Capítulo 10

Chegamos à balada e já estava lotada, com sorte conseguimos o camarote e subimos até lá, pegamos já uma bebida e fomos para grade, esperar pelo show e dançar um pouco.

- Olha quem está ali. – Cochichei no ouvido de Ana, que se virou para olhar.

- Bruna Santana. – Ela riu.

- Isso mesmo. – Ela passava com Ana e mais uma amiga ao seu lado, Dani. – Bruna? – Acenei para ela, que cutucou suas amigas e vieram ao nosso encontro sorrindo.

Abracei todas e Bruna, que nos apresentou Daniela, sua outra amiga. – Essa que é a Ana...

- Prazer, Ana. Sua amiga fala muito de você. – Rimos e elas se abraçaram, Ana abraçou as outras também. Foram pegar suas bebidas e voltaram a ficar perto de nós.

- Está bom aqui, não é? – Dizia ela, ao meu lado.

- Está sim. Sempre ouvi falar que as baladas daqui são as melhores e realmente... – Começamos a dançar e a beber, falar sobre os garotos que nos olhavam também, uma fazia alguma piada e ríamos. Bruna era bem extrovertida e quando se soltou de verdade, não parecia à menina tímida que eu via em vídeos e que encontrei na academia, ela ria alto e era bem simples, falava igual seu irmão, de um jeito caipira.

Olhei para trás em um momento que Dani tinha dito que um menino bonito estava passando atrás de mim e dei de cara com Luan, Roberval, Guto e Wellington. Aquele grupo inseparável, que riam de algo e nos viram também. Os vi se aproximarem e travei, era sempre assim.

- Tudo bem, loira? – Rober foi o primeiro a falar e me abraçar. Sorri.

- Tô bem, testa. E Você? – As meninas riam, enquanto ele assentia que sim. 

O apresentei Ana e pisquei o olhou para ele, disfarçadamente, o fazendo ri e ficar com vergonha.

Luan começou a conversar conosco também e via a expressão de dúvida no rosto da Bruna.

- Vocês já se conhecem? – Ela cochichou em meu ouvido, apontando para seu irmão.

- Já sim, pi. Ela trabalha comigo! – Tomei um susto, quando senti sua voz também em meu ouvido e ele riu.

- Ah! – Ela sorriu e bebeu um gole de sua bebida.

Continuamos ali, a dançar, beber e conversar, Rober já chegava um pouco em Ana, que me fuzilava com os olhos, já tinha entendido tudo, me conhecia bem e eu apenas gargalhava.

Começou a tomar um arrocha e Luan me chamou para dançar.

- Ah...Vem, nega! Ta com vergonha? – Ele falava, Bruna, Dani e a outra Ana, riam.

- Não, mas...

- Mas? – Ele se aproximou para ouvir melhor, já que o som estava alto, claro. Abaixou sua cabeça perto do meu ouvido, com seu jeitinho e eu sorri por dentro. Adorava quando fazia aquilo.

- Não sei direito. – Fiz careta e ele riu e me olhou.

- Eu também não. – Ele deu de ombros. – Vem. – Esticou sua mão e tombou sua cabeça para o lado, não resisti e a peguei. Fomos mais para a pista de dança dali do camarote e dançamos colados, Luan falava sem parar, me fazendo ri todos às vezes.

- Vou no banheiro, rapidão...Me espera? – Ele falou no meu ouvido, me arrepiei.

- Cla-claro... – Ele saiu rápido e eu me aproximei das meninas. 

Me interei no que elas conversavam e dessa vez, Ana e Rober, já tinham se aproximado. Luan estava demorando para voltar, mas não me importei. – Gente, vamos ao banheiro comigo? – Pedi, e ninguém quis, sai dali fazendo bico enquanto elas riam.

Fiz minhas necessidades, estava muito apertada pela bebida e retoquei minha maquiagem, saí dali e senti uma mão em minha cintura, me virei.

- Que susto, Luan! – Coloquei a mão no peito, rindo.

- (risos) Foi mal, nega.

- Estava no banheiro?

- Estava, me pararam umas cem vezes. – Ele ria com seu jeito e eu sorri. Me perdi nos pensamentos o olhando e nem reparei, quando parou de sorrir e me olhava. – Está tudo bem?- Ele me perguntava.

- Está sim... – Desviei o olhar, completamente sem graça.

- Quer? – Ele me ofereceu sua bebida. Resolvi provar e levei o canudo até a boca, estava muito forte, fiz careta e o entreguei de volta.

- Como você bebe isso?

- (risos) Nem está tão forte.

- Imagina! – Ficamos rindo ali e quando percebi já estávamos bem próximos, muito. Eu estava me aproximando dele e nem estava percebendo. Escutei falarem algo e olhamos para o lado, um homem bêbado passava por ali com outro rapaz e comentava sobre mim, na cara de pau. Derrepente sinto uma mão em meu braço, me virei sem entender.

- Oi...

- Meu amigo ali... – O rapaz apontava, parecia não estar completamente sóbrio, mas também não estava bêbado.– Te quer.  – Franzi a testa, o olhando.

- Hãn...

- Vai querer?

- Não.

- Para com isso, patricinha.

- Me solta, não sou patricinha e nem quero ele. – Ele continuava com sua mão em meu braço.

- Solta ela, por favor. – Luan se manifestou.

- Não! – Ele o encarou. – O que você é dela? – Ficamos em silêncio. – Só acredito em namoro se der beijo na boca e de língua, eu sei dessa técnica. – Ele me olhava rindo. 

Luan me olhava e eu não sabia o que fazer, respirei fundo e foi no impulso. Com a mão que estava solta, puxei a nuca de Luan para mim e o beijei, pela segunda vez. Senti a mão do rapaz soltando o meu outro braço, que também envolveu sua nuca, e os passos dele para longe. Luan correspondeu, mas parece que logo se deu conta e tentou se soltar, o abracei mais apertado e aprofundei ainda mais o beijo, enquanto ele tinha suas mãos em meus braços, tentando me soltar. Foi andando para trás e eu o acompanhando, senti quando encostou na parede, senti respirar fundo entre o beijo e me afastar bruscamente dele.

Respondendo o anônimo: As coisas vão acontecendo na fanfic e isso daqui é uma fanfic. Ela vai andar e mesmo se continuasse assim, não teria problema algum, porque a nova "realidade" do Luan veio agora. Desculpa, mas eu achei nada a ver esse seu comentário, tem fanfic que a Dagmar ainda é assessora dele e nem por isso alguém reclama, porque isso é uma FANFIC e se não souber o significado dessa palavra, procura ai no google, que você acha, meu bem ! Muito sem noção essa sua "opinião", na boa. Como eu disse no grupo, eu já escrevi esses primeiros capítulos a um tempo bom, pra não perder a ideia quando vem. O Luan ainda nem tinha anunciado que iria se mudar para São Paulo, Bruna ainda nem morava lá, tem bastante tempo. Mas mesmo assim, se fosse hoje, eu começaria do mesmo jeito. Se você não esperar pra ver o rumo que as coisas vão tomar, eu acho melhor você desistir de ler. Me desculpe! E só pra encerrar, minhas fanfics podem ter todos os defeitos, mas é difícil eu fugir da realidade. A vida do Luan não era essa ? Ou eu to inventando que ele morava em Londrina, que tinha nega no show e o Ânderson era empresário dele? Beijos.