quinta-feira, 13 de março de 2014

Capítulo 74


Eles a pegaram no colo rápido e logo saíram dali, saí atrás correndo, com sua mochila, que estava no chão.
Foi tão rápido que saímos dali, que nem parece que andamos tanto naquele dia, parecia que estávamos a dois passos da saída.
Entrei na ambulância com ela, que já estava preparada para caso acontecesse alguma coisa e eles acertaram, infelizmente.
- Luan ! Já estamos chegando lá. – Só então, vi que Rober e Guto estavam ali, só assenti com a cabeça.
Eu não parava de perguntar um minuto, para um médico que também estava ali dentro, como Sara estava, se ela estava respirando. Acho que ele já estava até um pouco irritado comigo.
Eles davam um tipo de choque nela, com uma parelho, que despedaçava meu coração, só de imaginar se ela estava sentindo dor. Mas ele afirmava, que ela estava inconsciente e isso a salvaria.
- Calma, senhor Luan. A pulsação dela voltou!
- Graças a Deus ! – Coloquei a mão no peito, aliviado.
Chegamos no hospital e entramos pela porta de emergência, pedi mais uma vez para que não divulgassem nada, e eles estavam conseguindo ser o mais discretos possível.
Fui impedido de entrar até certo ponto e me sentei em um tipo de banco, que ficava em frente à porta.
- Como isso foi acontecer, Luan ? – Ouvi a voz do Rober e levantei minha cabeça, para olhá-lo, que estava entre as minhas mãos.
- Ela se perdeu e é só isso que eu sei...
- Vocês não estavam juntos ?
- Estávamos, mas eu perdi nossa garrafa de suco e voltei pra procurar, mas pedi que ela ficasse onde estava, que eu sabia como voltar. Quando voltei, ela não estava mais lá.
- Nossa !
- E eu estou me sentindo culpado ! – Quase chorei.
- Por que ? Não foi sua culpa, quando ela acordar vamos saber o que houve de verdade.
- Porque ela não queria ir, boi. Ela disse que não tinha gostado muito da idéia, mas eu insisti.
- Vai ficar tudo bem, Luan. Acontece!
- Tudo acontece com a gente. Primeiro eu quase morro e agora Sara...
- Como assim, ela quase morre ? Não está só desmaiada pelo susto?
- Não! Ela estava sem pulsação quando a encontramos, não sei o que houve. Por Deus conseguiram voltar os batimentos dela com um negócio lá, que dá choque. – Fiz careta e eles também.
Depois de quase três horas esperando, sem nenhum exagero, foram três horas de espera.
O médico apareceu e disse que enfim estava tudo bem com Sara, mas que ela tinha dado trabalho. Tremi naquela hora.
- Posso ir vê-la ?
- Pode sim, ela vai ter que dormir aqui, se quiser também...
- Vou dormir com ela sim. Vocês podem ir pro hotel que eu estou, amanhã vem nos buscar. – Me virei para eles, que assentiram.
- Só não deixo todos entrarem, porque ela pode se cansar. – O médico disse.
Agradeci a eles e ao médico, mais uma vez e fui em direção o quarto que ele me indicou.
Abri a porta e Sara estava acordada, rodava os olhos pelo quarto e procurava entender o que estava acontecendo.
- Amor ? Está tudo bem ? Você quase me matou...Meu Deus ! – Disparei a fala, enquanto segurava sua mão e ela riu fraco.
- Não foi nada. Como me acharam ?
- Como não foi nada? – Arregalei os olhos. – Eu consegui sinal no celular e liguei pros bombeiros. Como isso aconteceu, amor?
- Eu estava lá te esperando, até que começou a chover e eu senti algo se aproximando de mim. Fiquei assustada e corri por impulso, quando percebi que era um macaquinho e já estava longe de onde estávamos. A chuva não parou e eu achei aquela cabana. Fiquei lá esperando a chuva passar, mas a porta fechou sozinha e fiquei trancada. – Ela parou pra respirar. – E...Esbarrei em um negocio, era um vidro estranho, cheirei e logo desmaiei. – Quando acabou de contar, percebi que meu rosto já estava coberto por lágrimas.
- Nunca mais cheira nada, Sara. Nunca mais faz isso, nunca mais sai correndo, nunca mais !
- Calma, amor. Eu não sei o que aquilo era, mas podia ser veneno. Fui errada sim, mas eu só desmaiei. – Olhei pra baixo ainda chorando, enquanto ela apertava a minha mão. – Amor...
- Sara, você quase morreu. Seus batimentos pararam por um tempo, eu te vi...Morta e quase morri junto.
- Amor.. – Ela se sentou na cama assustada, não sei se era com o estado que eu estava, ou se era com o que eu havia acabo de lhe falar. – Me desculpa! – Ela me abraçou forte e eu lhe apertei mais ainda.
- Jura que nunca mais faz isso?
- Eu juro !
- Olha pra mim... – Seguei seu rosto. – Se você morrer, eu vou morrer junto, entendeu ? E eu...Sou culpado, eu sei.
- O que ? Não é !
- Você não queria ir...Teve mais um pressentimento.
- Não tive nada disso, eu só não queria ir, porque sou fresca. Amor, para de se culpar agora ! – Voltamos a nos abraçar. – Vamos esquecer isso ?
- Parece que a gente nunca tem paz!
- Vamos ter um dia, porque Deus está olhando por tudo que estamos passando. Fomos feitos um para o outro! – Ela se separou de mim, mais uma vez e me olhou sorrindo, enquanto limpava minhas lágrimas. – Eu te amo !
- Eu te amo muito mais, minha gata ! – Ela riu e me puxou para um beijo.
- Você falou com minha mãe ? – Ela perguntou, assim que paramos o beijo.
- Não falei pra ninguém.
- Ótimo! Iam se preocupar à toa. Quando chegarmos contamos.
- Eles vão nos matar. – Ri fraco e ela me acompanhou.
- Vão nada ! Agora deita aqui pertinho de mim e vamos dormir. – Não queria, mas ela me convenceu.
Dormimos naquela cama de hospital, que era até confortável, mas pequena. Dizia Sara que era bom, para ficarmos bem coladinhos.
No outro dia voltamos para o hotel e até o médico disse para termos mais cuidados com nossas “aventuras” fazendo Sara gargalhar.
Voltamos para São Paulo, com Rober e Guto e resolvi ir direto para casa de Sara mesmo. Depois eu contaria sozinho para meus pais.
Assim que abri a porta, abraçado com Sara, vi minha irmã aos beijos com Léo.
- Ei...Olha a pouca vergonha, Bruna. – Ri e ela se separou dele, assustada.
- Já ? – Assentimos e nos sentamos do lado deles. – O que aconteceu ? Por que estão com essa cara ? Por que você ta pálida, Sara? – Por que minha irmã tinha que reparar em tudo?
- Está mesmo, Sara. O que houve ? – Léo falou e nós nos olhamos.
Minha sogra apareceu ali e resolvemos contar tudo de uma vez. Sua mãe ficou muito assustada, mas Sara contou a situação e não disse à parte que tinha “quase morrido”. Só que foi desmaiada para o hospital, mas mesmo assim eles ficaram assustados, claro.
- Por que ninguém me ligou ?
- Porque eu não deixei, mãe. Você ia ficar nervosa à toa, já estou ótima!
- Fizeram mal...
- Esquece isso, mãezinha ! – Ela abraçou a mãe e piscou pra mim.
- A culpa foi minha, me desculpem!
- Para de falar isso, Luan. Se não quiser brigar comigo! – Minha namorada me olhou furiosa, não estava brincando.
- É melhor obedecer ! – Minha sogra disse. Nós rimos.
Esquecemos aquele episódio e passamos um dia descontraído.
Fui para casa , já estava à noite, mas não parava de passar sms para Sara, perguntando se estava tudo bem mesmo. Já podia até ouvir sua risada por aquilo.
Contei meus pais tudo que se passou e eles também ficaram muito assustados e me “proibiram” de fazer aquele tipo de coisa.
Tomei um banho e me deitei de cueca, suspirando. Graças a Deus, tudo tinha dado certo.
Liguei para Sara, que demorou para atender e me preocupou.
- Tá com quê, Sara ? Por que demorou me atender?
- (risos) Calma, meu amor. Só estava no banho!
- Ah... – Respirei aliviado e ela riu.
- Para de paranóia, estou ótima !
- Tô cansado, vou dormir e você trata de fazer o mesmo. Só queria ouvir sua voz mesmo.
- Ah, que coisa mais linda. Eu te amo, meu amor!
- (risos) Você que é linda. Te amo mais ! – E assim, desligamos.

6 comentários:

  1. Um capitulo lindo no dia mais lindo do ano, ainda bem q ficou tudo bem, o Luan é um fofo
    @HellenAraujooh

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  2. tinha ficado sem net =@ aff quase me matasse muie ainda bm q ficou td bm rs' maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais :3



    @fabipinheiriols

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