Estava no escritório,
em um dia, quando Rafael transferiu uma ligação do meu pai , para a minha sala.
- Está muito ocupada,
filha?
- Não, pai. Pode
falar...Aliás, onde o senhor se meteu o final de semana inteiro ? Não vem hoje
pro escritório?
- Estou de folga por
alguns dias, não tem nenhum problema, graças a Deus. Mas logo eu volto. Enfim,
sua tia Cecília está aqui.
- Aqui, no Brasil?
- Em São Paulo! Veio
passar uma temporada.
- Nossa, aquela
chatice...Desculpa, pai. Sei que é sua irmã, mas ela é muito chata.
- Ela quer marcar um
jantar pra conhecer o seu irmão.
- O senhor contou pra
ela?
- Pra todos...
- Fez muito bem!
- Vai vim todo mundo
pra esse jantar.
- Todos da sua
família?
- Se Deus quiser.
- Poxa...
- Faço questão que
vá, claro.
- Será, pai ? Tia
Cecília, é tão chata. – Revirei os
olhos, mesmo sem ele ver.
- Ela é chata, mas é
sua tia.
- Eu sei.
- Coisa de gente
rica, minha filha.
- Então, tá, pai. Eu
vou. – Suspirei.
- Ótimo! Vai ser na
sexta.
- Vou levar meu
namorado.
- Faz isso. – Me
despedi dele.
Tia Cecília, era uma
tia muito rica, que morava fora do país e muito chata.
Eu não tive muito
convívio com ela, mas o pouco que ia nos visitar, já conseguia me encher.
Só queria saber de
etiqueta, moda, roupas caras. Uma dondoca, que me corrigia quando eu era
criança, por só falar uma palavra errada.
Na época, era bem
nova, já deveria ter uns cinqüenta anos e deveria estar ainda mais enjoada.
Liguei para o Luan,
que custou, mas atendeu. Deveria estar dormindo.
- Amor...
- Fala, Sara. – Sua
voz era rouca, estava mesmo dormindo.
- Não briga comigo, é
por uma boa causa. – Ri.
- Então fala rápido,
que estou morrendo de sono. – Ele estava mesmo de mal humor.
Era sempre assim,
quando alguém o acordava.
- Tem compromisso
sexta?
- Não! – Ele disse
rápido.
- Certeza?
- Meu único dia de
folga da semana, tenho certeza!
- Então...Vamos a um
jantar comigo?
- Que jantar?
- De família...Uma
tia que mora nos Estados Unidos, veio passar uma temporada aqui. Vem um monte
de gente da minha família.
- E eu vou ter que
conhecer todo mundo, é ?
- (risos) Para de
graça, amor! Vamos?
- Vamos sim! Chego ai
à tarde, já tomo meu banho e te pego direto.
- Tudo bem, passa lá
em casa as oito.
- Ótimo! Posso
dormir?
- Também te amo! –
Ele desligou. Bufei e ri em seguida.
A sexta feira, chegou
mais rápido que eu esperava.
Saímos da central
cedo e eu passei aquele resto do dia no salão de beleza, com minha cunhada, que
também iria para uma festa.
Me vesti, quando vi
que já anoitecia e Luan, me mandava uma mensagem falando para eu não me
atrasar.
O mal humor dele, foi
constante durante a semana inteira e minhas preces não foram ouvidas, para que isso
já tivesse passado no dia do jantar.
Nos despedimos da
minha mãe e fomos para o endereço, que meu pai havia me passado.
Luan parou o carro na
frente de uma enorme mansão.
- Nossa!...
- Não disse que ela
era muito rica. – Saímos do carro.
Olhamos em volta e
não tinha pouca gente, carros luxuosos, estavam chegando e parando, alguns já
estavam lá.
Entramos de mãos
dadas e a primeira pessoa que avistei, foi meu pai, que se aproximou de nós.
- Que bom que
chegaram!
- Festa de família,
em pai! – Ironizei.
- Me desculpa, filha.
Virou um negocio grande, sabe como é sua tia...
- Sei bem!
- Vamos lá falar com
ela. – Então saímos andando naquela enorme mansão.
- Isso aqui é dela?
- Alugado.
- Nossa! – Exclamei
por fim, antes de avistarmos minha tia.
Confesso que era bem
bonita, com os olhos verdes, típico da família do meu pai, porém, estava
morena. Da última vez, estava loira.
Mesmo não tão jovem,
se vestia muito bem e atraia os olhares. Era viúva.
- Sara ? Não
acredito! É você mesma ? Aquele bebezinho que eu pegava no colo ? – Ela foi
simpática e eu sorri sem mostrar os dentes, antes de receber um abraço. – Está
linda demais!
- Obrigada, tia. A
senhora está também, muito linda!
- Você que está
jovem. Maravilhosa. Deve estar cheia de gatos atrás. – Fiz careta.
- Tenho namorado. –
Ri sem jeito e peguei na mão do Luan. – Luan, tia Cecília.
- Ah...Sim! Prazer
Luan! – Ela esticou sua mão para ele, que a pegou.
- Dona... – Luan a
pegou.
- Dona não, me cinto
velha! – Ela riu. – Cecília, só.
- (risos) Prazer,
Cecília! – Olhei para cara da minha tia, que estava como eu esperava.
Seu sorriso tinha se
desfeito um pouco, só quem a conhecia bem, no caso, eu e meu pai, que saberia
decifrar aquilo. Não deveria ter gostado do “r” que Luan puxou na palavra.
Uma coisa tão tosca,
mas que me levaria a uma noite longa.
Olhei para o meu pai
negando com a cabeça , enquanto ele ria fraco, disfarçando.
Sempre achava graça
das maluquices da minha tia, já eu e minha mãe, nos estressávamos.
affz detesto gnt q tem esses preconceitos
ResponderExcluiridiotas com a forma do outro falar... coisa de gnt ignorante
maissssss
@lightlrds
Essa tia da Sara é uma sonsa, acho o sotaque do Luan lindo, e tbm sou do interior e falo assim, é normal..
ResponderExcluir@HellenAraujooh
Não gostei nem um pouco da tia da Sara. Cada um fala do jeito que é a forma de falar no seu estado,região etc.
ResponderExcluir@vemnemimluan
metida essa tia da Sara aff ... maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais :3
ResponderExcluir@fabipinheirols