Capítulo 7

- Oi, Luan. Tudo bem? – Juliana se aproximou dele e o abraçou, ele retribuiu sorrindo.

- Estou bem, Jujuba e você? – Riu

- Estou ótima...Olha aqui sua mais nova funcionária. – Ela se aproximou novamente, prendi a respiração.

- Oi, linda. Tudo bem? – Ele se aproximou e fez o mesmo comigo, soltei o ar e sorri.

- Estou bem, que honra trabalhar aqui...

- Seu pai falou muito bem de você.

- (risos) Às vezes ele exagera. – Fiquei vermelha e eles riram.

Luan foi para sala de reuniões com o seu secretário e eu e Juliana, voltamos para a recepção, que estava vazia.

- Gostou? – Ela me perguntava.

- De tudo! – Sorri.

Conversamos e ela me explicava mais coisas, era bem simpática, vi que faríamos amizade rápido. Depois de uma hora, vi um movimento sair de uma sala e suspeitei que fosse a tal reunião que estivesse acabado. Meu pai vinha acompanhado do Luan, ao seu lado.

- Então Vinícius, podem ir. Hoje a... – Ele fez uma pausa, olhando para mim.

- Sara. – Meu pai completou sorrindo e ele fez o mesmo.

- Então...Hoje a Sara, não precisa ficar.

- Tudo bem. Vamos filha? E obrigado mais uma vez, Luan.

- O que é isso, você está nos ajudando demais e nos livrando de um grande prejuízo. – Eles se abraçaram de leve e eu fui para perto do meu pai. Luan se despediu de mim e eu também acenei tímida para todos.

- Sara, tímida? – Meu pai ria dentro do carro, me tirou dos meus pensamentos, se Luan tinha me reconhecido ou não.

- Hãn...Ah, pai! Um pouquinho. – Ri também.

Fomos para casa e almoçamos, meu pai teve que sair novamente depois do almoço, era sempre assim, sua vida era corrida.

Minha mãe me deu a idéia de me inscrever na academia do condomínio e eu me animei, já fazia um pouco na outra cidade, mas me esforçaria mais lá.

Peguei minha bolsa e fui a pé mesmo, apesar de ser um pouco longe.

Não tinha muita gente, só algumas meninas treinando, fui até a moça da recepção.

- Oi...Queria um turno. – Ela se virou para mim e sorriu simpática.

- Claro, qual você quer?

- Pode ser no final da tarde?

- Pode sim, última vaga...

- Que ótimo!

- É nova por aqui? – Ela mexia em alguns papeis.

- Sou sim, me mudei ontem.

- Está gostando?

- Muito! Já estou me adaptando.

- Eu também amo isso aqui... – Falei as coisas para ela, enquanto conversávamos. No final, paguei já a entrada, que não era muito barata. 

Me despedi da moça simpática e fui até a porta, guardando meu celular na bolsa, tinha recebido uma mensagem de Ana.

- Desculpa. – Falei quando esbarrei em alguém, ainda olhando para baixo e quando levantei a cabeça levei um susto, minha boca se abriu. Mas logo sai dos pensamentos, quando vi que ela me encarava sorrindo.

- O que é isso, eu estava distraída. – Sorri com sua vozinha de criança, igual dos vídeos mesmo.

- Eu estava olhando para baixo...Faz academia aqui? – Fiz uma pergunta idiota, mas confesso que era só para puxar assunto mesmo.

- Faço sim e você? – Ela estava acompanhada de uma amiga.

- Vou começar amanhã...

- É nova por aqui? É porque isso é muito grande, não conhece nem um terço das pessoas que moram aqui. – Ela e sua amiga riram.

- Ah...Sou sim, muito grande mesmo.

- Prazer, Bruna. – Ela esticou sua mão e eu sorri, a pegando.

- Prazer, Sara.

- Que lindo seu nome. – Ela falava meiga. – Essa é Ana, minha amiga.

- Prazer. – Sorri para a moça e peguei em sua mão também. – Falar nisso, estou com saudades da minha amiga Ana também. – Rimos.

- Foi um prazer falar com você, Sara. Mas temos que ir, até amanhã...Se for fazer nesse horário.

- Nesse horário sim.

- Então até. – Acenei para elas e saí dali.

Sorria sozinha, tinha conversado com a irmã do meu ídolo, por quem era apaixonada, estava morando no mesmo condomínio que ele e mais, estava trabalhando pra ele. Bruna parecia mesmo ser simpática e bem tímida, fiquei com vontade de ser amiga dela e isso que iria fazer, tentar ser sua amiga. Não iria contar que era fã do seu irmão, talvez descubra que eu trabalho para ele, apenas.

Voltei para casa feliz e contei para minha mãe quem eu tinha encontrado na academia, minha mãe ria de mim, enquanto colocava a mesa do jantar, nem tinha visto a hora passar.

- Filha, para de falar um pouco nesse Luan Santana. Você vai enjoar dele, de tanto o ver naquele escritório, vai ver.

- (risos) Nunca mãe, eu posso morar com ele, que nunca vou enjoar. – Minha mãe riu de mim.

Logo meu pai chegou, foi tomar seu banho e depois fomos jantar, como de costume. Contei de novo a “história” da academia para eles, que riam, achavam bobo e engraçado o meu jeito.

Subi para o meu quarto depois, tomei banho e fiquei trocando mensagens com Ana, até de madrugada, conversamos pelo twitter também.

“ Sexta eu tô aí ! “

“ Vem sim, mona. Te amo e estou com saudades !! “ – Chamava ela daquele jeito, meio “mana” de irmã, nunca soube da onde tinha tirado aquela palavra, mas era uma forma de carinho que nos tratávamos.