- Você não é nem doido!
- Você que não sabe com tá se
metendo.
- Luan... – Supliquei, quase
chorando.
- É melhor ficar calado mesmo, Luan!
– Ele falou seu nome com desdém e riram.
- Cara, vaza daqui...
- Eu não saio daqui, otário!
- O que você quer ? É dinheiro ? –
Luan falou alto. Me assustei.
- Acertou em cheio...Vai pagar a
dívida do sogro ?
- Não é o que quer? – Ele tirou a
carteira do bolso.
Pegou uma caneta na minha bolsa e
tirou de dentro da carteira um talão de cheques. – Quanto é?
- Olha, tá falando sério ? Então
tá...Cinquenta mil.
- Ótimo! – Luan assinou. – Aqui! –
Ele estendeu a mão.
- Se isso estiver sem fundo...Eu
volto e pego a patricinha.
- Não vai estar sem fundo. Amanha
mesmo você já pode usar, só o tempo de voltarmos pra casa.
- Não são daqui , então?
- Te interessa? – Meu namorado
ergueu uma sobrancelha.
- Pronto...Ele já pagou, agora vão
embora! – Sai os empurrando até a porta. – Eu não acredito, pai. Olha o que o
senhor nos fez passar ! – Meu pai abaixou a cabeça. – Até o Luan entrou
nisso...
- Amor... Está tudo bem, não custava
nada eu ajudar.
- Isso não é justo! – Bati o pé
impaciente.
- Me desculpe, Luan...Quando eu
voltar a trabalhar, te pago tudo.
- Fica tranqüilo! Não foi nada eu
ajudar...
- Me desculpa por tudo, desde o
começo. Começo mesmo, que eu não apoiava a Sara ser sua fã, até vocês começarem
a namorar. Me desculpe meu preconceito, quando você ficou na cadeira de
rodas...E agora você está aqui, me salvando de uma cilada feia!
- Não precisa agradecer! Eu nunca
senti raiva do senhor, eu amo a sua filha também.
- Eu sei que ama. Hoje tive mais uma
prova disso! Me perdoa?
- Não sou ninguém pra perdoar...
- Por favor? - Luan me olhou.
- Eu desculpo o senhor! – E assim
eles se abraçaram.
Confesso, que algumas lágrimas
caíram do meu rosto.
- E você , minha filha ? Me perdoa por tudo ? Nunca foi minha intenção
te magoar!
Me perdoa...
- Eu perdôo, pai! Eu amo o senhor
demais! – O abracei também.
Sai do abraço rindo e puxei Luan,
para um abraço coletivo.
- Acho melhor o senhor ir com a
gente pra São Paulo. – Luan disse.
- Eu concordo !
- Onde vou ficar? Não acho uma
boa...
- Na minha casa, pai.
- Não a sua mãe está lá.
- Eu alugo alguma coisa pro senhor,
então. Por favor! Vamos tentar também que faça as pazes com Leonardo.
- Ele está bem ? – Ele sorriu fraco.
- Muito bem...
- Está se dando bem com sua mãe?
- Demais! Estão como mãe e filho
mesmo...
- A Sara até brigou com eles um dia
atrás, ciúmes. – Luan disse rindo.
Meu pai o acompanhou.
- Para! – Bati em seu braço.
- Estou feliz, então!
- O Leo vai desculpar o senhor,
tenho certeza e minha mãe...Só dá um tempo pra ela.
O coração dela é imenso...
- E como eu sei disso.
- Ele vai abrir pro senhor de novo.
– Pegamos um táxi e fomos para o aeroporto.
Alugamos uma pousada para o meu pai
ficar, de frente para o meu prédio e não muito cara.
Contei para minha mãe tudo, que se
espantou, mas só. Não quis mas falar nada e eu não insisti, não tinha esse
direito.
Assim que Leo chegou do trabalho, o
chamei para conversarmos na sala. Só minha mãe que não quis participar da
conversa. Ana e Bruna chegaram e se juntaram a nós.
Estávamos em família mesmo, contei
tudo para eles.
- Vai conversar com ele ? – Olhei
para meu irmão, que encarava o chão, mas logo seus olhos verdes, penetraram os
meus.
- Eu não sei...
- Por favor, Leo. Ele é nosso pai,
as pessoas eram...
- Ele errou demais!
- Eu sei que sim, mas por favor! Foi
difícil pra mim também, mas eu consegui recuperar. Tenta? – Ele me olhava em
silêncio. – Por ele ? – Fiz bico. – Pela minha mãe? – Por mim? – Peguei em sua
mão. – Pela Bruna ? – Ri e olhei para minha cunhada, que estava vermelha e
olhava para outro lado.
- Aí também não, né! – Luan fez
careta, nos fazendo rir.
- (risos) Tudo bem! – O abracei
forte. – Pela Bruna. – Lhe dei um tapa no braço.
- Nossa, irmão!
- Brincadeira.
- Gostei disso não! – Meu namorado olhava pra gente com cara feia.
- É brincadeira, não é pela sua
irmã, cunhado! – Meu irmão foi irônico. – É pela minha.
- Não gostei do mesmo jeito.
- Ué...Quer as duas pra você?
- As duas!
- (risos) Como você é bobo, amor! –
Beijei a bochecha dele. – Não precisa ter ciúmes.
- Quem disse que eu tenho ? – Ele me
olhou indignado.
- Como esse Luan é bobo ! – Bruna
disse. – Bora fazer uma pipoca?
- Eu topo! – Leo, foi o primeiro a
falar.
- Mas me promete que amanhã vai lá
no papai. – Segurei seu braço.
- Juro! – Sorri.
Vimos um filme e comemos pipoca até
de madrugada.
Meu irmão não podia me abraçar que
Luan me puxava pra ele e se Leo abraçasse sua irmã, ele jogava indireta. Foi
mais comédia que o filme que assistimos.
- Para de abraçar minha irmã! – Luan
sussurrava.
- Então para de beijar minha irmã de
baixo do edredom! – Ríamos, dos bobos.
No outro dia como o prometido, meu
irmão foi falar com o meu pai e depois de horas conversando, foi o que eu
imaginava. Eles se acertaram e Leo até pediu que fosse morar com ele. E assim
foi feito. Ele levou suas coisas para o apartamento do meu irmão.
Minha mãe
nada dizia. Então, ninguém pressionava.
Luan mais uma vez me surpreendeu,
depois de passar um dia em seu escritório, ele voltou dizendo que queria meu
pai como o novo advogado de lá.
Meu pai, claro, aceitou e ficou
muito feliz, eu fiquei também. Meu namorado era mesmo um príncipe. Agradeci ele
muito por aquele gesto.
Que tenso, ainda bem q deu tudo certo..
ResponderExcluirO Luan e o Leo juntos é comedia ne kkk
@HellenAraujooh
awwwwwwwwwwwwn Luaaaaan é perfeito scrr
ResponderExcluiralguém dá ele pra mim? klkkkkk
maisssssss
@lightlrds
Oi
ResponderExcluirComo é bom ver o Luan e o Leo juntos pois só é comedia
O Luan com ciume da Bruna muito bom
Beijos