o tecido da minha blusa e desabotoou o meu sutiã. Ele apertava meus seios, me dando ainda mais prazer, me fazendo soltar gemidos.
Ele tirou minha blusa e levou seus lábios primeiro para o meu pescoço, descendo até o colo.
Quando acabou de tirar minha roupa, o virei  na cama e o “torturei” do mesmo jeito.
Eu beijava e mordia, seu corpo todo. Às vezes Luan me olhava sem acreditar muito, nas coisas que eu estava fazendo. Não eram nada demais, porém, eu não estava acostumada a fazer aquelas coisas.
O beijei com intensidade e enfim nos encaixamos.
Fiquei por cima dele, “comandando” por um bom tempo.
- De costas... – Ele entendeu, mesmo minha voz estando ofegante e falhada, e assim fez.
Me deitei de bruços naquela cama e nunca senti tanto prazer na vida.
Mal chegamos ao ápice do prazer e Luan já foi me virando. 
Queria ficar de conchinha para dormirmos.
- Mas já ? – Fiz bico e ele riu.
- Já o que ?
- Vamos dormir?
- Eu queria, por que ?
- Eu quero mais, amor...
- Nossa, Sara! – Mais uma vez ele riu.
- É saudade! – Selei seus lábios por várias vezes.
- Amanhã a gente continua.
- Ah não! – Beijei seu pescoço. – Vamos pra banheira?
- Sério?
- Vamos, é tão linda! Vai broxar, é ?
- Tá louca, é ? – Ele me olhou espantado.
- (risos) Eu entendo, amor. Homens broxam!
- Que broxar o que, Sara! Vamos! – Ele se levantou rápido, com o lençol em volta de sua cintura.
Ri, por ter feito aquilo de propósito e conhecer bem meu namorado. Me enrolei em um lençol também e fui atrás.
A banheira já estava quase cheia e Luan colocava algumas  coisas dentro, entretido.
Deixei que o lençol caísse no chão e entrei na banheira. Ele se espantou, quando me viu sentada.
Fiz um sinal com o dedo o chamando e ele riu safado. Deixou o lençol cair também, sem vergonha alguma e entrou na banheira. Cheguei para frente, para que se encaixasse atrás de mim.
- Que delícia, em! – Ele disse baixo no meu ouvido.
Minha pele se arrepiou.
- E você negando... – Sorri.
- Me sinto culpado, confesso! – Rimos.
Conversamos, enquanto ele me abraçava forte, beijava e mordia meu pescoço e minha orelha.
Me sentei de frente pra ele e o beijei.
- Quero casar com você! – Ele sussurrou no meu ouvido.
- (risos) Quer, é ? – Fechei os olhos, quando senti sua boca na minha orelha.
Logo sua língua, que passeava por lá com vontade também. – Posso te pedir uma coisa?
- O que? – Ele ainda sussurrava.
- Tenho uma fantasia, realiza? – Ele me olhou e eu fiquei vermelha.
- (risos) Diz!
- Quero fazer amor no carro! – Eu disse baixo e sorri, ele sorriu também.
- O que te deram, em ?
- Nada, ué ! -  Passei a mão em seu peito.
- Bora pro estacionamento! – Riu.
Colocamos nossas roupas às pressas e mais uma vez estávamos lá.
Ele já queria me agarrar no capô do carro, mas eu não deixei, só beijos.
Andamos comportados até o carro e lá aconteceu pela terceira vez na noite.
Fomos para casa rindo a toa das nossas “loucuras”. Era tão bom aquilo.
Luan foi para sua casa, dizia estar com muito sono e eu também, o que não era pra menos.
Nos encontraríamos no final da tarde lá mesmo, seu pai faria um churrasco.
Demos um beijo de despedida, com direito à mão do Luan na minha bunda.
Parei o beijo rindo.
- Safado!
- Sou eu, né ? – Ele estreitou os olhos, gargalhei.
- Deixa de ser bobo. Eu ia espalhar pra todo mundo que você broxou!
- Eu não broxei nada!
- Mas quase! – Luan fez careta. – Tá bom, chega desse assunto! – Ele assentiu.
Cheguei em casa e fui direto pro meu quarto. Coloquei um pijama e me joguei na cama.
Ouvi a porta se abrir depois de alguns minutos, com certeza era minha mãe, mas eu estava com tanto sono que nem me mexi.
Acordei atrasada para ir na casa do Luan, já eram 17:00hrs.
Me troquei correndo e com muito custo, consegui convencer minha mãe a ir também, comigo e Leo.
- Onde você passou a noite? – Meu irmão me perguntava enquanto dirigia.
- Ih! – Fiz careta. – Como você sabe que não dormir em casa?
- A mãe disse! – Vi um sorriso no rosto da minha mãe.
Eu não estava sentindo mais ciúmes, fiquei feliz também. Era isso mesmo que minha mãe estava sendo pra ele. Uma grande mãe.
- Nossa, mãe. Obrigada!
- Ah, Sara! Vi você chegar de manhã.
- Passei a noite com o meu namorado...
- Não gostei disso! – Leonardo me olhou sério.
- Me poupe! – Fiz pouco caso.
Chegamos na casa do Luan e meu querido irmão, fez o favor de dizer logo de cara para o Luan que não tinha gostado que tínhamos passado a noite fora. Eu ria, mandando ele ignorar.
- Se fosse a sua irmã... – Leonardo riu.
- Começou! – Luan fez careta. – Não me meto na vida da minha irmã.
- Imagina! – Rimos.
Curtimos muito aquele dia e minha mãe se tornou bem amiga da mãe do Luan. Elas se falavam e se davam bem, mas ouvi que marcavam uma saída e aquilo era bom, iriam se aproximar mais ainda.
Quando todos foram embora e minha mãe foi para cozinha conversar com minha sogra e meu sogro, ficou só eu, Luan, Bruna e Leo na sala, conversando e vendo tv.
O celular de Luan tocou e ele atendeu.

*

- Fala testa...
- Senta que vem bomba! – Ri.
- Que foi?
- Entra na Internet pra você ver!
- Mas o que houve?
- Entra e depois me liga... – E assim ele desligou.
Não entendi nada e entrei pelo meu celular. Não acreditei quando coloquei meu nome no google.
- O que foi, amor ? – Sara, me perguntou.
Mostrei pra ela o celular, que leu e me olhou com os olhos arregalados.
- O que foi, gente? – Leonardo riu.
- Tem uma foto nossa rodando na Internet... – Mexi nos cabelos e fiz careta.
- Que foto?
- No estacionamento de um motel! – Sara suspirou. – Quero privacidade, senhor! – Ela ergueu as mãos para cima.