Capítulo 84

- O que? – Fiquei perplexa.

- Isso mesmo que você ouviu...

- Você ouviu o que ela me disse?

- Ouvi sim e preferia não ter ouvido.

- Pois então você sabe que foi ela que disse e eu não concordo com nada disso.

Para com isso, Luan!

- Ela não gostou de mim, né? – Ele cruzou os braços.

- Importa? Eu to pouco me lixando pra essa velha...

- Ela é sua tia.

- Já disse que não importa!

- Tudo bem! Não deveria me importar.

- Não mesmo.

- Desculpa?

- Oi? Você pedindo desculpas?

- O que é, em ? Vai me tirar ? A gente começa a brigar de novo...

- (risos) Mentira, meu amor! – Abracei ele. – Desculpo e me desculpa também por ser tão ciumenta.

- Te desculpo, porque também sou e não gostei daquele cara com você.

- Sabia ! – Rimos. – Melhorou o humor?

- Melhorei, me desculpa por isso também! – Ele me beijou.

Suspirei aliviada, no final.

- Vamos voltar pra mesa, minha ciumenta.

- É porque você é meu e ninguém mais, além das suas fãs, podem ficar de conversinhas pro seu lado.

- (risos) Sou todo seu mesmo!

- Claro que é! Só meu! – Rimos.

Voltamos para mesa com um sorriso no rosto.

- Se acertaram ? Amém!

- Parou com a graça, Leonardo. – Me sentei.

- Já vi casal complicado, mas vocês apelam! – Rimos.

- Roubando minha música? – Luan disse.

- Gosto das suas músicas, cunhado! Falar nisso...Cadê sua irmã?

- Pronto! Tava bom demais pra ser verdade. – Rimos. – Saiu.

- E eu deixei?

- E você tem que deixar alguma coisa, Leonardo?

- Fica na sua! Você manda na minha irmã, eu também mando na sua.

- Quem manda em mim ? – Cruzei os braços.

Luan fingiu me olhar feio.

Ficamos conversando e escutando as baboseiras que Leonardo dizia, tava superando o Luan naquele dia, que só ria dele e me beijava. Mas sempre éramos interrompidos por ele fazendo algum tipo de comentário.

- Vamos fugir? – Cochichei no ouvido do Luan, em uma certa hora.

Já estava cansada daquela festa chata, que se não fosse o meu irmão, já tínhamos morrido de tédio.

- Vamos! – Ele sussurrou de volta e nós rimos. – Cunhado! A festa tá boa demais, mas nós já vamos!

- Vão pra onde, em?

- Não te interessa, irmão! – Me levantei rindo.

Nem nos despedimos de ninguém, fomos para o carro correndo.

Passamos em uma balada, que estava super movimentada. Muita gente mesmo e paparazzis na porta.

Nos divertimos muito e pela primeira vez, o Luan não quis beber, só se diverti mesmo e foi só isso que fizemos.

Encontramos alguns amigos do Luan e nos divertimos bastante. Mas logo, resolvemos ir para outro lugar.

Encontramos Bruna, quando estávamos quase na porta.

- Bruna! – Abracei ela, que riu. – Meu irmão perguntou se deixou você sair.

- (risos) Olha só! Diz pra ele, que eu tentei falar com ele o dia todo.

- Ele estava no hospital!

- Ah...

- Você ia pedir permissão pra sair, Bruna ? – Luan se intrometeu na conversa fazendo graça.

Bruna fez careta e eu ri. – Tchau, agora!

- Vão pra onde?

- Por ai! – Ele respondeu por mim.

Dessa vez não deu pra enrolar e os repórteres e paparazzis, foram pra cima.

Me deu muita raiva, vontade de sair chutando todo mundo. Mas não podia, claro.

Sentia que Luan também estava irritado, mas não demonstrava.

Com muito custo, chegamos no carro e Luan ligou o rádio.

Comecei a cantar e ele só fazia careta, enquanto batia sua mão na minha perna, no ritmo da música.

- Você canta mal demais, amor. Pelo amor! – Ele gargalhou.

- Eu não sou cantora, tá?

- Nem pode! Morre de fome...

- Não dizem que as almas gêmeas se completam ? Eu canto horrivelmente, mas minha alma gêmea, canta como um anjo. Eu sou inteligente e minha alma gêmea, é meio lenta. – Ri.

- Tá me chamando de burro?

- Lento!

- Meu Deus! Como você se acha...

- Aprendi com o melhor!

- Anjos cantam ? – Nos olhamos e rimos.

- Essa convivência com você, não me faz muito bem!

- Você é doida! Parece que bebemos.

- Bem pouco, na festa da minha tia rabugenta.

- O que mais ela falou de mim?

- Ah, para...

- Sério.

- Nada demais! – Dei de ombros.

- Me conta.

- Sério! Acho que ela não gostou muito do seu jeito caipira de ser, por ser muito rica. – Revirei os olhos e Luan riu fraco. – Mas o importante, é que eu gosto do meu caipira e isso basta! – Beijei sua bochecha com força.

- Ai...Cachorra!

- (risos) Olha! – Luan ficou sério e encarou o retrovisor. – O que foi?

- Acho...

- Acha o que?

- Que estamos sendo seguidos.

- O que? – Quase gritei.

Luan respirou fundo.